Capítulo 13

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Notas Minhas ( A Autora )

Antes de qualquer coisa, oi!
Sei que muitos vão pensar “nossa, quase sete meses sem atualizar e é só isso?”
Sim, infelizmente é só isso. Tempos difíceis, falta de tempo, criatividade. Essas coisas que nós pega desprevenidos, mas quando pega quase não larga. Não quero enrolar muito, aviso que o próximo capítulo, quem tiver gatilhos que fique longe. Não teremos somente um padre, mas dois confessando a pobre Dove.
Boa leitura.


Assim que me despedi do padre Chris, segui caminho para minha sala, onde a aula já havia começado, preciso parar de ficar perambulando pelos corredores e focar apenas em meu lugar aqui. Peço desculpas ao entrar na sala, o professor apenas aponta para que eu seguisse para o meu local, ao lado da Manu. A vejo me seguir com seu olhar penetrante, talvez querendo saber sobre meu atraso e como resposta, apenas dou de ombros enquanto me sentava ali e abria meu caderno e a matéria de geografia. Voltei minha atenção para a aula e por alguns minutos consegui tirar meu foco do padre Berrycloth. Não queria e nem podia pensar nesse homem. Ele não é de deus.

Estou prestando quando sou cutucada, vejo Manu estendendo sua mão para mim a olho um pouco que confusa e quando o professor não estava olhando, estendo minha mão para ela o que ela queria me entregar e vejo um saquinho de biscoitos. Me recuso balançando a cabeça. Ela insiste sacudindo o pacote diante dos meus olhos, nego novamente e me inclino em sua direção.

— Não posso, para! — digo, sussurrando para ela e finalizo com um tapinha em sua mão, para que baixasse. Desde o início da aula de educação física ela tentava me dar biscoitos ou algo que fosse o suficiente para quebrar meu jejum, mas eu já havia feito aquilo, com o sanduiche que o padre havia me trazido.

— Dove, você não comeu nada o dia inteiro. — argumentou ela ainda balançando a mão em minha direção e vejo que o tapa não foi o suficiente. 

— O que?! — olho por cima do ombro e vejo Austin inclinado para a frente, me olhando. Respiro fundo e volto para minha posição ereta na cadeira. Percebia que o professor Kendrik nos olhava pelo canto do olho.

— Você não comeu? — questionou ele, sussurrando em meu ouvido.

— Comi! — digo, ainda olhando para a frente, tentando não chamar a atenção do professor.

— Mentirosa! — exclamou Manu, apontando o dedo para mim. — Você não pode mentir!

Viro meu corpo rapidamente, fazendo meu quadril deslizar sobre a cadeira. Meus olhos estão fixos aos dela que me olhava um tanto que assustada, ela não esperava por isso.

— Vou adicionar mais um pecado a minha confissão, assassinato de uma amiga. — digo e com isso rimos uma para outra. — Não posso mentir!

No mesmo instante em que me viro para olha-la, me deparo com o professor. Ele está com os braços cruzados diante o peito, lhe dou um riso amarelo voltando para a frente.

— Senhorita Lancaster, a senhorita é a aluna nova, não é? — assenti com a cabeça baixa. — Bem, como a senhorita fez questão de chegar atrasada, não foi apresentada aos meus métodos. De inicio deixo claro que o primeiro deles é nada de conversas paralelas... — dizia ele olhando para mim e para a Manu. —, segundo, quero um resumo das minhas últimas quatro aulas até a próxima aula. Todos vão fazer isso e graças a senhorita Lancaster. — nesse momento tenho medo de olhar em volta, sentia minhas costas queimar, assim como meus ouvidos como o murmúrio começou.

— Mas eu sou nova. — me justifico, não tentando me livrar do “castigo”, mas, tentando amenizar a situação. — Não estava nas outras aulas, não sei o conteúdo que foi passado.

Perdão, eu pequei. Onde histórias criam vida. Descubra agora