Nossa eternidade

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POV Nico Di Angelo


Hazel já havia sumido quando eu abri os olhos, e junto dela todo e qualquer resquício de poder. 

Quem estava em minha frente era Will, sorrindo pra mim ao mesmo tempo que chorava. Ele se aproximou e segurou minhas mãos entre as suas, e por um instante houve apenas um silêncio confortável e confidente entre nós.

- Você fica bonito de olhos castanhos. - Pisquei, surpreso por aquela ser a primeira coisa que ele falou. Esperava uma declaração de amor, um beijo caloroso ou algo assim. 

Lembrei do que Will me pedira uma vez, logo que o pacto teve fim e eu saí fugido do inferno, se eu podia voltar a ter meus olhos castanhos, porque eles vermelhos o assustavam. Sorri, erguendo nossas mãos juntas e beijando os nós dos dedos.

- Will… - O puxei, até que ele estivesse sobre mim e seu peso me fizesse tombar no chão. - Temos tempo agora.

Eu ri, sem motivos, jogado naquele carpete imundo e rodeado da pessoa que eu mais amava. Ri alto e sem culpa, sentindo meu rosto esquentar e meu peito se encher de felicidade. Não demorou para que meu Solace me acompanhasse, e gastamos bons segundos nisso. 

Quando terminamos eu suspirei, afastando nossos corpos apenas o suficiente para olhar em seus olhos e começar meu monólogo sobre nossa vida. 

- Você vai poder voltar pra casa, e depois fazer vestibular e ir pra faculdade de medicina, eu arrumo um emprego, e talvez faça uma faculdade também, devo ter talento pra tanatopraxia, e a gente pode alugar um apartamento e morar juntos num lugar perto do campus, e vamos adotar um-

- Ei, vai com calma. - Will pôs um de seus dedos sobre meus lábios, deixando escapar risadinhas pela minha empolgação. - Podemos sim, e vamos fazer tudo isso. - Assenti devagar, meu peito quase explodindo de felicidade por ouvi-lo dizer aquilo. Era a minha confirmação de que teríamos um final feliz. - Mas passamos por tanta coisa. Que tal só… aproveitarmos agora?

Ergui as sobrancelhas para o tom sugestivo das últimas palavras, pensando que talvez eu só estivesse muito sedento de amor e entendendo as coisas errado. Mas Will mordeu o lábio, afirmando com a cabeça, e eu soube que não era coisa da minha cabeça. 

- Aproveitar, certo. - Movi minhas mãos, segurando suas pernas e ajeitando até que estivesse sentado no meu colo. 

Colei meus lábios nos de Will, levantando com ele do chão enquanto minha língua era praticamente chupada por ele. Apertei suas coxas antes de largá-lo na cama, jamais separando o beijo. 

Comecei a dedilhar sua cintura sob a blusa, sentindo a pele quente arrepiar com meu toque gelado. Fiz círculos, acariciando os músculos magros. Ri contra sua boca quando ele contorceu a coluna de leve, me afastando para tirar aquele tecido. Passei sobre sua cabeça, e aproveitei para me livrar de minha própria roupa de cima. As mãos do o Solace imediatamente tatearam minhas costas, buscando um ponto específico e arranhando onde anteriormente ficavam minhas asas. 

- Acho que só vou sentir falta das asas. - Em contraste com as unhas agressivas ele fez um carinho, leve e quase sôfrego pelo local, que deslizou do pescoço até a base das costas. Abafei um gemido, me deliciando com a suavidade do movimento. - Você era sensível nelas. 

- Will, eu sou sensível por inteiro quando é com você. 

Ele sorriu antes de me puxar pelo cós da calça, mordendo meu lábio e iniciando mais um beijo. Deixei minha mão escorregar por seu peito, buscando os mamilos eriçados e acariciando devagar antes de apertar a auréola entre o polegar e o indicador. Will arqueou as costas um pouco e abriu a boca buscando ar, aproveitei a deixa para descer devagar por seu corpo, beijando o pescoço, ombros e passando minha língua pelo vão do seu peitoral. O rastro de saliva quente que deixei ali fez o Solace agarrar minhas pernas com as suas e nos unir, as ereções se tocando ainda com as calças e roupa de baixo como empecilho. 

EnviadoOnde histórias criam vida. Descubra agora