Capítulo 23

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Olá galerinha, como cês tão? Esse capítulo é mais focado em Dinahsiren, mas logo teremos mais cenas Avalance. Desculpem qualquer erro e espero que gostem ;)


Os seres humanos tendem a tomar atitudes impulsivas quando estão sob pressão, e foi isso que Ava fez. Ela tinha passado um mês evitando ao máximo pensar em Sara para depois a loira colocá-la contra a parede logo na primeira vez em que se viam. Diga que não sente mais nada por mim. Ava poderia ter dito aquilo e fugido da situação outra vez, mas ela não poderia dizer tais palavras encarando os belos olhos azuis de Sara.

A detetive se deixou levar por seus desejos e beijou Sara no meio do corredor, a mais nova primeiramente não entendeu o que estava acontecendo, mas não demorou para agarrar a cintura de Ava e puxá-la contra si. Às vezes gestos podiam dizer bem mais do que palavras, aquele beijo era a prova de que ainda existia sentimento entre as mulheres.

Mas a vida não é um conto de fadas, e o amor não é o suficiente para segurar uma relação que não possui confiança e diálogo. Um estalo se deu na mente de Ava e ela empurrou a mais baixa com força, fazendo-a cambalear para trás até que batesse na parede.

— Ava?

— Desculpa, eu não deveria ter feito isso. — A loira colocou as mãos na cabeça em desespero. — Desculpa.

— Por favor, dê mais uma chance pra gente. — Sara se aproximou outra vez com cautela e segurou a mão de Ava. — Está na cara que a gente ainda se gosta muito.

— Mas isso não é o suficiente para manter uma relação. — A mais velha enxugou as lágrimas e soltou a mão de Sara. — Sara, eu sinto muito, mas isso é demais pra mim.

A empresária abaixou o olhar e sentiu uma lágrima escorrer por sua bochecha, mas concordou com a cabeça e deu meia volta em direção à sala. Ava esperou alguns minutos e fez o mesmo caminho. Quando todos foram embora, já no início da madrugada, Nora beijou a bochecha do noivo e disse que iria verificar a amiga, ela sabia que tinha que ser o porto seguro de Ava naquele momento.

Encontrar Ava encolhida na cama enquanto chorava em silêncio partiu o coração da fotógrafa, ela entrou no quarto com cuidado e se deitou do lado da amiga, mas sem tocar nela. Era uma coisa da detetive, ela não gostava de ser tocada quando estava em crise e Nora tinha aprendido a respeitar isso, mesmo que sua vontade fosse de abraçar Ava.

— Olha, eu não sei muito sobre relacionamentos, você sabe que o sensível na relação é o Ray. Mas, se a pessoa te faz sofrer, é melhor pular do barco.

— O problema não é a Sara. — Ava virou de barriga para cima, assim como Nora. — Quer dizer, é a Sara, mas é mais sobre como me sinto em relação a uma coisa que ela fez e está fazendo nesse momento.

— Bem, e você já pensou em conversar com ela sobre isso?

— Eu não consigo, pelo menos não agora.

— Acredito que se fosse algo que você pudesse dizer pra qualquer um, já teria falado comigo, então eu te aconselho a procurar um profissional.

— Nora...

— Fazer terapia não significa que você é louca ou fraca, é apenas alguém que irá te ajudar a lidar com seus problemas. Lembra de quando você prendeu meu pai e eu mal conseguia olhar pra sua cara? Só fui conseguir lidar com a situação porque meu psicólogo me ajudou a entender que o errado da história era o papai, e não você.

Ava não disse mais nada, ela apenas ficou processando tudo o que Nora tinha lhe dito. Estava se sentindo perdida e precisava que alguém a ajudasse a entender melhor seus sentimentos. Ava esticou a mão e entrelaçou os dedos com Nora, naquela noite a fotógrafa dormiu ao lado da amiga/irmã e conseguiu perceber que tinha conseguido ajudá-la.

Minha SalvaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora