Capítulo vinte - Oi pai

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- FECHA PORRA DA FECHADURA! - Katsuki gritou, batendo a porta pela décima segunda vez naquela noite.

- Kacchan! - Izuku sibilou, espiando a com a cabeça pela fresta da porta de seu quarto. - Já passou da meia-noite, fique quieto!

- Cale a boca! Minha porta não está trancando! -Ele sibilou de volta, silenciando a voz e chutando agressivamente o batente da porta.

- Uhhh... - Izuku gaguejou, tem flashbacks rápidos de Uraraka e Ashido abrindo a porta com chave. Elas devem ter quebrado.

- Entre aqui. - O ômega sussurrou, abrindo a porta e deixando escapar um bocejo. Katsuki resmungou, mas obedeceu ao namorado. Ele sarcasticamente trancou a porta e Izuku revirou os olhos.

- Vocês todos destruíram a merda da minha porta enquanto eu estava fora ou algo assim? - Ele resmungou, já tirando a camisa e se servindo na cama de ômegas.

- Resolva você. - Izuku respondeu.

Cansado, o ômega arrastou os pés até a cama, cobrindo a boca enquanto bocejava. Ele cambaleou um pouco antes de balançar a cabeça e se enfiar debaixo das cobertas.

O alfa colocou a mão na testa do ômega, medindo sua temperatura e franzindo o cenho.

- Você está doente? - Ele perguntou, tirando os cachos verdes do rosto do menor. Izuku balançou a cabeça "não" antes de se aninhar sob o queixo do loiro e adormecer.

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- Eu realmente não sei o que você quer que eu diga. - Izuku murmurou, esfregando as têmporas enquanto se sentava em frente a seu pai no escritório do corpo docente. Midnight estava sentado ao lado dele, observando a conversa em silêncio.

- Eu só quero saber o que você está pensando. - Hisashi sussurrou, inclinando-se para frente em sua cadeira e olhando seu filho diretamente nos olhos. - Onde está sua mãe?

- Morta. - Izuku falou, sua voz estranhamente estoica. - Achei que você soubesse de tudo.

O homem suspirou, passando a mão pelo cabelo e se levantando da cadeira.

- Você sabe onde estou se precisar de mim, e não espero que me perdoe agora. Mas, por favor, saiba que eu nunca te machucaria de propósito.

Izuku observou o homem ser escoltado para fora da sala com olhos mortos. Ele tinha ido longe o suficiente sem ele, ele não precisava dele agora.

- Você está bem? - Midnight perguntou, cutucando o menino com o pé.

- Sim, estou bem, apenas cansado. - Ele respondeu, levantando-se de seu assento.

- Ainda? Você se atrasou para a aula porque dormiu por mais 2 horas. - Midnight riu e Izuku sorriu para ela.

- Eu tinha que dormir! - Ele brincou, acenando para ela e indo para os dormitórios.

- Sim... Você tinha. - Ela murmurou.

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- Você está realmente quase dormindo? - Katsuki deu uma risadinha, cutucando a bochecha do garoto de cabelo verde.

- Me deixa dormir. - Ele murmurou, rolando nos lençóis do cobertor e puxando-os ainda mais até o queixo.

- A escola acabou há 30 minutos, seu preguiçoso. - Katsuki falou, suspirando e sentando na ponta da cama. - Você já falou com ele? -Katsuki perguntou.

- Sim, não dissemos nada de interessante. - O ômega respondeu.

- Hm.... - O Alfa pensou por um segundo, antes de se levantar e deixar o garoto em paz.

Cerca de quatro horas depois, Izuku acordou e acidentalmente rolou muito rápido eacabou por bater a cabeça contra a parede ao lado da cama.

- Ai. - ele gemeu, esfregando a cabeça e sentando-se nas cobertas. Ele sentiu o cheiro de algo familiar, caramelo?

Izuku se levantou, mas imediatamente viu sua visão ficar turva e ficou o garoto extremamente tonto. Ele ficou parado por um momento, antes de dar um passo à frente e se apoiar na mesa.

Sem aviso, as pernas de Izuku desabaram embaixo dele, fazendo com que ele e a mesa caíssem no chão com um estrondo. Ele estremeceu enquanto se arrastava para frente, ele sentiu um caco de porcelana deslizar em sua palma e ele rapidamente se levantou.

- Você deve tá de sacanagem... - Izuku murmurou, olhando para baixo e o sangue agora escorrendo de seus dedos. Não foi um corte profundo, mas o suficiente para arder e sangrar.

Ele tentou andar novamente, mas então sentiu todo o seu corpo começar a esquentar. Ele se dirigiu para o chão e tentou controlar a respiração acelerada.

- Nãonãonãonãonão, eu não posso entrar no cio de novo, não ainda! - Izuku pensou, seu nível de pânico aumentando. Não só ele teve seu cio não há muito tempo, mas ele também ainda estava em supressores!

Ele correu para frente, trancando a porta do quarto rapidamente com a mão ensanguentada e arrancando a camisa e tentando se refrescar.

Our Pack - One Fate [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora