Histórias de Todos Nós

Saudade

Saudade… Quantos significados
I miss you, te echo de menos...
Várias origens, mesmo fardo
É veneno! Nos mata serenos

Será um sentimento humano?
Não! Há cães que morrem de desgosto
Falece o dono e sente o hermano
O animal não mente, nós o oposto

Sendo sincera é sentimento!
Poderoso, mas melancólico
Salvo, quando é um bom momento
Inesquecível e bucólico

A tristeza, leva a depressão
A euforia, à perda da razão
Cuidado, a desgraça tem um nome
E Viver de passado, nos consome

Quem não se curvou, ante o amor?
Mas, não fique só com amargura
A desconsolação, traz o tumor
Doença, que a alma desfigura

Como viver com a solidão?
Norma de não fácil solução
Mas sempre é simples aplicar
Salvo conosco... Sem descomplicar

A morte, causa a consolação
Por mais que demore, sempre vem
Quando natural, com ilação
Pior é quando a desenvolvem

Matar ou morrer por dor, será?
Ah não! É um outro sentimento
Posse e egoísmo, quem perderá?
A vida!  E sem ressentimento

A lembrança, não é coisa ruim
A vaidade e a doença sim
Esses não se cobrem com nanquim
E as celas não prendem... É bem assim!

A memória é como o regalo
Bom se conserva, ruim se arquiva
Doente, médico pro encéfalo
Opressor, ação coercitiva

Muito cuidado com o tirano
Desse ninguém se esquiva
Perseguirá como um insano
Até ceifar toda a comitiva

Cuidados de lado, há o belo
Amizade, afeição, amor…
Poemas surgiram desse elo
Verteram-se lágrimas sem temor

O que tenho a dizer amigos?
Não se reprime uma afeição!
Haja logo e não dê vis afagos 
Depois é tarde! Eis a prescrição

Demonstre-se mais, se dê inteiro
Efêmera é a existência
E o tempo é grande embusteiro
Caso a colisão: Resiliência

A Terra gira, mas não há volta
Ame por si e também por todos
O retorno virá, não desista
Absolva, quitem-se, sem engodos

Com alívio do espírito
É certo! Virá a benignidade
Terá uma vida sem atrito
Desfrutará o amor da saudade