Aproximadamente 300 anos antes dos eventos sob a montanha
A primeira vez que Lucien o viu, foi em um Baile de Equinócio organizado pela Corte Outonal. Lucien observou o Graão-Senhor da Corte Noturna parado em um canto, com desdém consumindo suas feições e sempre, sempre, com aquele sorriso maldito no rosto.
Lucien tinha apenas 19 anos; ainda muito jovem e com os hormônios à flor da pele. Disse a si mesmo que era normal pensar nele todas as noites antes de dormir.
Mas Lucien entendeu quando ele fez 27 anos.
Era a comemoração do Solstício de Inverno e por uma razão desconhecida, o Graão-Senhor da Corte Noturna apareceu na Corte de Inverno para celebrar a noite mais longa do ano. Como de costume, Lucien não conseguia tirar os olhos daquela beleza mortal, ainda mais quando aquele par de olhos violeta estava olhando para ele tão de perto.
Lucien havia encontrado Rhysand em uma varanda isolada do Palácio de Inverno. Eles ficaram sozinhos e por um longo momento, era apenas ele e o Graão-Senhor, olhando um para o outro.
Eles se olharam por tempo o suficiente para Lucien perceber por que ele era tão perigoso; ele tinha certeza de que Rhysand era feito da noite, e não uma noite simples, mas a mais poderosa. Como alguém poderia ameaçá-lo assim com um único olhar, com uma única maneira? E ainda, como alguém pode parecer tão assustador, mas ainda extremamente atraente?
Lucien não sabia a resposta.
O Graão-Senhor foi o primeiro a desviar o olhar. Ele revistou Lucien e deu-lhe um sorriso zombeteiro. Um sorriso que fez o fogo dentro das veias de Lucien ficar selvagem.
Agora, um século depois, Lucien olha para Rhysand, que estava rindo da piada de seus amigos, e pergunta como todos os seus sentimentos reprimidos terminaram. A resposta desta vez ele sabia; Jesminda. Só de lembrar dela, era como sentir uma faca afiada passando por seu coração e chegando a sua alma.
Eles estavam na Corte Estival; O Baile do Solstício de Verão estava acontecendo em uma barca, as pessoas dançando e bebendo aqui e ali e o sol escondendo seu rosto atrás do mar. Era o primeiro evento nacional de Lucien como cortesão da Corte Primaveril; um trabalho legal, mas não um que ele planejou.
Ele localizou sua mãe na multidão. A Dama da Corte Outonal estava olhando para ele, a dor visível em seus olhos. Lucien quería falar com ela, queria abraçá-la, queria fazer tudo o que seu pai o proibia de fazer. Ele sentia saudades dela.
Mas sentia mais saudades de Jesminda.
Ele precisava tomar um pouco de ar fresco, então se dirigiu ao local mais vazio da barca. Parecia ser a parte de trás, havia bancos espalhados pelo local e alguma mesa com jogos e tabuleiro. Parecia um bom lugar para passar a noite com os amigos.
Amigos, Lucien queria saber o significado exato disso.
Claro, ele conheceu Tamlin e alguns dos sentinelas da Corte Primaveril, mas ele poderia contá-los como seus amigos?
Se perguntou quando se apoiou no corrimão da barca. Tamlin era um Graão-Senhor que o salvou, como ele poderia ser seu amigo? Ele era poderoso, diferente ... Outra raça.
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Corte de Desacertos e Recomeços
FanfictionUm ano após romper sua parceria com Elain, Lucien finalmente encontrou um lugar que ele pode chamar de lar, junto a seu pai na Corte Diurna, mas quando féericos começam a morrer a segurança de Lucien fica comprometida e ele precisa de proteção. Qu...