POV Will Solace
Ri aceitando o milésimo beijinho que Nico me dava e o puxando comigo para fora do banheiro. O ergui um pouco do chão e selei meus lábios em sua bochecha de maneira apertada, amando ver como ele se inclinava para mim em busca de mais contato.
Já tínhamos arrumado nossa bagunça e tomado um banho depois de… bem, tudo aquilo. Nico voltou para sua roupa de festa e eu improvisei uma com uma camisa colorida de botões e manga curta um tanto quanto aberta no peito. Ele havia dito que eu estava bonito então apenas confiei.
- As pessoas vão chegar logo, nós temos que ir. - Murmurei mesmo que a contragosto, fazendo um carinho em sua cintura como modo de consolá-lo.
- Eu não quero ir. - Segurei uma risada quando Nico enfiou o rosto na minha camisa colorida e segurou meus braços para me impedir de me afastar dele. - Vamos fazer de novo.
Comprimi os lábios, me segurando para não concordar.
- Não foi você quem disse que não ia em uma festa a mais de 400 anos? - Lembrei, tentando convencê-lo, mas meu filhotinho do coisa ruim apenas fez que não com a cabeça, mentindo descaradamente. - Que ia aproveitar isso para treinar como vai dançar comigo no baile de formatura, então?
- Hm, essa parte não é ruim. - Nico falou mais mansinho, e eu me aproveitei daquilo para nos levar até a porta.
- Vamos, eu prometo que vai ser legal.
Guiei a mim e a Nico para fora do quarto, mesmo que ele seguisse agarrado em mim como um coala num galho. Era um pouco fofo. Como havíamos ajeitado a casa antes de transar agora só faltavam Kayla e os convidados, e essa primeira chegou com um buzinaço na frente de casa capaz de acordar alguém a quilômetros de distância.
Espiei pela janela e quase não acreditei no que via.
Não satisfeito eu abri a porta, apenas confirmando minha teoria. De algum modo Kayla havia trazido para o nosso pátio da frente uma picape com uma parede de som gigantesca, contando com caixas e cornetas, e muitos refletores de luz na caçamba do automóvel.
- Caralho, sua irmã não brinca em serviço. - Olhei para Nico, usando seu rostinho bonito como motivação para não esganar Kayla.
- Ela é maluca. - Resmunguei, abrindo a porta e indo até o gramado.
- Olha o que eu consegui! - Gritou Kayla de cima da caçamba da picape, acenando empolgada num vestido tubinho prateado tão curto que mamãe desaprovaria e que eu sequer sabia de onde tinha vindo.
- Espero que você não esteja pagando essas coisas com sexo. - Murmurei me aproximando, e em resposta ela me deu a língua e colocou um dos holofotes coloridos no meu rosto.
Fechei os olhos com a claridade forte.
- Idiota, o cara me devia um favor. - Explicou ela, descendo com um pulinho de lá e baixando a única peça de roupa que usava. - Está tudo pronto?
- Eu acho que sim. - Foi Nico quem respondeu, posando ao meu lado como que para mostrar as roupas. Sorri um pouco, me segurando para não lhe dar outro beijo.
- Ótimo, vou ligar pro dj e mandar uma mensagem no grupo dizendo que as pessoas podem vir. - Disse Kayla empolgada, puxando o celular e digitando depressa enquanto entrava em casa.
- Tem um grupo? Por que eu não estou no grupo? - Perguntei meio ultrajado, seguindo-a.
Era a festa do meu terceiro ano, na minha casa, e eu não estava no grupo?
- Olha, Rachel ta me ligando e eu preciso mesmo pôr meu salto. - Estreitei os olhos pro sorriso amarelo de Kayla, quando provavelmente notou que tinha falado demais. - Te encontro na festa, maninho. - E então ela correu para o corredor dos quartos, magicamente mais rápido do que se dizia capaz de correr nas aulas de educação física.
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FanfictionE se alguém estivesse tão desesperado por amor que sequer hesitasse em fazer algo insano? Tão insano quanto um pacto. Mas quando se faz algo do tipo é preciso ter em mente o que quer, ou o tiro pode sair pela culatra. Will Solace aprendeu isso na pr...