Our Pack - One Fate [COMPLETO]

Capítulo dezenove - Olhos rubis

Izuku gemeu. Ele se mexeu nos lençóis e enfiou o rosto no travesseiro. Seu quarto cheirava... diferente. Cheirava como costumava ser quando ele era recém-marcado.  Ele se lembrou de quando costumava acordar e ser saudado por aqueles lindos olhos de rubi. Ele bocejou, esfregando os olhos e estremecendo com a dor de cabeça. 

Ele adormeceu ao meio-dia? Ele agitou as pálpebras abertas, seu rosto afundando contra os travesseiros enquanto ele estava cego pelo raio de luz. 

Ele bocejou novamente, abrindo totalmente os olhos verdes. Sua visão foi gentilmente saudada por um par de belos olhos de rubi inesperados e um rosto pálido colocado em seu próprio braço. 

   — Dia.

Os olhos de Izukus se arregalaram lentamente e ele saltou dos lençóis e se moveu para o fundo da cama. 

Katsuki estava sentado no chão de pernas cruzadas e tinha o queixo apoiado no braço na cama. Ele riu de Izuku, mas não se mexeu para  assustá-lo. 

   — K-k-k-k-Kacchan? - Izuku murmurou, não confiando em sua própria voz enquanto observava a figura encostada na parede ao lado da cama. 

   — Sou eu. - Ele respondeu com um sorriso gentil no rosto. 

Izuku rastejou para frente e estendeu um dedo trêmulo, cutucando as bochechas do alfa com força. 

   — Ei, que porra-

   — KACCHAN! - Ele gritou, saltando sobre os Alfas e envolvendo os braços em volta do pescoço. 

Katsuki passou os braços em volta da cintura do Omega e se aninhou em seu pescoço, sentindo seu cheiro. Izuku soluçou no ombro do loiro, murmurando frase após frase sem resposta. Katsuki puxou o rosto de Izuku de seu ombro, gentilmente segurando sua bochecha e olhando nos olhos lacrimejantes de Izukus. 

   — Eu senti tanto sua falta, porra. - Katsuki sussurrou, sua voz trêmula e seus olhos ficando vidrados. Ele foi corajoso por tanto tempo, e agora ele sentia que poderia simplesmente ser normal novamente. 

   — Você está bem? - Izuku perguntou, sua mão em cima da de Katsuki. 

   — Estou bem. - Ele respondeu, apoiando a testa nos ômegas. 

   — Não, você não está. - Izuku sussurrou, pegando Katsuki de volta em seus braços e alisando seu cabelo.

Izuku sentiu sua camisa se mover enquanto Katsuki a agarrava, e então ele sentiu que começava a ficar úmida.  Pela primeira vez, Katsuki estava entrando em colapso. Ele encarou a morte bem na cara, e só agora se sentia confortável para pensar nisso agora. 

   — Ei, está tudo bem. Você está seguro agora. - Izuku murmurou, sentando no colo de Katsuki e acariciando suavemente seu cabelo.  O Alfa escondeu o rosto no ombro do ômega e o segurou com força. 

   — Uma palavra sobre isso e você morre. - Katsuki resmungou e Izuku deu uma risadinha. 

   — Que pena! Planejei contar para todo mundo! Você arruinou meu plano! - Izuku brincou, e Katsuki segurou ambas as bochechas novamente. 

Izuku lentamente se inclinou, conectando seus lábios com os de Katsuki antes de puxar para trás provocadoramente com o maior sorriso estampado em seu rosto. 

   — Que merda, você está com o mesmo cheiro que eu. - Katsuki reclamou, cobrindo Izuku com ondas de seu próprio cheiro. Izuku riu, empurrando seu alfa para longe e caminhando até a porta. 

   — Espera- - Katsuki começou, antes de perceber o que ele estava dizendo e se conter.

   — Está tudo bem. Eu só estou fechando a porta. - Izuku respondeu: — Você pode deixar de agir de cara malvado quando estamos a sós.

    — Mas eu sou um cara mal. - Ele comentou, cruzando os braços. 

   — Sim, eu sei. - Ele deu uma risadinha. — Você precisa de um banho? Algo para comer? - Izuku perguntou. — Você está com frio? Quer um cobertor?

   — Woah, o que é você? A porra da minha mãe? - Katsuki responde, levantando e balançando a cabeça. 

   — Desculpe... - Izuku murmurou. — Mas você...?

    — Eu gostaria de um banho. Mas temo que a banheira seja grande demais para mim. - Katsuki flertou, passando as mãos pelo lado do ômega e os descansando nos quadris. 

    — Sim! Aí você pode me dizer onde esteve! - Izuku sorriu, já indo tomar banho. 

    — Isso não é-

——

    — Ei Deku! - Uraraka acenou para ele e ele se aproximou dela timidamente. 

    — Sim? - Ele perguntou, sentando-se ao lado dela no balcão da cozinha.

   — Como está Bakugo? - Ela perguntou.

   — Ele está bem! Ele está no meu quarto agora, estou preparando um banho para ele. - Ele respondeu, pulando do balcão. 

   — Instintos ômega, hein? - Ela riu e ele sorriu. 

   — Eles são imprevisíveis! - Ele correu, subindo as escadas para preparar o banho. 

——

   — Comece pelo hospital. Como você acabou saindo de lá? - Izuku perguntou, apoiando a cabeça nos joelhos em frente ao namorado. 

   — Sim, eu não vou sentar em uma caixa d'água por uma hora contando essa história. Vou resumir. - Ele falou, encostado no azulejo da parede do banheiro. 

   — Eu não tenho a porra da ideia de como ou quem me tirou do hospital, mas acordei numa cabana portátil de merda. Havia fotos da família da cadela de rabo de cavalo por todas as paredes.

   — Momo? - Izuku questionou e ele acenou com a cabeça. 

   — Sim, sim, seja qual for o nome dela. Havia anotações sobre sua besteira de viagem no tempo, mas não havia ninguém lá. Havia uma fita amarela de merda da polícia ao redor da cabana, mas parecia completamente isolado. Blá blá blá, longa história, resumindo ,quem quer que fosse  , o idiota não desativou minha peculiaridade, então queimei a corda. Acabei na floresta, fodidamente a anos-luz de distância. - Katsuki murmurou, jogando uma bolha no ômega. 

    — Anos luz? - Izuku deu uma risadinha. 

   — Não me interrompa. - Ele retrucou  — De qualquer forma, esbarrei em Hisashi. Ele me levou para-

    — Espere, espere- Hisashi? meu PAI? - Izuku gritou levemente e Katsuki acenou com a cabeça.  Ele puxou Izuku em sua direção, e Izuku deitou no peito do loiro, contente em seus braços. 

   — Sim. Ele está na escola. Aquele desgraçado não sai da caverna há 15 malditos anos. Foi Toga quem veio te encontrar, e foi Toga quem o imitou.

Izuku ficou em silêncio. 

   — Você está surpreendentemente calmo e cooperativo hoje. - Izuku murmurou e se aninhou nele, tentando se manter calmo.

   — ESTOU CANSADO, PORRA! - Ele gritou: — De qualquer forma, ele tratou minhas feridas e me trouxe aqui. Eu não estaria vivo se não fosse por aquele fudido.

   — Você é incrível... - Izuku sussurrou, fechando os olhos e tentando compreender o que havia acabado de ouvir.

X-X-X

N/T:  Desculpem os erros de digitação (；^ω^）

Pois é pessoinhas, estamos na reta final... Os últimos três capítulos dessa história seram postados amanhã sem falta.

Obrigado por tudo até aqui!(◍•ᴗ•◍)✧*。