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O cheiro de fumaça e o fogo que emanava do carro que tinha acabado de explodir levaram Chloé para aquela noite em que ela tinha causado o acidente com Damien, a mesma noite em que os pais de Finn tinham morrido, coincidentemente em um acidente de carro.

A garota piscou algumas vezes, tentando recuperar seus sentidos. Seu corpo inteiro doía e sua cabeça parecia ter sido golpeada. Ergueu um pouco o tronco para ver se conseguia ver alguém e viu Malcolm estirado ao seu lado, ele estava sangrando e desacordado. Ela não via Damien em lugar nenhum.

— Oh, meu Deus! — Chloé escutou uma voz abafada, que ela reconheceu ser de Abby.

— Ligue pra ambulância! — Foi a última coisa que Chloé ouviu, antes de desmaiar novamente.

Quando acordou, a primeira coisa que viu foi luz, uma luz forte em seus olhos. Fechou e piscou algumas vezes, tentando se acostumar. Além disso, ouvia um bip-bip-bip insistente nos seus ouvidos, além de sentir dor por todo o corpo.

— Outch! — Reclamou ao sentir sua cabeça latejando e uma de suas mãos ardendo.

Ergueu um pouco a cabeça para olhar e viu sua mão esquerda completamente esfolada, provavelmente pelo impacto com o chão. Automaticamente, seus olhos correram pelo o que parecia ser a enfermaria do hospital, procurando por Malcolm. Lembrou-se da cena do namorado estirado no chão e se desesperou, mas logo um senhor entrou em seu campo de visão.

— Ei, calma… devagar. Bem vinda de volta, Chloé ! — Falou calmamente e com a voz doce.

— O que… — perguntou, confusa, e fechou os olhos, sua cabeça doía muito.

— Vocês sofreram um acidente, o carro explodiu por causa de uma peça solta… escaparam por pouco. — O doutor explicou rapidamente, ajudando-a a se ajeitar na cama.

— Onde está Malcolm ?

— Bem ali... — o doutor apontou para o garoto, que dormia há duas macas dela.

Parecia estar bem pior, seu rosto estava machucado e um dos braços enfaixado. Ao vê-lo naquela situação, os olhos de Chloé encheram de lágrimas.

— Ele está bem! — O senhor tratou de acalmá-la.

— Só se machucou um pouco mais que vocês... — o médico percebeu que a garota não iria se acalmar tão fácil, então mudou de assunto.

— Os pais de vocês já estão chegando, vai ficar tudo bem, querida. — Sussurrou, antes de aumentar um pouco a dose do remédio que a faria dormir novamente.
Lentamente, a garota foi fechando os olhos, até não ver mais nada.

A chuva caía forte do lado de fora da mansão, tinha sido um dia relativamente quente, mas agora o temporal trazia ventos fortes, o que fez a garota de vermelho se arrepiar e abraçar a si mesma, enquanto o namorado andava de um lado para o outro na sala escura. O som do telefone tocando foi alto o suficiente para assustar os dois, que se entreolharam antes da garota atender:

— A-alô. — Gaguejou.

— Soube que houve uma explosão... — a voz do outro lado da linha estranhamente paciente, ao contrário do que os dois jovens esperavam.

— Sim. — A menina afirmou.

— Já percebi que terei que aparecer por Cambridge... — a voz suspirou depois de um longo período de silêncio, o que fez a garota estremecer.

— Qua-quando?

— Você saberá. — O homem voltou ao seu tom normal.

— Continue de olho em tudo. — Mandou e desligou o telefone antes que a garota pudesse contestar algo.

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⏰ Última atualização: Oct 03, 2021 ⏰

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Even if i die | Finn WolfhardOnde histórias criam vida. Descubra agora