capítulo 27

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Lexa havia procurado Clarke por toda a prisão, porém só a encontrou na cela delas. Ela se encostou na parte que dividia sua cela com outra e deixou só a ponta de sua cabeça à vista, analisando Clarke.

A loira estava entretida com alguns novo livros que havia chegado para ela aquele dia e sequer reparou que estava sendo observada. A menor respirou fundo e arrumou a postura.

— Toc Toc? — Ela disse e Clarke ergueu a cabeça, fitando-a com um sorriso simples nos lábios. — Podemos conversar?

— Claro. — Clarke disse sorrindo de canto e Lexa se sentou em sua cama.

— Por que se senta no chão? — Lexa perguntou.

— Não gosto de usar sua cama sem permissão.

— Não seja boba. Não gosto que se sinta desconfortável. Pode usar minha cama sempre que quiser. — Lexa falou e Clarke assentiu.

— Obrigada. — Disse. A menor umedeceu os lábios e apoiou os antebraços nas coxas ao ver que Clarke permanecera no chão.

— Bem... Eu queria conversar sobre, uh, o que Luna disse. — Seu rosto ganhou uma coloração mais avermelhada e Clarke estacou no lugar.

— Não precisamos. — Clarke disse e Lexa assentiu.

— Sim, eu sei, mas eu quero. — Ela falou e Clarke abaixou a vista para seus livros, sentindo-se embaraçada.

— Pois bem, diga. — Clarke disse e Lexa fez uma careta.

— Isso está estranho. — Lexa falou e Clarke ergueu seu rosto, fitando-a.

— Demorou para perceber. — Clarke disse e logo umedeceu os lábios. — Eu disse que era melhor mantermos a distância e...

— O quê? — Lexa perguntou e logo riu. — Não. Não me refiro a nós. — Falou, se sentando no chão ao lado de Clarke.

— E então? — A maior indagou.

— Me refiro à forma como estamos parecendo duas desconhecidas conversando. — Ela falou, retirando os livros do colo de Clarke para então se sentar sobre ele. — Gosto de ficar pertinho assim. — Falou com doçura e Clarke sorriu timidamente.

— Gosta? — Questionou e Lexa assentiu.

— Gosto muito. — Confessou e Clarke sentiu suas mãos começarem a suar. — Clarke, eu acho, uh... Não! não acho... Eu sei... — Se corrigiu. — Que eu estou...

— Luna ficou lá fora sozinha? — A maior indagou e Lexa ergueu a vista para ela rodeando os braços ao redor de seu pescoço.

— Eu estou apaixonada por você. — Lexa disse, não dando espaço para Clarke mudar de assunto. — Muito. Caindo de amores. Sonho com seu cheiro e penso em você quando não está por perto. — Clarke se remexeu inquieta embaixo dela.

— Você não deveria, Leashy. — A voz de Clarke não passou de um sussurro e Lexa comprimiu os lábios, assentindo.

— É... Eu não deveria, eu sei. — Falou. — Mas me apaixonei. O que posso fazer?

— Tentar se afastar de mim. — Clarke disse, abaixando os olhos. Sentiu um toque delicado erguer seu queixo antes de lábios macios tocarem os seus.

— Eu não quero me afastar de você. Estou apaixonada, não entende? Apaixonada. — Lexa disse veemente ao separar-se do beijo casto. — Quero todo o contrário, quero ficar perto de você o tempo inteiro.

— Até quando está na enfermaria ao lado da médica oferecida? — Clarke indagou e Lexa riu graciosamente, assentindo.

— Sim, mesmo gostando de conversar com ela. — Lexa disse e Clarke a fitou.

— Não precisava ter me dito isso. — Clarke falou e Lexa sorriu.

— Precisava sim, porque o assunto principal de nossas conversas sempre é você. — Lexa confessou e Clarke franziu os olhos.

— Duvido.

— Não duvide de mim. — Lexa falou. — E não precisa ter ciúmes dela. Ela sabe que eu quero só você. — O coração da loira bateu fortemente contra a sua caixa torácica. Não podia crer no que ouvia. Lexa dizia a ela algo que jamais pensara ouvir daqueles lábios. — Inclusive ela acha que você é muito linda e que eu tenho bom gosto.

— Jura que falou para ela de mim? — Clarke perguntou e Lexa assentiu.

— Eu deveria ter ciúmes da médica por esse entusiasmo em sua voz? — Lexa perguntou brincando e Clarke riu, negando.

— Não deveria ter ciúmes de ninguém, Leashy. — Clarke falou, abraçando o corpo em cima de si. — Não tenho olhos para mais ninguém. — A menor mordeu o próprio lábio antes de se debruçar e capturar os lábios de Clarke entre os seus.

As mãos de Clarke puxaram Lexa mais para seu corpo enquanto a língua da menor pedia passagem. Ela não hesitou em deixar a outra aprofundar o beijo e arfou contra a boca de Lexa quando sentiu a garota rebolar sobre seu colo.

— Como me excita tão rápido, hein? — Clarke perguntou e Lexa sorriu contra seus lábios, olhando para fora da cela apenas para ver que ninguém passava ali.

— Faz carinho em mim, faz? — Lexa sussurrou contra seu ouvido antes de mordiscar o lóbulo de sua orelha e segurar uma mão de Clarke, guiando-a para o meio de suas pernas.

— Alguém pode passar, Lexa. — Clarke disse e Lexa arrastou os dentes no pescoço de Clarke mansamente.

— Eu adoro quando você pronuncia o meu nome com essa voz rouca e sexy... — Sussurrou. — Me excita em tantos graus.

Clarke estava perdida. Como poderia pensar que conseguiria negar algo para a menor? Ainda mais quando ela queria tanto quanto a outra garota.

— Eu vigio. — Lexa falou, pegando novamente uma das mãos de Clarke e a guiando, dessa vez, para dentro de sua calça. — Faz carinho, Clórk. — Repetiu a pergunta e arfou quando sentiu os dedos de Clarke começarem a se mover em círculos em seu nervo rígido.

— Tão molhada já... — Clarke falou e Lexa fez um enorme esforço para não fechar os olhos, apenas para poder vigiar a entrada. Se alguém passasse ali não tinha como ver totalmente a mão de Clarke em sua intimidade, afinal seu braço direito estava para o lado da parede e não das grades, porém, se alguém passasse e a visse se movimentando sobre Clarke com cara de desejo, na hora descobriria o que faziam.

— Aposto que está tão molhada quanto eu. — Lexa murmurou, entreabrindo a boca ao sentir dois dedos de Clarke deslizarem para seu interior. — Oh... Sim!

— Não me canso de ouvir os seus gemidos, Lexa... — Clarke murmurou e a menor não resistiu em começar a se movimentar de encontro ao dedos de Clarke.

— Eu queria foder com você em uma casa distante de tudo... — Lexa murmurou, acelerando a velocidade de seus quadris.

— E eu queria poder namorar com você. — Clarke falou, fazendo Lexa a fitar boquiabierta. — Porém não podemos, mas para mim já basta saber que a paixão que sinto por você é completamente recíproca.

— Clarke... — Lexa diria algo a respeito, porém os movimentos fortes e fundos em seu interior a fizeram fechar os olhos fortemente. — Vigia para mim... Acho que vou... gozar. — Disse entre gemidos, afundando as unhas no couro cabeludo de Clarke.

A maior olhou para a entrada e ninguém passava. Por sorte naquele horário todas desfrutavam do sol. Clarke sentiu o interior de Lexa apertar seus dedos e então levou o dedão para seu clitóris, incentivando o orgasmo a vir.

A menor sentiu a sensação deliciosa de seu ventre atingir todo o corpo, fazendo-a abaixar a cabeça e morder o ombro de Clarke para não gemer alto. Seu corpo relaxou sobre o de Clarke e ela afundou o rosto no pescoço da maior, se deixando ali.

— Eu gostaria de namorar você. — Lexa murmurou e Clarke retirou a mão de dentro de sua calcinha e calça,  abraçando o corpo menor.

— Eu sei. Eu também. — Murmurou tristemente, não vendo um final feliz para aquela história.

Presa Por Acaso - Clexa Onde histórias criam vida. Descubra agora