CAPÍTULO 31

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Myoui Mina

No corredor, Seulgi nos parou. Ela olhou para mim, com o cenho franzido.

— Eu estava passando e ouvi a conversa, Mina.

— Ok.

— Ouvi quase tudo. — Baixei o olhar, o dela era muito intenso para sustentar por mais tempo. — Você mentiu para mim. Para minha família.

— Sim.

— Assim como Chaeyoung.

Ergui a cabeça rapidamente.

— Porque eu a obriguei, Seulgi. Ela detestou. Ela detestou o fato de ter de mentir, em primeiro lugar, mas, assim que conheceu vocês, ela ficou relutante. — Dei um passo à frente. — Ela fez isso para ter certeza de que Nabi fosse bem cuidada e morasse em um asilo seguro. Ela... ela ficou tão apegada a você, a todos vocês, que esse plano a corroía por dentro. — Segurei minha nuca, apertando os músculos tensos. — Acho que foi o motivo principal de ela ter ido embora. Ela não conseguia mais suportar as mentiras.

Seulgi se esticou, pegando meu braço. Soltei minha nuca e lhe permiti pegar minha mão.

— Ainda era mentira quando ela foi embora?

— Não. — admiti. — Eu a amo. Estou perdida sem ela. — Desviei meu olhar para Joohyun e de volta para Seulgi. — É por isso que eu tinha de contar para vocês. Precisava esclarecer tudo, independentemente do que acontecesse. Precisava que entendesse que a culpa era toda minha. Não dela. Se eu sair da cidade, e ela voltar, espero que a perdoem. Ela estará totalmente sozinha.

Seulgi sorriu.

— Você amadureceu, Mina. Agora seu primeiro pensamento é Chaeyoung e seu bem-estar.

— Deveria ter sido sempre assim.

Ela apertou minha mão.

— Encontre ela. Diga a verdade. Acho que vai descobrir que não é a única que está perdida.

Meu peito se contraiu. Queria acreditar... acreditar que Chaeyoung também me amava. Que ela fugiu porque precisava pensar no próximo passo. Eu precisava encontrá-la para ela entender que não precisava ficar sozinha.

— É o que quero.

Joohyun falou: — Então trabalhe para isso. Faça por merecer. Resolva sua vida pessoal. Assim que fizer isso, vamos conversar sobre a sua vida profissional. Neste momento, você está afastada até nos falarmos de novo. Você não está demitida, mas seu futuro também não está gravado numa pedra.

— Entendi. Eu esperava ser demitida instantaneamente. Colocada para fora de sua casa. Independentemente do resultado, ou do quanto seria difícil, uma conversa futura era mais do que eu merecia. Obrigada. — Anunciei sinceramente.

— Vou te levar para casa agora.

Eu a segui até o carro, refletindo que, sem Chaeyoung ali, não era meu lar. Era o lugar onde eu morava. Onde quer que ela estivesse agora, lá era meu lar. Ao seu lado. Eu tinha de encontrá-la e trazê-la de volta. Então poderia chamar de lar novamente.

Depois de Joohyun me deixar em casa, andei pelo apartamento, sem saber por onde começar. Na mesa de centro estava a pasta na qual estavam todas as amostras de cor e ideias de Chaeyoung para o lugar. Ela havia adicionado meu quarto à lista, seus rascunhos incluíam outra mobília e mudar a cor das paredes. Ela era talentosa. Eu notara mas nunca lhe disse, embora devesse ter dito. Havia muitos pensamentos que eu deveria ter compartilhado.

Joguei a pasta de volta na mesa de centro. Quando ela estivesse de volta, poderíamos conversar sobre qualquer mudança que ela quisesse fazer em nosso quarto. Ela poderia fazer qualquer coisa que lhe agradasse em todo o local, contanto que estivesse ali, estava tudo bem.

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