Capítulo quatorze - Pó de esperança

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    — Você está tentando me enganar? Eu não vou deixar você me levar de volta para a porra do isolamento. - Katsuki bufou, rosnando baixinho antes de começar a andar para frente.

    — Sul. Continue indo para o sul até chegar aos escombros de uma velha torre do relógio, e de lá vire à direita. Será uma caminhada de cerca de 5 dias. - O homem falou, seus olhos roxos úmidos e seu cabelo preto esvoaçando ao vento. O loiro congelou. 

Será que... esse cara acabou de lhe dar instruções? Ou isso é uma merda de perseguição de ganso selvagem? 

   — Não tente me enganar. - Katsuki estalou, seus olhos se estreitaram enquanto ele cagava encarando o homem. 

Ele sorriu, seus braços musculosos agarrando o jovem adulto mal-humorado ao redor de seu pescoço. Ele bagunçou as pontas loiras do alfa com a mão cheia de cicatrizes, acarinhando. 

   — Bem, é melhor você acreditar em mim porque eu vou com você! - Ele aplaudiu e Katsuki soltou um gemido alto. 

   — Se você não me convencesse a acreditar na sua história de vida, eu nem pensaria em deixá-lo em qualquer lugar perto do meu ômega seu merda. Considere-se malditamente especial. - Katsuki murmurou, colocando sua mochila com segurança em seus ombros antes de ir embora com um  colar rápido. 

Ele caminhou apenas o suficiente para ficar na frente do homem para que seu sorriso invulgar e brilhante não fosse notado, e a quantidade de excitação que irradiava dele poderia ser disfarçada como frustração. 

   — Eu não vejo aquele ômega há anos, ou ele está bem? - O homem de olhos roxos perguntou, sua voz com preocupação genuína. 

   — Parece que eu vi o bastardo recentemente? - Katsuki estalou, esmagando uma pilha de folhas sob seus pés enquanto se abaixava sob um galho de árvore baixo. 

   — Ah, é justo. - O homem murmurou, esfregando a nuca timidamente antes de seguir o caminho dos meninos. 

X-X-X-X

   — Izuku terminou o cio ontem, certo? Por que ele ainda está aí? - Aizawa sussurrou para Midnight, enquanto ela rapidamente carimbava folhas de papel no escritório da faculdade. 

As luzes brilhantes estavam o cegando, e aizawa mal conseguia se sentar aqui confortavelmente depois de acordar de sua soneca. 

   — Eu não sei o que fazer com ele... - Midnight admitiu, descansando a testa nas palmas das mãos enquanto bufava. — Se continuarmos dando a ele coisas para lembrá-lo de Bakugo, ele nunca tentará seguir em frente.

   — Você não pode estar pensando de verdade em arrancar tudo dele também... - Aizawa sussurrou, sua voz entediada.  — Por mais que eu seja para confiscar, é como arrancar um filho da última fotografia que ele tem de sua mãe morta.

   — Mau exemplo. - All Might deu entrada, recostando seu corpo esquelético na cadeira do escritório.

   — Oh merda, é isso! - Midnigth anunciou, levantando-se de seu assento. 

   — Você está sugerindo que o matemos? Porque sou completamente contra isso. - TODOS param de falar, olhando diretamente para a mulher.

   — Não, seu idiota! Tentamos reverter o luto para a mãe dele. É inacreditavelmente cruel, mas ele já aceitou a morte dela. - Midnight explicou, sua voz falhando ligeiramente. 

   — O que isso significa? - Aizawa questionou, cruzando os braços sobre o peito. 

    — Espero que ele ache mais fácil chorar por alguém que ele sabe com certeza que não vai voltar. Minha teoria é que ele, então, inconscientemente, aceitará que Bakugo pode estar morto... - Midnigth terminou, de alguma forma, percebendo que seu plano não estava nem perto de uma prova completa. 

    — E se ele não fizer nada disso?

    — Mas ele não está morto?

   — Eu concordo que isso pode resultar em luto em vez de falta, mas ele sempre vai querer seu companheiro. Eu não acho que devemos fazer isso. - Nezu falou, seu rostinho aparecendo do nada. 

    — Sim... Foi uma sugestão estúpida... - Midnight murmurou, sentando-se novamente.

    — Você estava no caminho certo. - O diretor falou. — Mas acho que tenho um plano melhor.

X-X-X-X

   — Uraraka!/Ochaco!

Uraraka espiou por entre os cabelos para ver dois de seus colegas vindo em sua direção, ambos chamando por ela. 

Ela tirou o casaco dos ombros, cuidadosamente colocando-o nas costas da cadeira da cozinha antes de se virar para se dirigir aos dois. 

    — E aí, pessoal? - Ela falou, enquanto se ajoelhava para desamarrar os sapatos.

   — Eu preciso falar com você. - lida murmurou, mantendo contato visual enquanto ele tinha as bochechas levemente rosadas. 

   — Isso pode ser importante, *Gero *, mas você deve falar comigo primeiro. - Tsuyu respondeu, dando a Uraraka um sorriso gentil. 

   — Claro, vou falar com você ma- - Uraraka começou, mas não conseguiu terminar a frase quando foi arrastada pelo chão por uma mulher de cabelo rosa. 

   — MINA? DE ONDE VOCÊ VEIO MESMO? - Uraraka gritou, debatendo-se de brincadeira do aperto da amiga. 

   — CADELA! HOJE É SEXTA-FEIRA! SEXTA-FEIRA É NOSSA NOITE! - Ela gritou de volta, jogando Uraraka em seu quarto e batendo a porta atrás de ambos. 

Tsuyu resmungou e entrou na sala principal para se sentar ao lado de um certo Alfa ruivo. 

   — Como foi? - Kirishima perguntou, dando uma mordida em sua torrada enquanto observava Kaminari continuar a queimar seu próprio pão. 

   — Eu avisarei quando eu fizer isso. - Tsuyu murmurou e Kirishima suspirou. 

   — Progresso é progresso, mesmo que não haja nenhum.

   — Não.

X-X-X-X

N/T

YAEEEEEEEEEEEEEEE! BLZ?

Não morri, estou vivo ainda! Desculpa a demora para postar os capítulos porém vou tentar postar com mais frequência quando for possível.

Continuem lendo!♡(ӦvӦ。)

P.S: Desculpem meus erros de digitação por favor!

Our Pack - One Fate [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora