Capítulo 27

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Olá pessoal, espero que estejam bem.

Hoje o capítulo ficou bem curtinho, mas pelo menos não demorei tanto para atualizar.

Espero que gostem, desculpem qualquer erro e boa leitura ;)

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É aqui que começo a abordar o alcoolismo da Laurel com um pouco mais de detalhes, então estejam avisados caso seja gatilho para alguém.


Maggie franziu a testa quando Ava colocou um copo de café em suas mãos, a loira sorria abertamente quando se sentou ao seu lado. As duas tinham se tornado parceiras definitivas depois que Ava pediu transferência para Star City um ano e meio atrás, quando passou a morar na casa de Sara. Foi a época em que Maggie deixou de trabalhar com a papelada da delegacia e voltou a atuar como detetive, as duas ficaram felizes de serem uma dupla outra vez.

— Você nunca me traz café.

— Não posso ser gentil?

— Pode, mas é estranho. — Ava desmanchou o sorriso e cruzou os braços, Maggie riu quando a amiga a fuzilou com o olhar. — Agora sim parece você.

— Sawyer, vá se ferrar.

— Também te amo. — A morena deu um gole em seu café e ligou o computador para que pudessem começar a trabalhar. — Deixe-me adivinhar, está felizinha assim por causa de uma certa dona de bar?

— A Sara volta hoje pra casa.

— Amém, eu não aguentava mais te ouvir reclamando de saudades da sua namorada.

— Bem, eu pretendo mudar o nosso status de relacionamento ainda hoje.

— Não brinca! — Maggie deixou a implicância de lado e sorriu animada. — Finalmente você vai aceitar se casar com ela?

— Sim!

— As bonitas poderiam deixar as fofocas para a hora do almoço e prestar atenção em mim?

As duas engoliram em seco quando ouviram a voz de Dinah, elas se viraram para trás e encontraram a capitã as encarando de cara fechada. Maggie e Ava conheciam a chefe muito bem para perceberem que ela tinha dormido mal, coisa que vinha acontecendo com frequência desde a morte de Quentin. Sabiam que Louis estava tendo problemas para dormir, mas parecia que algo a mais estava acontecendo.

— Capitã, você está bem?

— Sim, Sawyer.

— Tem certeza? Você sabe que eu e Ava estamos aqui caso queira conversar.

— Eu agradeço, de verdade. Mas está tudo bem, são só alguns problemas em meu casamento. — Dinah sorriu minimamente antes de largar um arquivo na mesa das detetives. — Talvez tenhamos um problema grave em nossa cidade.

Ava e Maggie estremeceram discretamente, as duas não queriam nem pensar que algo parecido com o caso da Liga dos Assassinos estivesse acontecendo. Tiveram paz pelos últimos três anos, a cidade ficava cada vez mais segura com os crimes diminuindo, não queriam que nada estragasse isso.

— O que está acontecendo?

— Vou resumir a história, mas depois leiam esse arquivo para terem maiores detalhes. — Dinah respondeu a loira e coçou os olhos antes de continuar, estava morrendo de sono por não ter conseguido dormir bem sem Laurel na cama, a promotora preferiu ficar no sofá naquela noite. — Os Corvos são uma empresa de segurança privada que atua em Gotham, mas estão mais poderosos que a polícia. Bem, isso é problema do comissário Gordon, não nosso. A questão é que uma das agentes de elite deles, Julia Pennyworth, está na cidade.

— Ela está em uma missão para os Corvos?

— Eu não faço a mínima ideia, Maggie. Não gosto dessa mulher por aqui, então quero que investiguem o que ela está fazendo na cidade e, principalmente, quando vai embora.

[...]

O silêncio reinava enquanto Laurel dirigia até o colégio de Louis com o menino sentado ao seu lado, ela tinha acordado bem cedo naquele dia para não ter nenhum risco de se atrasar. Dinah mal tinha trocado dez palavras com ela antes de ir trabalhar, e o menino estava seguindo o mesmo exemplo da mãe.

— Como vão as aulas de piano? — Laurel tentou puxar assunto.

— Bem.

— Quando é a sua próxima apresentação?

— E você se importa?

— Lou, por favor, eu estou me esforçando aqui. Você sabe que é a pessoa mais importante do mundo pra mim. — O menino olhou fixamente para a mãe durante alguns segundos antes de suspirar e se ajeitar no banco do carro.

— Vai ser no mês que vem, na última semana de aulas.

— Okay, eu estarei lá. — O menino arqueou as sobrancelhas para a mãe. — Estou falando sério.

— Você promete?

— Sim, eu prometo.

Laurel parou o carro em frente ao colégio e se despediu de Louis com um beijo na testa, ela esperou o menino passar pelo portão antes de ir embora. Tinha que ir para o escritório, ontem tinha sido a sua terceira falta no mês e ela acabaria perdendo o emprego se continuasse negligente desse jeito. Entretanto, a loira precisava fazer uma parada antes disso.

Suas mãos tremiam quando entrou no pequeno mercado que ficava na mesma rua que o escritório da promotoria, Laurel engoliu em seco ao entrar no corredor de bebidas alcoólicas. Sua consciência gritava para que desse meia volta e fosse embora, mas seu corpo pedia uma nova dose. A sensação de bem-estar era extremamente viciante, mesmo que fosse falsa.

— Dinda! — Laurel abaixou seu braço antes que pegasse a garrafa de vinho quando ouviu a voz infantil, poucos segundos depois suas pernas foram envolvidas por uma garotinha loira e sorridente.

— Mia, meu amor. O que está fazendo sozinha aqui? — A promotora pegou a afilhada no colo e fez cócegas em sua barriga.

— Eu não tô sozinha, a tia Thea tá compando chiquete.

— "Comprando chiclete", querida. — Laurel fez menção de sair daquele corredor antes que a assistente a visse, mas logo Thea apareceu ao seu lado.

— Mia, o que eu já te falei sobre ficar longe de mim? — Thea ralhou com a menina, que se encolheu no colo da madrinha e pediu desculpas. — Laurel, bom dia. Tá indo pro escritório?

— Tô sim, só parei pra comprar... — Thea franziu a testa quando percebeu em qual corredor estavam, sabia que Laurel não comprava nada alcoólico e que as bebidas da casa eram compradas por Dinah. — Uma tônica. Parei pra comprar uma tônica.

— Eu achei que você não gostasse de tônica. — A mais nova comentou quando Laurel sorriu e pegou uma latinha da bebida gaseificada.

— Não é a minha favorita, mas eu gosto de tomar às vezes. — Deu de ombros e colocou Mia no chão, a menina logo teve a mão envolvida por Thea. — Te vejo no escritório?

— Uhum, só vou deixar essa mocinha aqui na escolinha.

— Está bem, te vejo daqui a pouco. Tchau, amor da dinda, te amo.

Laurel beijou os cabelos da afilhada e foi até o caixa pagar pela bebida que não gostava, mas precisaria beber. Sabia que Thea tinha ficado desconfiada, principalmente por causa de seu comportamento nos últimos meses, mas não podia deixar que a assistente pensasse que estava viciada outra vez.

Porque não estava, Laurel só queria se sentir melhor depois da morte repentina do pai, estava tudo sob controle. Ao menos era o que ela pensava.


Falar a verdade, eu adoro escrever cenas com a Maggie e a Ava, melhor dupla do mundo!

Não há dia certo para atualizações, mas volto assim que der :)

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