Call me by Nes

3.

Aviso: Esse é um capítulo com cenas de sexo explícito, tal como o anterior. Acontece que no final dele tem uma pequena demonstração de um fetiche chamado de impregnação/reprodução. Usei ele como um teste, porque estou tentando abarcar novas coisas nos hots. Porém, se você não gosta/sente vergonha e etc..., não precisa ler.

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Ela abriu os olhos aos poucos, recebendo a claridade do lado de fora. Por sorte o dia estava nublado, fazendo com que não entrasse tanta luz em seu casulo de sono. O corpo da mulher não demorou muito a perceber que estava sozinho na cama. O calor de Cassian não estava ali e quando ela tateou o colchão, o procurando, não encontrou o peito dele, só as almofadas.

Não demorou para Nestha somar dois mais dois, percebendo que o barulho de água vinha do banho que ele deveria estar tomando. Mesmo sabendo que Cassian não estava lá, os dedos de Nestha correram pela cama e, sabendo que não encontraria nada, a mulher se surpreendeu ao perceber que sua mão achou algo.

Ainda sonolenta, ela levantou a cabeça, observando com curiosidade o que havia tocado. O estupor do sono passou rápido quando Nestha esfregou os olhos e percebeu uma pequena caixinha azul Tiffany no local em que o corpo de Cassian tinha estado horas antes. Na verdade, um dos lugares onde ele esteve, já que o homem passou a noite se mexendo e enfiando a rosto ora nos peitos dela e ora na curva de seu pescoço, tomado completamente por um sono pesado.

Ele não tinha mentido ao falar que gostava de contato.

Essa lembrança a fez rir, porque ela nunca diria que justo ele seria uma pessoa tão chegada a carícias. Era uma descoberta interessante e uma experiência nova também, já que seu único namorado, Thomas, nunca a tocou de uma forma que não fosse para o sexo.

Mas não eram lembranças boas, e Nestha somente queria afastar esses pensamentos de si. Para tanto, ela estendeu a palma até alcançar o objeto, fazendo-o rolar entre seus dedos. Era uma textura confortável. Quando Nestha o virou mais uma vez, focando os olhos na inscrição, entendeu o motivo da cor. Era azul Tiffany porque no topo do material estava, em preto, a inscrição "Tiffany & Co."

Ela quase pulou da cama, um sorriso enorme se desenhando no belo rosto. A garota nem esperou, somente abriu a caixa encontrando um saquinho de tamanho médio, da mesma cor e com as mesmas letras negras, no fundo se encontrava um material fofo e branco. Ela quis passar a mão ali, mas resolveu não perder tempo.

Retirando o conteúdo do saco, uma série de perolas brancas com um pequeno pingente na cor da caixa foi encontrada. Ela sentiu aquelas pequenas pedrinhas, enquanto as olhava com fascínio. Era uma gargantilha e a mulher não perdeu tempo em abrir o fecho e rodear o objeto em seu pescoço.

— Linda. — A voz causou um arrepio nos braços de Nestha.

Ela não ouviu o barulho da porta se abrindo, mas com certeza conseguiu sentir a presença dele atrás de si.

— Espero que seja para mim. — Ela respondeu, sem se virar, precisava ter a certeza de que se manteria composta independente de como Cassian estivesse.

— Vire-se, Nes. — O tom autoritário não dava muitas brechas para ela fazer o contrário. E Nestha o xingou por ter desfeito seu plano mental.

Ela pulou da cama e então virou-se para ele, que se encontrava entre a porta do quarto e da suíte. Tal como ela na noite anterior, Cassian estava com os cabelos molhados. As pontas dos fios, que iam até a altura do ombro, pingavam com um pouquinho de água.

E ela mentiria se dissesse que não acompanhou aquele movimento das gotas, que não observou como elas desciam pelo peito musculo cheio de tatuagens, a barriga que havia certamente sido desenhada em horas e horas de academia, até caírem ao redor da toalha que ele usava na cintura. A única coisa que ele estava usando, diga-se de passagem.