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                                  pov Finn

— Por que demorou tanto? — Finn perguntou à Abby, quando ela se juntou a ele na mesa reservada para os Wolfhard : um tanto quanto irônico.

— Eu estava no banheiro e… — a garota hesitou em contar a verdade sobre o que tinha visto e ouvido, porque sabia que o amigo não ia reagir da melhor maneira.

Além disso, Wolfhard estava melhor, mesmo depois do último acontecimento envolvendo a mensagem de texto e a volta de Chloé , ele parecia estar tentando ficar bem e ela não queria estragar isso.

— A fila estava grande. — Sorriu fechado e Finn deu de ombros.

Ele podia ser um tanto quanto tapado às vezes, porque o rosto de Abby era muito fácil de ler e a única coisa que passava pela sua mente era por que raios Chloé estava chorando tanto no banheiro e por que Damien estava a perseguindo. E o mais importante: por que Malcolm sentiu necessidade de defendê-la daquela forma, principalmente depois de tudo que ela tinha causou…
Ela precisaria ter uma conversa séria com ele em outro momento.

— Hey, cricket… Nossa música! — Finn sorriu abertamente e puxou Abby para que a garota se levantasse, quando os acordes de Put Your Records On começaram.

— Finn, pelo amor de Deus, não tem ninguém dançando! — Ela disse envergonhada, mas se rendeu aos passos do garoto, que por sinal era um ótimo dançarino.

Wolfhard deu um rodopio e fez a garota soltar uma gargalhada. Sorrindo ele pegou a mão da amiga e a rodou, Abby sorria abertamente, já se esquecendo da cena que a preocupou em outro momento.

— Girl, put your records on, tell me your favorite song, you go ahead, let your hair down... — o garoto cantarolou, enquanto balançava a cabeça no ritmo da música.

Eles tinham uma história e tanto com ela, e sempre que tocava, Finn fazia questão de dançá-la, e Deus, como ele queria que aquele momento fosse infinito, sem se importar com as pessoas rindo deles ou apontando com pensamentos maldoso. Depois de semanas sem sentir bem, era justamente aquilo que ele precisava. Um momento feliz com sua melhor amiga.

— Eu amo você! — Sussurrou.
— Também amo você, Cricket.

                                 pov Chloé

— Está mais calma? — Malcolm colocou as mãos em volta de Chloé novamente, quando eles se sentaram na cadeira de balanço nos fundos da Biblioteca.

Ela ainda não conseguia falar, mas suas lágrimas já estavam secas e aos poucos ela parava de tremer. A menina se limitou a balançar a cabeça positivamente e tentou sorrir para ele. Estava feliz e aliviada de tê-lo ali. Não sabia o que Damien estava planejando fazer com ela, mas aquela perseguição já estava dando nos nervos da garota. Ela sabia que teria que fazer algo a respeito e rápido. Além disso, Chloé ainda estava assustada por causa do garoto que a abordou mais cedo. O que ele queria com ela? Por que ela estaria correndo perigo?

— Chloé … eu… — Malcolm começou a dizer, mas travou quando a mais nova o encarou intensamente. Seus rostos estavam pertos demais e os olhos de Chloé simplesmente o deixavam encantado.

Ela ainda o olhava com atenção, quando ouviram um barulho vindo do interior do prédio. Era um barulho que a garota conhecia bem. Um tiro tinha sido disparado.

Os acontecimentos após o tiro se tornaram um borrão na cabeça de Chloé a medida que ela e Malcolm corriam para o lado de dentro para ver o que tinha acontecido. As pessoas gritavam alarmadas, as mães chamavam pelos seus filhos e os seguranças corriam para o andar de cima, onde supostamente o tiro tinha sido disparado.
Chloé topou com seus pais no meio do caminho, eles tentaram segurá-la, mas a garota sentiu que precisava ver. No fundo, ela já sabia quem estava estirado no chão em cima de uma poça enorme de sangue, mas mesmo assim, suas vistas escureceram e ela desmaiou nos braços de alguém quando finalmente chegou no andar superior da Biblioteca, onde as amostras estavam sendo feitas.

Em uma sala vazia, próxima aos banheiros, os olhos verdes do homem estirado no chão ainda estavam abertos em seu rosto sem vida. Era ele. O mesmo que havia a abordado mais cedo. Estava morto com um tiro certeiro no coração

Even if i die | Finn WolfhardOnde histórias criam vida. Descubra agora