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N/A: Oi, pessoal, só um aviso antes da leitura para vocês não ficarem confusxs: o capítulo inteiro é um flashback!

Sexta-feira, 10 de outubro de 2014:

— Polícia de Cambridge, qual sua emergência?

— Por favor, preciso de ajuda. Eu acabei de causar uma explosão. — A voz feminina na linha do celular era assustada, mas não chorava.

— Qual seu nome? Onde você está? Está ferida? — O atendente da polícia fez as três perguntas devagar.

Não estou ferida, mas meu amigo sim, venham rápido, por favor, estou na Madingley Ave. — A garota respondeu rapidamente e um estrondo foi ouvido do outro lado da linha.

— E meu nome é Chloé Berrycloth.

18 horas antes...

O tempo nublado e frio de Cambridge foi suficiente para manter Chloé na cama até que ela estivesse devidamente atrasada para ir à escola, mas ela não estava se importando. Levantou-se calmamente, ainda sonolenta, e se dirigiu ao banheiro para tomar um banho e se arrumar para o colégio.

Após o banho quente, vestiu-se com o uniforme das líderes de torcida, o qual ela tinha mandado bordar “BERRYCLOTH”, para que ficasse diferente das demais, fez uma maquiagem leve e pegou suas coisas, descendo as escadas da grande mansão, que estava silenciosa. Seus pais tinham saído de madrugada para viajar para Los Angeles para abrir uma nova franquia das Indústrias Berrycloth.

— Bom dia, senhorita Berrycloth! — William apareceu vindo da cozinha com uma xícara de café nas mãos.

— Está atrasada. — Observou o óbvio e a garota rolou os olhos.

— Bom dia, William. Já ouviu a Rainha Elizabeth  dizer que não é ela quem se atrasa, mas, sim, que todos os outros estão adiantados? — Sorriu para o motorista que a acompanhou, estendendo o braço para guiá-la até o carro.

— Não vai tomar café, Chloé ? — Joanne apareceu na porta da cozinha e Chloé balançou a cabeça negativamente. Não tinha fome pela manhã.

— Eu como alguma coisa na escola. Beijos, Joa! — Mandou dois beijinhos com a boca e se deixou ser guiada por William até o carro, entrando no banco de trás e puxando os fones de ouvido para que o motorista não puxasse papo com ela, já que não estava com humor para um papinho matinal, apesar de amar William.

Sua noite não tinha sido das melhores, tinha tido uma briga com sua mãe, mais uma vez, e ela tinha ido viajar brigada com ela, sem se despedir.
Não viu o tempo passar, enquanto olhava pela janela do carro, as ruas pelas quais ela passava todos os dias, era tudo sempre a mesma coisa.

Sempre a mesma rotina. Todos os dias o mesmo caminho, as mesmas pessoas na escola, os mesmos professores. Tudo sempre o mesmo. E ela estava ficando cansada daquilo tudo há tempos.

Chloé só percebeu que tinha chegado, quando escutou o barulho, por cima da música, de sua melhor amiga espancando o vidro do carro.

— Tchau, William! — Murmurou e saiu do veículo, batendo a porta e encarando Abby, em seguida, com a testa franzida.

— O que foi? — Ela percebeu que a cara da amiga não estava das melhores, porque Chloé nem tentava disfarçar, e já logo presumiu que tinha acontecido alguma coisa.

— Nada. Bom dia pra você também, Abby. — Chloé respondeu secamente e a amiga rolou os olhos, já estava acostumada com o coice quando Berrycloth estava de mau-humor.

Even if i die | Finn WolfhardOnde histórias criam vida. Descubra agora