"Era uma manhã de inverno, Pixie esperava pacientemente o marido, Luan. O homem havia saído cedo de casa para buscar a "sobrinha", Sophia. Ana e Thiago iriam viajar e precisavam de alguém para cuidar da pequena.
Dez horas da manhã e nada dos dois.
Onze e ainda sem notícias, Pixie começou a se preocupar.
Meio dia e então ela recebe uma ligação de sua amiga...
- Oi, Pixie! O Luan está aí? - questionou a jovem assim que a mulher aceitou a chamada.
- Não! Ele saiu para buscar a Sophi, há... mais ou menos três horas! - respondeu nervosa conferindo o horário em seu relógio de pulso.
- Mas o que será que aconteceu? Aqui ele não apareceu! - exclamou Ana aflita.
- Não sei! Eu vou tentar ligar para ele! - respondeu desligando a chamada, e ligando para o marido desesperadamente.
Apesar das inúmeras tentativas de Pixie, ela não conseguiu se comunicar com o homem.
Estava preocupada, Luan não era de sumir. Ela pensou em diversas situações que seu marido poderia ter passado, mas ela nunca imaginaria que o que realmente aconteceu era muito pior...
Uma única ligação e pouquíssimas palavras foram o suficiente para fazerem a mulher cair no choro e sentir seu coração apertar...
"Sra. Lamoglia seu marido faleceu..."
Aquela frase se repetia na cabeça de Pixie.
"Como isso aconteceu?"
Era o que ela se perguntava..."
As lembranças do dia em que ela recebeu a terrível notícia ainda lhe atormentavam, afinal mal haviam passado dois dias...
A dor permanecia viva dentro da Ocaranta, que se aprontava para jogar as cinzas de seu falecido marido ao mar.
Em sua mente as lembranças do início do relacionamento, que começou na infância, maltratavam o coração da morena...
"-Você promete que nunca vai deixar de ser meu amigo? - perguntou Pixie receosa.
- Prometo! - respondeu o pequeno Luan.
Era uma tarde de verão e o último dia de férias, os dois estava recostados em uma árvore no quintal dos Ocaranta, observando o pôr-do-sol. No dia seguinte eles comeceriam o quarto ano, os dois estavam ansiosos...
- Você vai ir comigo amanhã para a escola? - questionou Luan.
- Claro... Mamãe vai me levar até a sua casa, para a Tia Júlia deixar a gente no colégio...
- Ah, sim... Pixie eu posso te contar um segredo?
- Óbvio! Nós somos melhores amigos, não?
- Sim... - ele pensou um pouco e logo tomou coragem - eu gosto de uma menina...
- O quê? - indagou espantada, não acreditou no que havia acabado de escutar - quem é ela?! - disse Pixie autoritária como sempre.
- Não po-posso falar! - respondeu nervosamente.
- Fala quem é ela agora ou eu acabo com você aqui! - alertou quase "voando no pescoço" de seu melhor amigo.
- I-isso tudo é ci-ciúmes?! - provoucou o Lamoglia, temoroso das consequências de seu ato.
- Luan André da Silva Lamoglia, me fala agora quem ela é! - esbravejou encarando o garoto.
- Ei! Meu nome não é esse!
- Não tente mudar de assunto! Quem é ela?
Um silêncio se instalou no ambiente por algum instantes.
- Vo-você! - gaguejou o menino, sorrindo timidamente.
Pixie estava boquiaberta, não imaginava que seu melhor amigo "gostava" dela...
Quando ela se preparou para falar, foi interrompida pela mãe, que os chamou para lanchar..."
Tantas lembranças e tanta dor, o que tinha tudo para ser um felizes para sempre, acabou com um final trágico...
Vestindo uma calça jeans azulada, uma camiseta preta, do jogo favorita de seu marido, a jaqueta azul favorita do marido e o seu tênis preferido (e o que o jovem mais gostava de vê-la usando), ela saiu de casa.
"É um conjunto muito despojado e casual para essa ocasião", era isso o que pensava Daisy, sua amiga, mas Pixie sabia que se Luan a visse vestida daquele jeito ia ter aquele brilho especial nos olhos e aquele sorriso bobo que ela tanto amava...
Seus cabelos curtos estavam penteados para o lado, ela não usava maquiagem, com certeza iria acabar derrubando algumas lágrimas, e a mulher não queria sujar seu rosto.
Pixie decidiu ir de ônibus até o local, para relembrar os velhos tempos, onde ela e seu amado iam á praia todo o final de semana, sorrindo e cantando como sempre...
"-Ei! Se apresse, Luan! Nós vamos perder o ônibus! - berrou Pixie para seu namorado, que já estava há horas se arrumando.
- Já estou indo! - respondeu despreocupado.
Logo o jovem saiu de seu quarto e foi ao encontro da Ocaranta.
- Pronto, já estou aqui! - murmurou antes de deixar um delicado beijo nos lábios da garota.
- Então vamos! - disse sorridente, indo em direção a porta da casa do Lamoglia.
Os dois caminharam até o ponto de ônibus de mãos dadas, por sorte conseguiram sentar e passaram a viagem inteira até a praia conversando sobre coisas aleatórias e cantarolando a música que haviam escrito juntos..."
Aquele trajeto tão conhecido por ela, foi percorrido tão devagar, como se o destino soubesse que aquilo a destruiria mais ainda.
Quando chegou seu coração apertou, estava destruída por ter de fazer aquilo...
Não tinha muitas pessoas com ela naquele momento, apenas sua amiga Ana e seu marido, sem contar Daisy e Pietro... a família de Luan não pode estar presente ali, e os outros amigos do homem não tiveram forças para comparecerem...
"Por que o destino nos uniu, se iria nos separar tão cedo?"
Foi o que Pixie pensou quando deu seu último adeus a Luan, segundos antes de largar as cinzas dele ao mar, assim como ele desejava...
"Pregúntale al destino por qué nos enamoró, pregúntale al camino que por qué nos separó..."
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Hey!
Espero que tenham gostado!
A música que me inspirou está na midia!
Essa oneshot foi escrita com muito carinho e dor no coração, para vcs!
Bjs de arco-íris!
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ONE SHOTS | DISNEY BIA
FanfictionONE SHOTS | DISNEY BIA Histórias curtas de Disney Bia.