Corte de Desacertos e Recomeços

Capítulo Cinco

Felizmente, Hélion tinha decidido quando invadiria a Corte Outonal, e chamou Lucien para uma reunião na Corte Diurna para discutirem os detalhes do plano, e Lucien estava ocupado combinando com Ryle o dia que ele iria ao encontro de seu pai. Lucien esperava que os dois graão-senhores pudessem passar algum tempo junto nas poucas noites em que ele conseguiu uma desculpa para ficar até mais tarde no escritório com Ryle. Ele ficou ainda mais aliviado quando, certa manhã, durante o café da manhã, ele recebeu uma carta de Vassa, informando a Lucien que ela iría para Velaris encontrar Jurian e Flint e esperava que eles pudessem se encontrar, a carta havia aparecido diante de Lucien, comprovando que Jurian havia contado da rainha onde ele estava ficando. Lucien teve um pequeno sobresalto quando Rhysand se ofereceu para convidar a antiga rainha humana para almoçar. Antes que Lucien pudesse dizer que perguntaria, Feyre perguntou se ela tinha alguma preferência de comida, ou preferia vinho branco ao tinto.

Na manhã que iria para Corte Diurna Lucien vestiu roupas para combate, ele ainda precisaria voltar para Velaris, e se manter protegido enquanto o plano de Hélion estivesse em ação.

Quando Lucien chegou ao escritório, Ryle já o estava esperando para atravessarem para Corte Diurna, mas não fora isso que intrigou Lucien, era a presença do General Ilyriano da Corte Noturna, que por alguma razão, estava ao lado de Ryle, vestido em trajes Ilyrianos, os sifões vermelhos brilhando.

-Cassian? - perguntou hesitante.

-Por que você está aqui?

-Para te acompanhar, Foguinho. O que parece?
Cassian respondeu humorado.

Lucien revirou os olhos para o apelido, de todos do círculo íntimo Cassian era o único que parecia realmente gostar da presença de Lucien, e de alguma forma durante os poucos jantares que Rhysand e Feyre o convencia a comparecer eles se tornaram próximos.

-Não preciso que me vigiem.

Lucien respondeu seco.

-Está me confundindo com Az. Ele é o espião.

Lucien suspirou.

Arziel não disfarçava seu descontentamento com a presença de Lucien, Lucien não sabia se era por causa do que Eris havia feito a Mor, ou por causa de Elain, de qualquer forma, ele não se importava o suficiente para perguntar.

-Por que Feyre mandou você?

Lucien perguntou, encarando o macho. Ryle havia sentado na cadeira atrás da mesa e observava impaciente a interação dos dois.

-Na verdade, -Cassian pontuou -Eu vim a pedido do meu irmão, ninguém está te espionando, eles só querem que você fique a salvo.

Lucien sentiu o peito aquecer, eles, os Graão-Senhores estavam prezando por sua segurança, ele estalou a língua, não podia se sentir assim.

Ele bufou, dando-se por vencido.

  -Certo, então vamos.

Lucien disse por fim. E atravessou com Cassian, já que as proteções não permitiria que o General atravessasse diretamente para a palácio da Diurna.

O quarto de Lucien estava exatamente como ele tinha deixado quando partiu, a diferença é algumas cartas encima da cabeceira da cama, provavelmente pra ele, já que a correspondência dele ainda chegava a diurna, que era para todos os efeitos, onde ele estava, mas ficou curioso do por que Ryle não trouxera aquelas cartas a ele, como tinha feito com as outras.