Razões Esclarecidas

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Klaus

Ainda na noite anterior...

- Isso não é possível! Eu me recuso a acreditar numa coisa dessas. - esbravejei, logo depois que o garoto foi embora.

- Eu pensei que tivesse mudado, mas continua o mesmo de sempre. - Rebekah falou, me olhando com nojo.

- O que queria que eu fizesse ? Abrisse os braços e ninasse ele ? - questionei.

- Poderia pelo menos ter sido menos idiota com ele. Se esse garoto for seu filho ele tem todo o direito de receber o mesmo que você faz pela Hope. - Elijah entrou na discussão logo em seguida.

Levantei a cabeça para olhá-lo nos olhos. Elijah tinha total convicção de que o garoto realmente pode ser meu filho.

- Por que tem tanta certeza disso ? - quis saber, estranhando sua atitude.

- Eu tenho meus motivos para acreditar nisso, não é a primeira vez que isso acontece. - Elijah respondeu, me fazendo lembrar de toda a situação com a Hayley anos atrás.

Hayley e eu decidimos dar uma chance de formar uma família, pela nossa filha. E desde então venho tentando não errar com elas em nenhuma circunstancia, mas com a chegada desse garoto vai estar tudo comprometido e isso pode ser o fim de tudo o que eu construí até hoje. Não quero arriscar perder elas duas por nada neste mundo, não sei o que faria se isso acontecesse.

- Então faz o exame de DNA, assim acabamos logo com isso. - Kol sugeriu.

- Boa ideia, Kol. Ainda bem que um de nós pensou nisso de imediato. - Elijah falou exibindo fios de cabelo dentro de um saco plástico.

- Eu espero que esse exame dê negativo, não quero perder a Hayley e nem a minha filha por conta de besteira.

Kael

Dia seguinte...

Mesmo tendo dito que ia me ajudar com qualquer coisa que eu precisasse, não queria ter que depender do Marcel pra tudo. Ele já fez muito por mim quando me abrigou em sua casa na noite anterior, e eu não tinha como retribuir isso. Pela manhã eu decidi sair para procurar um emprego, assim poderia me manter sem precisar da ajuda de ninguém. Saí assim que o sol nasceu. O bairro já estava cheio de gente por todo lado, mas ainda era cedo ninguém estava bebendo nem nada.

Caminhei pelas ruas até avistar uma lanchonete que já estava funcionando. Eu não sabia bem o que dizer para conseguir um emprego mas não ia desistir tão fácil. Lá dentro as pessoas sorriam e conversavam, algumas até olharam pra mim quando entrei, foi então que eu me dirigi ao balcão.

- Bem vindo, o que vai querer ? - a atendente perguntou, sorrindo.

- Eu só queria saber se estão precisando de alguém pra trabalhar, eu acabei de chegar à cidade e preciso de um emprego

- Olha, nós estamos precisando de alguém a mais, mas eu acho que o gerente não vai poder te contratar, você tem só quinze anos, ainda é menor de idade.

- Tenho dezesseis e ninguém vai se importar com isso, por favor me ajuda. - implorei.

- Não precisa, Maria. - Marcel apareceu e dispensou a mulher. - Ele não vai precisar do emprego.

Ele me conduziu até uma mesa vazia afastada das outras.

- Por que fez isso ? Eu preciso desse emprego. - falei, meio irritado com ele.

- E eu já disse que você não vai precisar, eu posso te ajudar com qualquer coisa. - ele garantiu.

- Não gosto de depender de ninguém.

Kael - O Mikaelson PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora