Capítulo 38

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E chegamos ao fim de Minha Salvação, agora só falta o epílogo. Espero que gostem do capítulo final, desculpem qualquer erro e boa leitura ;)


Sara se olhava no espelho usando apenas roupas íntimas, sua barriga de 39 semanas estava enorme e a loira não conseguia mais enxergar os próprios pés, no entanto se sentia agradecida por ter conseguido evitar que as filhas nascessem prematuras. Tinha começado a sentir contrações há alguns dias, e agora que elas estavam mais ritmadas e frequentes, sabia que a hora do parto se aproximava.

O quarto das gêmeas já estava pronto fazia algum tempo, as mamães escolheram o tema "sereias" para a decoração do cômodo, que ficou extremamente fofo com as cores rosa e azul em tons claros. As malas das bebês também já estavam arrumadas, Sara deveria estar se trocando para ir com Ava até a maternidade, mas um medo começou a tomar conta dos pensamentos da loira.

— Será que eu serei uma boa mãe pra vocês, minhas meninas? — A mulher gemeu baixinho quando sentiu mais uma contração. — Sei que está na hora de vocês conhecerem as mamães, mas a vida aqui fora é tão perigosa que eu gostaria de poder mantê-las para sempre na minha barriga, onde posso protegê-las.

— Querida, você já está pronta? — Ava entrou no quarto e encontrou a esposa encarando o próprio reflexo. — Está tudo bem?

— Amor, estou com medo. E se eu não for boa para as meninas? E se meus traumas do passado prejudicarem elas de alguma forma?

— Sara, minha querida, me escute. — A mais velha sorriu e segurou o rosto de Sara com ambas as mãos. — Você será uma excelente mãe, nossas filhas têm sorte de te ter. Nossos passados são cruéis, mas não deixaremos que elas conheçam essa parte de nossas vidas. Nossas filhas são seres de luz, nossa esperança, e devemos preservá-las do mal que já existiu em nós.

— Vamos conseguir, não é?

— Claro que sim, estaremos juntas em todos os momentos. — Ava apoiou a esposa quando ela se curvou em outra contração. — Amor, acho que devemos nos apressar.

Elas chegaram ao hospital maternidade meia-hora depois, a sala de cirurgia já estava reservada e a doutora Griffin as aguardava junto com o resto da equipe médica. As mulheres, em conjunto com a obstetra, entraram em consenso de que seria mais seguro se o parto fosse por meio de cesárea, por causa da posição das bebês dentro do ventre da mãe.

— Prontas para conhecerem suas filhas? — Clarke perguntou gentilmente enquanto o anestesista aplicava a anestesia em Sara, ela mal sentiu a agulhada nas costas devido a sua alta tolerância à dor. — Sara, tente relaxar o máximo possível, vamos colocar a playlist que vocês escolheram e ajustar as luzes.

Sara e Ava tinham dito com antecedência como queriam que a sala de cirurgia fosse arrumada para o parto, assim como o comportamento da equipe médica deveria ser feito. Músicas clássicas tomaram conta do lugar num tom baixo e as luzes foram ajustadas para uma intensidade não muito forte, a única pessoa que poderia falar com o casal era Clarke, e as bebês deveriam ter um tempo com as mães antes de serem levadas para serem examinadas.

— Você está indo muito bem, querida. — Ava sussurrou no ouvido da esposa, ela estava sentada atrás da cabeça de Sara usando o traje exigido na sala cirúrgica.

— Peguei a bebê que vocês dizem ser a mais agitada. — Clarke avisou e, logo depois disso, tirou a criança de dentro do ventre de Sara. As mães sorriram quando ouviram o choro estridente da filha, e uma enfermeira ajudou a ajeitar a bebê no peito de Sara.

— Ava, o meu ventre é um pincel, olha só a beleza dessa menina! — Ava riu da palhaçada da esposa e acariciou a cabecinha da filha, que começava a se acalmar por causa do calor materno. — Ela tem o seu nariz.

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