XVII

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Quem é vivo sempre aparece! Como vocês estão, doces?

Capítulo dezessete:

Batimentos acelerados, respirações ofegantes, desejo, era tudo que tinha entre Draco e Harry naquela tarde em meio a um beijo intenso.

Ambos com o peito pegando fogo, com um único objetivo, afundar cada vez mais nas sensações transmitidas pela união do seus lábios, toque de suas peles sensíveis e encontro de suas línguas.

Harry sentiu Draco ofegar, ambos necessitados de ar mas sem a mínima vontade de romper o beijo. Em poucos segundos tudo pareceu confuso, onde estava o toque quente? ou Draco? Onde estava a brisa que batia em seus cabelos? ou a respiração ofegante que se misturava à sua?

Tudo que se via era um escuro que parecia interminável, com poucos borrões de luz passando rapidamente. Tudo que se ouvia era o leve farfalhar do vento nas árvores, e então, de repente, não se via nem ouvia nada.

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Harry estava confuso e atordoado. Sentia seu corpo leve como nunca, parecia até que estava flutuando.

Ele abriu os olhos lentamente, sentindo-se estranho por não notar diferença alguma. Tudo continuava extremamente escuro, o fazendo temer a possibilidade de estar cego.

Um resmungo pôde ser ouvido e com dificuldade Harry se moveu, sentindo-se  assustado e surpreso, mas não tanto quanto ficou no segundo em que virou o rosto para frente, encontrando uma figura loira parada.

A pele clara se destacava entre a imensidão preta, os olhos fechados transmitiam uma paz indescritível, os cabelos loiros estavam perfeitamente alinhados e os lábios...

Os lábios eram muito mais chamativos e avermelhados do que Harry se lembrava.

O moreno sentiu seu coração disparar. Com cuidado ele ergueu as mãos, fazendo menção em levá-las ao rosto pálido de Draco, se surpreendendo ao ver a sua mão ali. A mão do Harry, não da Helen.

Só então o garoto tocou seu corpo. Não havia seios ou cintura acentuada. Não havia quadris mais largos ou... Bem, se possuía alguma dúvida sobre a masculinidade do seu corpo, foi cessada no momento em que Harry tocou suas calças e sentiu o volume que costumava ter entre as pernas.

Todo esse processo foi muito rápido, pois logo Harry voltou a levar suas mãos ao rosto do loiro, sentindo o garoto se encolher um pouco com o toque.

Draco estava com medo. Há alguns minutos abriu os olhos, se deparando com uma imensa escuridão. Tinha medo do escuro, algo imaturo da sua parte, ele acreditava, mas que carregava consigo desde que era apenas uma criança, e por isso logo voltou a fechar os olhos novamente.

- Doce? - Harry chamou carinhosamente. O chamado surpreendeu não só a Draco, que notou a voz masculina ecoando próxima a si, mas também a Harry, que ainda não estava acostumado com a ideia de ser o Harry por completo novamente. - Sou eu, Harry. É você mesmo? O Draco? - Perguntou quando a possibilidade de ser outra pessoa no corpo do loiro se apossou de si.

Receoso, Draco abriu os olhos se deparando com uma imensidão verde, não mais com toda aquela escuridão. Os cabelos morenos bagunçados o fizeram sorrir enquanto a surpresa por ter Harry em sua frente persuadia-o.

- Você é ainda mais bonito do que eu me lembrava, doce. - O moreno sorriu bobo. - Viu só a minha voz? Sou eu, eu mesmo! - Disse animado.

Draco levantou as suas mãos em frente aos olhos, apreciando as veias marcadas que as mãos de Driana não possuíam. Ele tateou seu corpo,  notando a ausência dos traços femininos.

Loving Her? - Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora