Capítulo 1

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Boa noite amores.
Minha primeira história dark.
Na verdade é apenas uma amostra, não sei se vou seguir com ela.
Então, boa leitura.

— Rogai por nós pecadores…

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— Rogai por nós pecadores…

As vezes me pergunto se o senhor deus tem algum propósito para mim. Minhas mãos estão cruzadas, entre elas um terço perfumado na cor rosa, meus olhos estão fixos no altar enquanto clamo ao senhor para que me dê uma luz.

— Noviça Lancaster? — tiro meus olhos da cruz à minha frente, olho para o lado e vejo a madre superiora. A mesma estava com seu traje de freira, sempre impecável. Seu hábito exalava sua fé, mas sua alma seus pecados. A mesma permanece com seus olhos em mim enquanto me levanto lentamente. — Está pronta para seus votos?

— Madre Andrews, ainda não me sinto pronta para meus votos. — digo, percebendo seus olhos encontrarem meus desejos mais profundos.

— Você já está aqui há dois anos. — explica ela, parando ao meu lado. — Sem contar que você já veio de outros conventos. Por quantos celibatários você passou?

— Seis, madre. — baixo minha cabeça encarando meus próprios pés.

Sinto saudades das unhas pintadas de vermelho, preto ou os dois. Nunca fui uma criança muito glamourosa, mas sempre que minha mãe deixava seus esmaltes ao meu alcance, eu sempre pintava minhas unhas. Eu sempre quis me parecer com ela, só não sabia o quão ruim aquilo era.

— Você está negando seu chamado ao senhor deus há seis anos?! — a mesma segura meu queixo erguendo minha cabeça para olhá-la. — O senhor não gosta de pessoas frias em relação à fé.

— O senhor também não gosta de pessoas com atitudes vans iguais as da senhora, madre. — digo, sentindo a mesma me empurrar para trás.

— Mostre as mãos! — pede ela.

Obedeço mostrando-lhe as minhas mãos. Primeiro à direita, depois à esquerda. A mesma segura minhas mãos com ternura, como se estivesse segurando as próprias mãos do senhor.

— A quanto tempo você não corta as unhas? — perguntou ela, ainda olhando.

— Duas semanas.

— Unhas grandes são sinais de luxúria e você sabe que luxúria é coisa do cão. — ergo meus olhos novamente a encarando.

Ela coloca a mão em um dos bolsos de seu hábito e tira seu rosário, amarrado em sua ponta, havia um pequeno chicote, em suas pontas haviam pequenos espinhos feitos de cera de vela, o qual ela usava para castigar as noviças malcriadas.

Perdão, eu pequei. Onde histórias criam vida. Descubra agora