11° Capítulo - Igreja Católica Apostólica Romana.

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— Eu não acredito que estou ouvindo isso do meu próprio filho. — Exclama Getúlio incrédulo. — Iremos hoje mesmo falar com o sacerdote.

— Para que pai?

— Para te abençoar e você confessar seus pecados.

Horas depois...

— Senhor. — Exclama o pai diante do servo de Deus. — Meu filho está endemoniado.

— Para pai, não seja exagerado.

— Meu jovem. — Afirma o sacerdote. — O que se passa?

— Ele fala que gostaria de ter nascido mulher. — Interrompe o pai. — Que não se sente no corpo de um homem, isso é o demônio influenciando meu filho.

— Senhor Getúlio se acalme, a partir de hoje seu filho será bem-vindo para fazer parte da obra de Deus, será um servo da igreja.

— Eu não quero. — Afirma Gabriel. — Irei me trancafiar aqui dentro só porque meu pai não me entende?

— Meu jovem, você ficará apenas um tempo, assim que nosso Senhor Deus te auxiliar, poderá ir embora, mas normalmente os jovens ficam, já que a devoção a Deus fala mais alto.

Gabriel olha desconfiado para o sacerdote negro e forte, sua altura era de quase dois metros e a batina apesar de grande, não conseguia esconder os músculos definidos.

— Tudo bem, mas assim que minhas dúvidas forem esclarecidas, irei embora para sempre.

O belo sacerdote sorri e confirma com um balançar positivo de cabeça, já Getúlio se aproxima de seu filho abraçando-o.

— Gabriel, fiz isso para o seu bem. — Exclama próximo do ouvido do jovem. — Pode sempre contar comigo meu filho, não se esqueça, sempre serei seu pai e o amo muito.

— Eu sei, desculpe por tudo papai. — Exclama o jovem finalizando o abraço e vendo seu pai sair pela porta da igreja, os olhos negros se voltam para o sacerdote. — Bom... o que irei fazer agora?

— Vamos para minha sala, lá você irá se confessar. — O homem negro se afasta e Gabriel o segue, eles atravessam um corredor longo e ao se aproximar de uma porta de madeira, o sacerdote entra no cômodo e espera o jovem passar, ao entrar na sala, o servo de Deus tranca a porta, pega uma veste marrom longa e ordena. — Tire a roupa meu jovem.

— Não irei me confessar primeiro?

— Faça o que eu estou te pedindo. — Gabriel obedece, retira peça por peça, ficando apenas com a roupa intima. — Pronto e agora?

— Não jovem, tire tudo.

— Mas porquê?

— Apenas me obedeça. — Gabriel aceita e o sacerdote o observa atentamente, assim que o jovem fica totalmente nu, o homem negro coloca a roupa marrom sobre a cadeira de madeira e se aproxima de Gabriel, dá a volta e para diante de suas costas, o jovem acha estranho e antes que pudesse perguntar, ouve a voz grossa sussurrando em seu ouvido. — Farei os seus pecados serem perdoados.

— Sacerdote. — Gabriel inicia a sua confissão. — Às vezes tenho pensamentos de fúria e de dúvidas...

— Silêncio jovem.

— Mas... eu não preciso me confessar?

— Deus sabe dos seus pecados.

— Então como serei redimido?

O belo sacerdote acaricia o braço de Gabriel e arranha delicadamente suas costas, o jovem sente um arrepiou e ouve a voz grossa do servo de Deus em seu ouvido novamente.

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