Lexa havia procurado Clarke por toda a prisão, porém só a encontrou na cela delas. Ela se encostou na parte que dividia sua cela com outra e deixou só a ponta de sua cabeça à vista, analisando Clarke.
A loira estava entretida com alguns novo livros que havia chegado para ela aquele dia e sequer reparou que estava sendo observada. A menor respirou fundo e arrumou a postura.
— Toc Toc? — Ela disse e Clarke ergueu a cabeça, fitando-a com um sorriso simples nos lábios. — Podemos conversar?
— Claro. — Clarke disse sorrindo de canto e Lexa se sentou em sua cama.
— Por que se senta no chão? — Lexa perguntou.
— Não gosto de usar sua cama sem permissão.
— Não seja boba. Não gosto que se sinta desconfortável. Pode usar minha cama sempre que quiser. — Lexa falou e Clarke assentiu.
— Obrigada. — Disse. A menor umedeceu os lábios e apoiou os antebraços nas coxas ao ver que Clarke permanecera no chão.
— Bem... Eu queria conversar sobre, uh, o que Luna disse. — Seu rosto ganhou uma coloração mais avermelhada e Clarke estacou no lugar.
— Não precisamos. — Clarke disse e Lexa assentiu.
— Sim, eu sei, mas eu quero. — Ela falou e Clarke abaixou a vista para seus livros, sentindo-se embaraçada.
— Pois bem, diga. — Clarke disse e Lexa fez uma careta.
— Isso está estranho. — Lexa falou e Clarke ergueu seu rosto, fitando-a.
— Demorou para perceber. — Clarke disse e logo umedeceu os lábios. — Eu disse que era melhor mantermos a distância e...
— O quê? — Lexa perguntou e logo riu. — Não. Não me refiro a nós. — Falou, se sentando no chão ao lado de Clarke.
— E então? — A maior indagou.
— Me refiro à forma como estamos parecendo duas desconhecidas conversando. — Ela falou, retirando os livros do colo de Clarke para então se sentar sobre ele. — Gosto de ficar pertinho assim. — Falou com doçura e Clarke sorriu timidamente.
— Gosta? — Questionou e Lexa assentiu.
— Gosto muito. — Confessou e Clarke sentiu suas mãos começarem a suar. — Clarke, eu acho, uh... Não! não acho... Eu sei... — Se corrigiu. — Que eu estou...
— Luna ficou lá fora sozinha? — A maior indagou e Lexa ergueu a vista para ela rodeando os braços ao redor de seu pescoço.
— Eu estou apaixonada por você. — Lexa disse, não dando espaço para Clarke mudar de assunto. — Muito. Caindo de amores. Sonho com seu cheiro e penso em você quando não está por perto. — Clarke se remexeu inquieta embaixo dela.
— Você não deveria, Leashy. — A voz de Clarke não passou de um sussurro e Lexa comprimiu os lábios, assentindo.
— É... Eu não deveria, eu sei. — Falou. — Mas me apaixonei. O que posso fazer?
— Tentar se afastar de mim. — Clarke disse, abaixando os olhos. Sentiu um toque delicado erguer seu queixo antes de lábios macios tocarem os seus.
— Eu não quero me afastar de você. Estou apaixonada, não entende? Apaixonada. — Lexa disse veemente ao separar-se do beijo casto. — Quero todo o contrário, quero ficar perto de você o tempo inteiro.
— Até quando está na enfermaria ao lado da médica oferecida? — Clarke indagou e Lexa riu graciosamente, assentindo.
— Sim, mesmo gostando de conversar com ela. — Lexa disse e Clarke a fitou.
— Não precisava ter me dito isso. — Clarke falou e Lexa sorriu.
— Precisava sim, porque o assunto principal de nossas conversas sempre é você. — Lexa confessou e Clarke franziu os olhos.
— Duvido.
— Não duvide de mim. — Lexa falou. — E não precisa ter ciúmes dela. Ela sabe que eu quero só você. — O coração da loira bateu fortemente contra a sua caixa torácica. Não podia crer no que ouvia. Lexa dizia a ela algo que jamais pensara ouvir daqueles lábios. — Inclusive ela acha que você é muito linda e que eu tenho bom gosto.
— Jura que falou para ela de mim? — Clarke perguntou e Lexa assentiu.
— Eu deveria ter ciúmes da médica por esse entusiasmo em sua voz? — Lexa perguntou brincando e Clarke riu, negando.
— Não deveria ter ciúmes de ninguém, Leashy. — Clarke falou, abraçando o corpo em cima de si. — Não tenho olhos para mais ninguém. — A menor mordeu o próprio lábio antes de se debruçar e capturar os lábios de Clarke entre os seus.
As mãos de Clarke puxaram Lexa mais para seu corpo enquanto a língua da menor pedia passagem. Ela não hesitou em deixar a outra aprofundar o beijo e arfou contra a boca de Lexa quando sentiu a garota rebolar sobre seu colo.
— Como me excita tão rápido, hein? — Clarke perguntou e Lexa sorriu contra seus lábios, olhando para fora da cela apenas para ver que ninguém passava ali.
— Faz carinho em mim, faz? — Lexa sussurrou contra seu ouvido antes de mordiscar o lóbulo de sua orelha e segurar uma mão de Clarke, guiando-a para o meio de suas pernas.
— Alguém pode passar, Lexa. — Clarke disse e Lexa arrastou os dentes no pescoço de Clarke mansamente.
— Eu adoro quando você pronuncia o meu nome com essa voz rouca e sexy... — Sussurrou. — Me excita em tantos graus.
Clarke estava perdida. Como poderia pensar que conseguiria negar algo para a menor? Ainda mais quando ela queria tanto quanto a outra garota.
— Eu vigio. — Lexa falou, pegando novamente uma das mãos de Clarke e a guiando, dessa vez, para dentro de sua calça. — Faz carinho, Clórk. — Repetiu a pergunta e arfou quando sentiu os dedos de Clarke começarem a se mover em círculos em seu nervo rígido.
— Tão molhada já... — Clarke falou e Lexa fez um enorme esforço para não fechar os olhos, apenas para poder vigiar a entrada. Se alguém passasse ali não tinha como ver totalmente a mão de Clarke em sua intimidade, afinal seu braço direito estava para o lado da parede e não das grades, porém, se alguém passasse e a visse se movimentando sobre Clarke com cara de desejo, na hora descobriria o que faziam.
— Aposto que está tão molhada quanto eu. — Lexa murmurou, entreabrindo a boca ao sentir dois dedos de Clarke deslizarem para seu interior. — Oh... Sim!
— Não me canso de ouvir os seus gemidos, Lexa... — Clarke murmurou e a menor não resistiu em começar a se movimentar de encontro ao dedos de Clarke.
— Eu queria foder com você em uma casa distante de tudo... — Lexa murmurou, acelerando a velocidade de seus quadris.
— E eu queria poder namorar com você. — Clarke falou, fazendo Lexa a fitar boquiabierta. — Porém não podemos, mas para mim já basta saber que a paixão que sinto por você é completamente recíproca.
— Clarke... — Lexa diria algo a respeito, porém os movimentos fortes e fundos em seu interior a fizeram fechar os olhos fortemente. — Vigia para mim... Acho que vou... gozar. — Disse entre gemidos, afundando as unhas no couro cabeludo de Clarke.
A maior olhou para a entrada e ninguém passava. Por sorte naquele horário todas desfrutavam do sol. Clarke sentiu o interior de Lexa apertar seus dedos e então levou o dedão para seu clitóris, incentivando o orgasmo a vir.
A menor sentiu a sensação deliciosa de seu ventre atingir todo o corpo, fazendo-a abaixar a cabeça e morder o ombro de Clarke para não gemer alto. Seu corpo relaxou sobre o de Clarke e ela afundou o rosto no pescoço da maior, se deixando ali.
— Eu gostaria de namorar você. — Lexa murmurou e Clarke retirou a mão de dentro de sua calcinha e calça, abraçando o corpo menor.
— Eu sei. Eu também. — Murmurou tristemente, não vendo um final feliz para aquela história.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Presa Por Acaso - Clexa
أدب الهواةO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Lexa Woods não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o melho...