CAPÍTULO 33

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Myoui Mina

Ergui minha cabeça, apertando os olhos na escuridão silenciosa. Ficamos sentadas, abraçando uma a outra, necessitando dessa proximidade.

- Preciso colocar mais lenha. - murmurei. - O fogo vai acabar.

- Está gostoso assim. Estou quente o suficiente.

Ri e beijei seus cabelos.

- Alguma hora teremos de nos mexer.

- Eu deveria fazer alguma coisa para comermos.

- Preciso encontrar um lugar para ficar.

Ela congelou.

- Você não vai ficar aqui?

Delicadamente, peguei seu rosto, beijando seus lábios.

- Eu quero. Mas não quero forçar nada.

- É uma cama queen.

Ergui minha sobrancelha para ela.

- Pequena para nós duas. Acho que terei de dormir de conchinha com você. Acho que se for esse o sacrifício que tiver...

Seus lábios se curvaram em um sorriso.

- Acho que sim.

- Fiquei com saudade de dormir de conchinha com você. Senti falta de seu calor e seu cheiro.

- Bom, então, acho que é melhor ficar aqui.

- Acho que sim.

Enfiei minha mão no bolso e peguei seus anéis.

- Eu quero que os pegue de volta. Quero vê-los no seu dedo. - Peguei a mão dela. - Sei que acha que não significam nada, Chaeyoung, mas significam tudo. Significa que somos partes que se completam. - Indiquei seu dedo. - Posso? - Ela assentiu. Tirei a pequena aliança de diamante e transferi para a mão direita, colocando a aliança de casamento e o anel com diamante maior de volta em sua mão esquerda. Inclinando-me, beijei os anéis. - É aí que eles devem ficar.

- Sim.

Peguei meu casaco da cadeira e tirei os papéis dobrados do bolso de dentro.

- O que são esses papéis?

- Nosso contrato, as duas cópias.

- Ah?

- Não significam mais nada, Chaeyoung. Faz um tempo. Está na hora de nos livrarmos deles.

Segurei-os no ar, rasgando-os. Levei-os para a lareira e joguei nas chamas. Observei as beiradas ficarem pretas e curvadas, as chamas lamberam as páginas até não restar mais nada além de cinzas. Chaeyoung ficou ao meu lado, observando em silêncio. Abracei-a pela cintura.

- O único documento entre nós agora é nossa certidão de casamento. A partir de hoje, é isso que nos mantém juntas.

Ela olhou para cima, uma expressão suave no rosto.

- Gosto disso.

- Talvez, quando as coisas se acertarem, você se casaria comigo de novo?

Seus olhos brilharam.

- Sério?

- Sim. Talvez um lugar mais bonito do que o cartório. Gostaria que tivesse o casamento que merece.

- Até que gostei do nosso casamento. Gostei de dançar com você

- É?

Ela assentiu.

- Você foi gentil.

- Prometo ser muito mais gentil de hoje em diante. Quero ser uma mulher que devo ser para você.

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