Prólogo.

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Inicio de setembro de 1999:

Na mesa de café da manhã, vó Abby colocou na minha frente o prato de porcelana com ovos fritos, bacon e torrada

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Na mesa de café da manhã, vó Abby colocou na minha frente o prato de porcelana com ovos fritos, bacon e torrada. Ela praticamente me criou depois que meu pai morreu e minha mãe entrou num estado latergico infinito. Eu suspeito que sua missão talvez seja fazer Grace e eu crescermos mais uns dez centímetros, apesar de nós duas já termos passado da fase de crescimento.

- Ate que enfim você desceu. - Ela anunciou ao mesmo passo que Grace entrou na cozinha amarela e cheia de bugigangas que nossa avó tanto cuida.

- Não pegue no meu pé, vó. É o primeiro dia de aula. - Grace pediu com um mal humor horrível, típico dela principalmente nas manhãs em que tem que voltar para Beauxbatons com o fim das férias.

- Você vai se formar esse ano ainda, para de reclamar. - Eu cometo tentando anima-la, o que não funciona muito com sua perspectiva de ter que ir pela primeira vez para Beauxbatons sem mim.

- Fácil falar quando você se formou no ano passado. - Ela resmungou incoformada com seu destino.

- A culpa não é minha de ter nascido um ano antes. - Alego com um tom convencido apenas para provocá-la. Durante boa parte da nossa infância houve essa picuinha, sempre zombei por ser a mais velha de nós duas, mas ficaria feliz se tivéssemos a mesma idade.

- As duas podem parar? - Vó Abby perguntou num tom retórico que apenas disfarça que essa pergunta na verdade é uma ordem.

E embora ela mal chegue a 1,50m de altura e seja provavelmente mais velha do que ao jogo de porcelana que ela cuida mais do que da sua vida, a cada aniversário ela insiste que está fazendo sessenta anos, mesmo já tento mais de setenta. Abigail Noor é a autoridade absoluta na nossa casa, por isso Grace e eu a obedecemos sem pensar duas vez e sem ela nem mesmo precisar pegar sua varinha.

- Acabou o achocolatado? - Minha prima perguntou após um raro instante de silêncio.

Eu acho impressionante como Grace bebe achocolatado do mesmo jeito que algumas pessoas bebem café. Mesmo de manhã, ela já esta sempre atrás da sua dose matinal de açúcar.

- Eu pedi para uma certa pessoa ir ao mercado ontem. - Vó Abby relembrou, me olhando de esguela num tom quase que repreensível.

- Culpada. - Eu admiti coçando o pescoço. A realidade é que estive muito distraída arrumando minhas malas, mas prefiro não comentar sobre porque sei que provavelmente isso geraria mais uma série de perguntas da minha vó querendo saber se não esqueci de colocar nada nas malas. Por isso me abstenho e como mais uma garfada de bacon. E enquanto enfio o bacon na boca, olho pelo corredor por puro hábito. A porta do quarto da minha mãe já está fechada, ela mal sai de lá. É um pouco triste me lembrar que cheguei a pensar que assim que eu terminasse o colégio passaria a vê-la mais já que voltaria para casa, mas nem mesmo morando juntos a vejo todos os dias.

Trabalho Perfeito - Fred Weasley.Onde histórias criam vida. Descubra agora