Kael - O Mikaelson Perdido

Problemas Na Família

Dan Salvatore

Eu devia ter ficado lá e encarado a situação, devia ter contado pro Kael o que aconteceu entre mim e o impostor na varanda. Ao invés disso, eu fugi dele, me mantive afastado o resto do baile até a hora de voltar pra casa. Tenho certeza que ele já deve estar sabendo do beijo e deve estar muito furioso comigo.

A verdade é que eu não sei se o Kael gosta de mim como gosto dele, mas espero que não porque assim ele não vai se importar com isso como eu estou me importando e me culpando. Eu sinto como se isso fosse uma traição, beijar alguém extremamente parecido com a pessoa que você é esquisito.

[...]

Acordei pela manhã com uma dor de cabeça terrível. Eu nem bebi muito na festa mas foi o suficiente pra me fazer ter uma ressaca desgraçada. Me levantei quase caindo e fui até o banheiro procurar uma aspirina pra tomar. Tomei a primeira e a única que tinha no armário do espelho. Voltei pra cama e mantive meus olhos fechados esperando o remédio fazer efeito, mas fiquei com fome e tive que me levantar de novo pra comer. Desci as escadas devagar, o impacto dos meus pés no chão faziam meu cérebro latejar de dor.

A luz do sol me deu ainda mais dor de cabeça então mesmo dentro de casa eu coloquei um óculos escuro.

- O que é isso ? Levou uma surra e ficou com o olho roxo ? - meu pai perguntou, enquanto fazia panquecas.

- Fala baixo. - pedi. - Minha cabeça está a ponto de explodir.

- Quem mandou beber até cair ontem ?! Eu disse pra não beber tanto. - papai falou.

- E eu disse pra não beber nada mas parece que ser mãe nessa família não adianta nada. - mamãe argumentou.

- Ele se embebedou pra esquecer que beijou o clone do Kael. - Sthefany me entregou.

- Você não tem mais o que fazer além de ficar fofocando da vida dos outros ? - perguntei.

- Se você não fosse tão burro teria beijado o Kael verdadeiro. - Sthefany me provocou.

- Cala a boca. - mandei, e minha cabeça latejou um pouco.

- Provavelmente ele já contou que vocês se beijaram e o não dá pra saber se o Kael se irritou porque não estávamos lá pra ver. - ela me provocou mais e eu perdi a paciência.

- CALA A BOCA. - gritei, fazendo minha cabeça doer mais e o balcão da cozinha entrar em chamas.

Fiquei assustado com aquilo mas logo meu pai apagou o fogo com um extintor. Isso já tinha acontecido antes quando eu tinha 10 anos, mas meu pai disse que havia outra causa para aquilo então eu acreditei. Agora aconteceu de novo e eu tenho certeza que foi por minha causa.

- O que foi isso ? - Sthefany perguntou, assustada.

Eu fiquei mais confuso que minha irmã, eu havia feito aquilo involuntariamente com apenas um grito. Logo minha dor de cabeça passou, e eu nem comi nada fui direto pro meu quarto ainda assustado.

- Filho. - mamãe entrou no meu quarto com uma bandeja de comida pra mim. - Precisa se alimentar. Seu pai e eu vamos trabalhar e sua irmã foi pra escola.

- E eu fico em casa e faço minhas lições. Eu sei. - completei.

Ela deixou a bandeja em cima da escrivaninha, me deu um beijo na cabeça e saiu. Encarei as panquecas por alguns segundos até decidir finalmente comê-las. Tudo o que eu conseguia pensar era no beijo que eu havia dado no impostor e o incêndio que eu quase causei na cozinha da minha casa. Focando mais na segunda coisa, tinha algo que meus pais não queriam me contar.