Capítulo 32

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Olá pessoal, venho aqui com mais um capítulo. Espero que gostem, desculpem qualquer erro e boa leitura ;)


Laurel olhava os pinheiros pela janela do carro enquanto Dinah dirigia até um chalé no alto daquela montanha, elas tinham passado a lua de mel naquele lugar e a capitã pensou que seria um bom local para ambas deixarem a cabeça em ordem. Laurel ainda estava surpresa com a súbita vontade da esposa de tirar férias, ela não tinha certeza se aquele era um bom momento para fazer isso, mas também não se sentia bem no escritório da promotoria, então acabou aceitando os pedidos de Dinah.

— Será bom termos um tempo só pra gente. — A morena afirmou mais uma vez, estavam próximas do chalé agora. — E é bom pro Lou aprender a ficar um pouco longe da gente.

— Querida, parece que você está tentando se convencer disso.

— Não, eu tenho certeza de que essa viagem será boa. — Afirmou com a voz não demonstrando muita segurança, mas Laurel decidiu deixar isso de lado. Depois de mais alguns minutos, elas chegaram em seu destino e Dinah estacionou o carro em frente ao chalé. Por sorte não havia neve, então não precisariam se preocupar com atolamentos.

Elas levaram as malas para dentro e Laurel foi imediatamente acender a lareira, seu corpo começava a tremer pela falta do álcool. Ela não sabia como ficaria a semana toda sem beber, não tinha conseguido levar nada e não havia nenhuma loja perto do chalé. Teria que encontrar uma maneira de se controlar, não queria que a esposa descobrisse sobre sua recaída. E sim, Laurel já tinha saído da negação e entendido que estava voltando para o fundo do poço.

— Logo vai anoitecer, o que acha de ir cortar um pouco de lenha para que eu possa fazer nosso jantar? — Dinah olhou para Laurel com um olhar pidão.

— Isso é uma desculpa para ver meus músculos, capitã?

— Sempre é, eu amo seus braços.

— Só eles?

— Você sabe que não. — A morena deixou um selinho carinhoso nos lábios da esposa. — Agora vá, não quero que fique lá fora durante a noite.

Laurel deixou o casaco sobre o sofá e saiu do chalé apenas com uma regata branca, ela cortou um pequeno monte de lenha sob os olhos apaixonados de Dinah. Suas mãos tremiam quando terminou o trabalho, pelo esforço de segurar o machado e a atordoação que começava a tomar conta de seu corpo.

Controle-se.

— Nós precisamos conversar. — Dinah decidiu tocar no assunto quando terminaram de jantar, seus olhos atentos perceberam a inquietação de Laurel. — Tem alguma coisa que você queira me contar?

— D, eu já te disse que não estou te traindo.

— Eu sei, e acredito em você. Mas não é disso que eu estou falando. Você voltou a beber?

— Como é? — Laurel cruzou os braços, seu tom era furioso e encobria a surpresa que a loira sentia. — Você ficou maluca!

— Amor, eu não estou brigando com você, só quero te ajudar.

— Não preciso de ajuda! — Aquele foi o pico do esgotamento mental de Laurel, ela apoiou a cabeça nas mãos e segurou os cabelos com força. — Não preciso de ajuda, eu posso lidar com isso sozinha!

— Laurel, olha pra mim. — Dinah se aproximou da esposa e, delicadamente, tirou suas mãos de seus cabelos. — Amor, por favor, olha pra mim.

— Me perdoe! — A promotora implorou quando, finalmente, encarou a esposa. Os olhos de Laurel estavam cheios de lágrimas e Dinah sentiu seu coração se apertar. — Perder meu pai foi um golpe muito duro, eu estava me sentindo tão mal que só queria me sentir melhor e, quando vi, tinha tomado três garrafas de vinho. Eu sei que falhei com você, meu amor, sei que falhei com nosso filho. Mas saiba que eu nunca quis atingir vocês com a minha dor!

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