Call me by Nes

6.

Aviso: nsfw ;)

👠

O arquipélago Estival não era lindo, essa seria uma definição pequena demais, pobre demais. Aquele espaço parecia ter sido construído pelos deuses e para eles.

Na praia de Adriata, os cabelos de Nestha se mesclavam com a cor da areia, o céu e o mar a lembrando dos olhos de Feyre. As matas verdes, os restaurantes que apresentavam comidas típicas e marinhas, tudo era fantástico. E nos outros cantos, nas ruas de pedrinhas e nas lojinhas de souvenir e artesanato, Nestha só passava com o encantamento fixado em seu olhar, quase como uma criancinha.

Era um sábado à tarde, eles tinham chegado no dia anterior. Nestha tinha estendido seu lençol na areia e estava sentada, aproveitando seu livro e a calmaria daquele canto específico do local, em que poucas pessoas apareciam. Ela estava com um biquíni vermelho, uma visão que tirou um grande e safado sorriso de Cassian. Seus cabelos caíam até sua cintura, trançados de um modo casual.

Em dado momento, Nestha deixou de ler seu livro para levantar o olhar cinzento na direção da água azul, conseguindo observar Cassian saindo dali. O corpo musculoso dele se encontrava totalmente amostra, ostentando somente a sunga preta.

Duas coisas que ela amava nele estavam evidentes: as tatuagens no peito e braços e as pernas torneadas. Nestha nem mesmo percebeu quando soltou um suspiro assim que ele se aproximou mais, os cabelos desordenados e molhados, o sorriso arrogante mostrando aquelas covinhas que ela adorava.

— Nes. — Ele disse, antes de se jogar em cima dela.

Felizmente, Nestha conseguiu afastar seu livro do banho molhado do homem.

— Você está cheio de água salgada, saía daqui — bateu nos ombros dele, não conseguindo mover aquele peso de cima de si.

Mesmo falando sério, ela ainda sorria. Cassian rolou para o lado, quase ocupando toda a toalha laranja com seu tamanho. Ele passou os dedos pelas pintinhas do ombro dela, as contanto como sempre fazia, para beijar a região depois.

— Contei mais três agora — disse, baixinho, o nariz encostado ali.

— Isso é coisa da sua cabeça, você sempre está contando essas manchinhas e sempre acha mais. Não é possível. — Nestha pegou seu livro, mas Cassian o retirou de sua mão.

— Claro que é, seu corpo fabrica mais delas a noite, porque sabe que eu gosto.

O sorriso presunçoso de Cassian tomou todo o rosto dele, o cabelo ónix brilhava sob a luz do sol. Nestha queria xingá-lo, mas também queria beijar todo o rosto dele e acariciar os fios que iam até os ombros.

— Você acha que a biologia do meu corpo responde a você agora? — A jovem ajeitou-se, levantou um pouco seu torso e apoiando os dois cotovelos atrás de seu corpo.

Cassian repetiu o movimento dela, mas ao invés de apoiar seu peso nos dois cotovelos, virou-se de lado e se apoiou somente em um.

— Você está preocupada, né? — Um beijo molhado foi deixado no pescoço de Nestha, que deu um pequeno gemido como resposta.

— Um pouco.

— Vou te contar uma história para te alegrar, então. — A garota sorriu, e virou-se para o encarar, como se estivesse esperando a história. — Eu fiquei alguns anos banido desse arquipélago. Minha família sempre veio aqui, meus pais eram amigos do dono da Ilha de Adriata, e eu e meus irmãos éramos de Tarquin, o filho dele. Bem, um dia acabei destruindo um prédio sem querer.

— Pela Mãe, Cassian. — Ela disse quase brava, mas na verdade começou a rir segundos depois. — Como você fez isso?

— É um segredo. — Cassian deu de ombros. — É ritual de família não contarmos para ninguém. — Uma piscadela dele foi dirigida para Nestha, que revirou os olhos em diversão. — E eu já consegui o que queria com isso, te fazer rir com mais uma besteira minha.