Avaritia

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1ª Parte

Avareza

Acusam-me de ser avarento!
É certo dar o que se precisa?
E viver como um lazarento?
Teu Cristo, não foi! E nos cravos, pisa!

Querer tudo pra si é dádiva
E não dê nada a quem não conquistou
Mas tome de quem tem, sem esquiva
Pobre vivo... Aposse! Pois gastou

Oh! Glorioso príncipe Mamon!
Estás com o portador da luz
Exalto o teu nome, sem shalom
Traga toda a riqueza e me seduz

Que a ganância seja o meu nome
E que definhem todos os demais
Dê-me mais ouro! Aos outros fome
Que minh'alma seja tua, consumais!  

 
2ª Parte

Generosidade

Que bendito seja o abnegado
Exercendo o nobre desapego
Pois assim deixará o seu legado
Terá amizades e sossego

Desprendimento e devoção
Ajudar aquele que precisa
Não é suplício, mas boa emoção
Terá fartura e boa camisa

Lembrai-vos de Cristo, sacrifício!
Entregou a vida, desprendimento
Tudo, para o nosso benefício
Tenha a bondade e congraçamento

Oh! Meu amado Deus celestial
Livrai-me de toda a ganância
Dai-me posses, para o fim social
E terminar com a discrepância 

3ª Parte

Nós, seres humanos

Avareza é palavra feia
Ninguém gosta ser assim taxado
Irmão no aperto e a bolsa cheia
Não há nome, deve ser fixado

Generosidade é bonita
Apego deve ser evitado
Pois há de trazer dor infinita
E no fim tu serás o coitado

Então, o que eu devo fazer?
Voto de pobreza, pra mendigar?
Sem dinheiro, pra gastar com lazer?
Com bolso vazio e sem abrigar?

Não é errado ter e progredir
Vamos agregar e não dividir
Não viva por prata, virá a fundir
Ajude! O amor irá eclodir 

Nota: Lucas 16:13; Mateus 6:19-24

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