shortfic | taekook
Taehyung leva uma vida monótona e cheia de dias cinzas. Sua única atividade diária era sair de casa para trabalhar numa empresa a qual odiava até mesmo pisar no saguão. Em um dia de loucura, Taehyung decide viajar para bem longe...
Último capítulo galera :( Gostei de escrever essa história, vocês gostaram de lê-la?
Bem, uma boa leitura pra vcs <3
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Uma semana depois.
A manhã estava calma. Na cozinha, entravam feixes de luzes douradas do sol pela janela. Jungkook passava uma quantidade generosa de geleia de morango no pãozinho, preparando os lanches para os gêmeos levarem à escola.
Estava distraído, ainda conseguia passar toda a geleia no lugar certo, mas sua mente viajava para longe a todo momento. Divagou para aqueles dias em que ficou no paraíso e conheceu uma pessoa doce. Lutava para se convencer de que fez a coisa certa, mas nem ele mesmo acreditava mais nisso. O que seria a coisa certa a se fazer, afinal?
Jungkook encostou-se no balcão e cruzou os braços. Seu peito queimava, transbordava e se enchia de algo amargo. Preenchia todas as suas veias e deixava seu sangue quente. O que diria que era esse sentimento? Arrependimento, talvez.
— Sarang, Tate, andem! Vão se atrasar. — chamou-os, escutando passos apressados em direção a cozinha momentos depois.
Sarang entrou na cozinha saltitando, com as chiquinhas presas uma de cada lado da cabeça balançando. Olhou para o pai, desconfiada, enquanto pegava sua lancheira e colocava na bolsa. Quando fechou o zíper, cutucou a ponta do nariz.
— Papai... — sua voz saiu baixinha, Jungkook levantou o olhar.
— Hum?
— Por que está triste? — olhou para os olhos caídos de seu pai.
Jungkook suspirou descruzando os braços, abaixando-se e ficando na altura da garotinha.
— Não estou triste, por que acha isso? — acariciou os braços da menina.
— Porque está igual naquela vez...
— Que vez?
— Quando o outro papai brigou com você.
O estômago de Jungkook gelou, arregalou os olhos e olhou para a menina com espanto.
— Sarang... — sua voz falhou — você se lembra?
A menina fez um bico involuntário, abaixando o olhar, assentindo levemente em seguida.
— Filha... — apertou os lábios, forçando-se a não chorar — Porque nunca me disse nada?
