Aos Mikaelsons

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Kael

Ontem a noite...

Ouvi batidas na porta do meu quarto, talvez pudesse ser meu pai ou um dos meus tios querendo conversar comigo sobre o ocorrido do dia, ou melhor da noite. Usei meus poderes telecinéticos e abri a porta pra não ter que sair da cama. Marcel entrou e se sentou no recamiér.

- Como você está ?

- Péssimo, pra não dizer coisa pior. Em menos de um mês eu quase morri duas vezes, passei por uma humilhação e agora fui exposto pra minha família toda e acusado de assassinato. - respondi. - Se existe alguém mais azarado que eu nesse mundo eu desconheço.

- Nem tudo dá errado. Marshall me contou sobre você e o Dan.

- Pelo amor de Deus. Por que todo mundo acha que ele e eu temos alguma coisa ? Somos só amigos. - falei, meio irritado.

- Não foi o que eu vi hoje, deu pra notar que você e ele...

- Eu e ele nada. Não temos nada, é só amizade e acabou.

- Se está dizendo... - ele levantou as mãos se dando por vencido. - Vê se não fica acordado até tarde.

- Você não é meu pai pra mandar em mim. - brinquei.

- Como é que é ? - ele me encarou como se eu o tivesse insultado.

- Eu tô brincando.

Ele saiu fechando a porta do quarto e eu fiquei sozinho novamente.

Manhã seguinte...

Me senti melhor quando o Dan me ligou na mesma noite. Ele falava o tempo todo que tudo ia ficar bem e que me ajudaria a descobrir quem estava armando pra mim. O que me confortou não foi o que ele disse sobre investigar o assassinato, mas sim ouvir sua voz me pedindo pra ter calma e paciência. Passamos quase a madrugada toda conversando sobre coisas sem sentido até a hora do sono bater. Acho que ele deve ter dormido primeiro que eu porque eu ouvi o som de um ronco do outro lado da linha.

Eu sabia que teria que começar a investigar quem estava se passando por mim, e matou o senhor Fitz pra me incriminar, então eu levantei da cama antes das 9 da manhã disposto a ir atrás do impostor e acabar com ele. A campainha tocou antes que eu pudesse alcançar a sala, então fui atender. Era a Caroline, acompanhada pela minha irmã e os irmãos Salvatore.

- Oi Kael. - ela disse.

- Oi.

Todos entraram e foram direto para a sala, menos a Hope. Ela me abraçou ao entrar e me puxou para conversarmos em outra sala da casa.

- Nós vamos pegar aquele impostor hoje. - ela disse. - Caroline está organizando um baile de boas vindas aqui em casa, mas na verdade é só uma armadilha pra quem quer que seja esse outro se passando por você.

- Papai sabe disso ? - perguntei.

- Espera, você o chamou de papai ? - ela ficou surpresa quando me ouviu falar aquilo.

- Foi, e daí ?

- Nada, é que eu fico feliz em ver que aos poucos estão criando um laço afetivo. - ela disse. - E não, ele não sabe disso senão ia impedir de acontecer.

Era uma ideia absurda de se fazer. Um baile de boas vindas para a cidade toda com várias pessoas e um impostor que tem a mesma aparência que eu no meio de todo mundo, onde ele pode se passar por mim e ninguém perceber que não sou eu. Que legal, e eu ainda não mencionei que não sei dançar direito.

Seguimos direto para a sala principal, onde Caroline fazia Dan e Sthefany dançarem valsa para a primeira dança do baile. Eu também não gosto de ser o centro das atenções, ainda mais se for pra ficar em frente a muitas pessoas, isso me dá ataque de pânico.

Kael - O Mikaelson PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora