Prolog

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Oi pessoal! Esse é o prólogo e é a primeira fanfic que escrevo, então aceito críticas. Espero que gostem.

Avisos:
• Contém violência explícita.
• Não há nenhum tipo de relação ou abuso sexual na história.

                                                            ☼☾


A lua pálida iluminava o local através da janela antiquada. O chão coberto por uma lona de plástico transparente tornava-se rubro ao entrar em contato com o líquido. Era sangue.

Haviam alguns cadáveres no chão da sala.

Os passos lentos e pesados cessaram ao se aproximar dos corpos. A figura ensanguentada agachou e abriu os lábios gélidos e roxos da cabeça decepada. Pareceu analisá-la antes de se levantar e caminhar até à cômoda decorada pela estátua de um cisne-branco. Abriu a gaveta e retirou o alicate adornado em ouro, colocando-o sobre a mesa no centro da sala.

Ouviu batidas. Murmurou um "entre" e a porta se abriu lentamente, revelando uma grande silhueta.

— Mestre. — cumprimentou a mulher, fazendo uma profunda reverência e mantendo os olhos negros vidrados no chão.

— Algum problema?

— Nenhum, já limpamos o salão principal. — assegurou, apertando os dedos entre as mãos.

Ela estava com medo. Sempre tivera medo dos olhos afiados e sorriso maligno. Todavia, era orgulhosa demais para admitir. Talvez, essa submissão seria o karma originado de todas as vidas que já ceifara.

— Então, devemos começar? — indagou, estendendo a mão direita a mulher.

Obediente, ela segurou a mão pálida e soltou um gemido de dor ao sentir o choque. Cerrou os olhos sentindo os pés formarem uma ponta involuntária e as orbes se revirarem. Tremendo levemente, soltou o ar do pulmão, tentando se concentrar em algo que não seja a dor excruciante.

— Vamos, não seja tão fraca. Vai me fazer arrepender de ter escolhido você? Depois de todo esse tempo? — ameaçou, fingindo uma voz mansa que não combinava com sua expressão sombria.

— Não mestre, me perdoe. — a mulher respondeu com a voz fraca, apertando firme a mão livre em um punho e tencionando a mandíbula.

— Ah, isso tudo é como um sonho. — Fechou os olhos em deleite.

Depois de mais alguns segundos de contato, o choque parou, levando consigo a dor.

A expressão satisfeita não se desfez mesmo após soltar e empurrar a mão da mulher. Ela caiu de joelhos. Respirando forte e com o corpo se remexendo em breves espasmos, apoiou ambas as mãos no plástico transparente.

A figura caminhou até a mesa de madeira, pegou as luvas pretas e ajustou-as em suas próprias mãos. Apanhou o alicate, se aproximando dos corpos mais uma vez. Voltou a abrir a boca da cabeça solitária, sussurrando:


Meus preciosos tesouros.

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