25° Capítulo: Meu cristal matriz.

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A pessoa invade a garagem e agarra a bela ruiva, Vick recebe um beijo ardente e molhado, porém questão de segundos ela o emburra.

— Mas que merda é essa? — Questiona passando a mãos nos lábios. — Christopher? O que faz aqui? Você está vivo? Como se salvou do terremoto do Havaí?

— Naquele dia eu tinha ido viajar.

— Mas como? Eu cheguei a te visitar no hospital.

— Sim gatinha, porém como estava cansado pedi para sair mais cedo e fui visitar meus pais.

— Desculpa Chris, mas essa história tá muito mal contada.

— Eu posso entrar para conversarmos?

— Entra né, você já invadiu a minha garagem. — O belo loiro sorri e caminha em direção a sala, já Vick fecha o portão e o acompanha. — Quer comer alguma coisa?

— E como eu quero. — Afirma se aproximando lentamente. — Estou cheio de tesão.

— Olha Chris é melhor não, você some desse jeito e aparece do nada? Como soube aonde eu morava?

— Lembra quando minha IA reconheceu você pelo reconhecimento facial? Ela puxou todas as suas informações e foi ai que vim até você.

— Hum... — Exclama a bela ruiva desconfiada. — Mas como teve a certeza que eu estava viva?

— Eu vim às cegas, tentei a sorte. — Nesse momento o belo havaiano tenta mudar de assunto. — Estou feliz que esteja viva, gostaria de jantar comigo?

— Não. — Christopher fica impressionado com a resposta. — Estou cansada, meu horário de trabalho mudou e ainda não consegui descansar. Você ficará muito tempo na cidade?

— Sim, já que o Havaí foi destruído, preciso morar em um novo lugar. Mas não se preocupe gatinha, a gente sai em outro momento.

— Olha Christopher, estou achando essa história muito estranha, me dê um tempo e também minha vida está de cabeça para baixo.

— Então vamos sair para parecer a mente? Esquecer de tudo!

— Vamos fazer o seguinte, prometo te ligar assim que estiver com cabeça para isso. Você ainda tem o mesmo número?

— Sim.

— Ótimo, agora não quero parecer inconveniente, mas por favor, me deixe descansar?

— Claro gatinha, esperarei ansiosamente a sua ligação.

O havaiano se afasta e Victória o segue, assim que se despede e trava o portão...

"Eu não acredito que ele está vivo! Mas como? Será mesmo que foi apenas uma coincidência? Hum...irei observa-lo mais de perto e assim que descansar, quero me satisfazer loucamente."

Dias depois...

— Vejo que voltou a trabalhar novata?

— Sim Hilary e você? Como se recuperou tão rápido?

— Vamos se dizer que o meu lobinho conhece alguns magos. — A morena se aproxima da bela ruiva. — E ai? Vai me deixar estuda-la?

— Mas nem morta!

— Victória, o pelo que arranquei de você virou cristal, aquilo vale uma fortuna, eu necessito saber mais de ti.

— Eu sei que você necessita, mas a minha resposta é não.

Vick se vira de costas, mas Hilary a chama.

— Então serei obrigada a conta para a empresa seu segredo.

Victória ri sarcasticamente e se vira para sua colega de trabalho.

— Olha se alguém acredita em você? Vá em frente! Lobisomens não passam de lendas e também quem possui o PIX não consegue vê esses seres, sendo que esse não é o seu caso né?

— Acertou novata, eu não tenho essa tecnologia!

— Então? Como irá provar a sua teoria? Que eu saiba, hospitais psiquiátricos ainda existem, tome cuidado para você não acabar parando em um.

— Você verá Victória Borges, eu te convencerei a voltar em minha residência, seja por bem ou por mal.

— Boa sorte Hilary, já que irá precisar.

Meses depois...

A bela ruiva chega em casa, esta exausta, retira a roupa de trabalho, toma um banho e quando pensa em se deitar, sente um enjoou. Corre para o banheiro e ao vomitar, nota o vomito da cor verde, um gosto amargo vem em seus lábios.

"Será que comi algo que fez mal ao meu fígado?"

O vomito retorna e dessa vez um pedaço de seu órgão acaba caindo no vaso. A bela ruiva se desespera e rapidamente vai para o hospital.

Horas depois...

— Senhorita Borges. — Exclama o médico de cabelos grisalhos e olhos negros. — Fiz todos os exames e descobri o que a senhorita tem. — Os olhos escuros notam que a bela ruiva fica com a pele esverdeada. — Lamento, mas a senhorita está com câncer no fígado.

— O quê? Achei que o câncer tinha sido erradicado.

— A ciência também achou, porém descobrimos que não.

— E tem cura?

— Bom...nós voltamos a mexer nas quimioterapias e em todos os estudos coletados a anos, voltamos a aplicar nos pacientes, porém a grande maioria está morrendo rápido demais, então tentaremos salvar a vida da senhorita.

— Quer dizer que eu passei por um experimento?

— Sim. — Afirma o médico com medo da reação de sua paciente. — Até acertamos a melhor maneira de melhorarmos a quimioterapia.

— Eu não acredito. — Vick fica incrédula, respira fundo e volta a olhar para os olhos negros. — Tudo bem, eu aceito né?

— Fico feliz senhorita Borges, prometo cura-la dessa doença. — O médico se levanta. — A senhorita ficará internada e amanhã bem cedo começara a quimio.

— Ok doutor.

Horas depois...

Victória tenta adormecer, mas é em vão, ela sente muita dor na região da barriga e os medicamentos não fazem efeito, com muito custo, a bela ruiva é vencida pelo cansaço e ao se desdobrar...

— Kolob? O que faz aqui?

— Como assim? Você quem veio até mim!

— Aqui não é o hospital? — Vick olha para trás e nota que está sobre uma estrada de terra, seus olhos se elevam e avistam os céus negros, com raios e trovões. — É vejo que não.

— Aqui é o astral. — Afirma o canídeo. — Ou seja, o mundo espiritual, todos vem para cá. — Victória se impressiona com o lugar sombrio. — Mas eu sei o motivo da sua visita. — Exclama o canídeo. — Você foi infectada e sua situação é grave, se prepare para o pior.

— Eu não serei curada?

— Eu não sei, ainda não descobri a composição dessa nova doença.

— Kolob, gostaria de conhecer a sua nave!

— Claro. — Um portal se abre. — Me siga.

A bela ruiva obedece e ao atravessa-lo, se encontra em um lugar gigantesco, as paredes são compostas por vidros e logo abaixo existe um painel enorme tecnológico.

— Uau... — Exclama enquanto se aproxima de uma parte do painel. — Aqui é incrível! — Nesse momento os olhos verdes veem uma pedra brilhante. — O que é aquilo? — Questiona enquanto se aproxima do objeto, o canídeo a proíbe de continua. — Eu não posso tocar?

— Não!

— Mas me conte, o que é aquilo?

— Aquilo é meu cristal matriz, ou seja, é meu coração.

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