Capítulo 4

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Após Padre Berrycloth assinar os papéis da minha matricula passando a ser responsável por mim. A madre Stefany me levou até meu novo dormitório, de acordo com ela eu iria dividir o quarto com mais três garotas, uma delas era a Mary Castillo. O convento era anexado ao colégio, então eu não precisava muito para sair do colégio e ir para o convento.

— Noviça Lancaster, a quanto tempo você conhece o padre Berrycloth? — perguntou a madre Stefany enquanto andávamos pelos corredores.

— Na verdade eu não o conheço. — respondi, o que era totalmente verdade. Não sabia muito sobre a sua vida, apenas que ele era padre.

— E como você veio de carro com um homem que não conhece? — questionou ela, virando sua cabeça para mim por cima do ombro.

— A madre Charlotte aproveito a passagem dele pelo convento e pediu para que ele me trouxesse. — respondi. — Sem contar que ele não é um simples homem, ele é um servo de deus.

— Mas não deixa de ser um homem ou deixa? — ela para o que me fez parar em seguida. — Dove, na carta enviada pela madre Charlotte, contava vários relatos de malcriação e rebeldia vindas de sua parte... deseja me explicar?

— Deve ser porque eu não quis fazer meus votos. — explico, sabendo que logo também seus repreendida pela mulher. — Eu não tenho dúvidas sobre minha vocação, se é isso que a senhora pensa, apenas não senti o verdadeiro chamado.

— Então você esta perdendo seu tempo. — dissera a madre secamente.

— Como? — a olho sem entender.

— Pra nos tornarmos pelo menos noviças, temos que ter sentido o verdadeiro amor do senhor e a nossa vocação... — explicou ela. Em suas palavras, eu não sentia o tal amor que ela dizia sentir.

— Não, não... isso eu senti. — digo. — Mas...

— Então você já deveria ter feito seus votos. — ela continuou a andar, me forçando a segui-la. — A madre também disse que você não estudava...

— Não por opção, acredite. — digo.

— Sabe ler e escrever? — perguntou ela.

— Sim, senhora. — respondi, rapidamente. — Aprendi antes de ser mandada para o convento, sou bem perspicaz.

— Toca algum instrumento? — parecia que eu estava em uma espécie de interrogatório.

— Não, mas sei cantar.

— Mais uma para o coral. — diz ela parando em frente ao que seria meu novo quarto. — Como você ainda não tem o uniforme, poderá ir a primeira semana com suas vestes formais.

— Tudo bem. — digo.

— Os horários de refeições e orações, você aprenderá. — assenti antes que ela me deixasse.

Adentro onde seria meu novo quarto e para meu espanto, ele era... lindo! Haviam duas beliches assim que a porta era aberta, elas eram juntas na parede formando quatro camas. Elas eram brancas, seus lençóis azul-escuros.  A paredes eram na cor branca com uma janela de cada lado das paredes. Haviam dois lustres, cada um a cima das camas. Havia também um tapete na cor azul, uma cômoda, haviam também quatro cestinhas em baixo dos beliches, duas de cada lado. Cada um com o nome das garotas: Mary Castillo, Atena Roberts e Jade Clarke.

Talvez elas fossem as outras garotas que dividiam o quarto. Após organizar algumas coisas, saio para conhecer minha nova casa. Passei por duas capelas, mas quartos, a cozinha. Uma salinha que não entendi exatamente o que era, banheiros e a sala de música. Continuo até está no pátio do próprio convento, não o da escola. No pátio havia uma pequena fonte ao meio, nessa fonte havia a imagem de nossa senhora. Havia também algumas plantas, flores e bancos e em um desses bancos estava sentado o padre Berrycloth.

Perdão, eu pequei. Onde histórias criam vida. Descubra agora