Capítulo 15

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Espero que gostem do capítulo, desculpem qualquer erro e boa leitura ;)


Quando Laurel chegou ao orfanato, as crianças tinham acabado de chegar da escola, ela parou por alguns instantes no hall da enorme casa para observar os pequenos correndo pra lá e pra cá com os uniformes amarrotados e mochilas quase maiores que seus corpos. Naquele abrigo só eram permitidas crianças de até dez anos, depois disso elas eram transferidas para outro local, então a promotora parecia uma gigante no meio de um bando de anãozinhos.

— Doutora Lance? — Uma morena alta e elegante se aproximou dela com um sorriso simpático, Laurel a reconheceu como sendo a diretora do orfanato. — Sou Diana Prince, é um prazer conhecê-la.

— O prazer é todo meu. — Sorriu e apertou a mão da mais alta, uma garotinha que não devia ter mais de cinco anos passou correndo entre elas e um monitor se desculpou antes de sair apressado atrás da pequena. — Aqui é sempre movimentado assim?

— Não, hoje o dia até que está calmo, ainda não ouvi nada se quebrando. — Um estrondo soou ao longe e Diana rolou os olhos, alguma criança tinha derrubado alguma coisa no chão. — Comemorei cedo demais.

— Crianças nessa idade são muito hiperativas, um amigo meu tem gêmeos de seis anos e aquela duplinha parece um furacão.

— Realmente, mas não posso negar que amo ver esses pequenos assim, felizes e saudáveis. — Diana guiou a promotora pelos corredores do abrigo até chegarem em seu escritório, lá ela pegou um bule de chá e serviu duas xícaras. — Estive em contato com sua assistente nos últimos dias e ela me disse que você quer falar com Louis Miller, o garotinho que teve os pais assassinados.

— Isso mesmo, a versão do Louis sobre o caso pode me ajudar muito em conseguir que o assassino seja punido.

— Antes que eu permita a sua visita, eu preciso avisar que o menino ainda está muito fragilizado, ele mal se comunica conosco e com as outras crianças, a nossa psicóloga está tendo muito trabalho para vencer suas barreiras.

— Eu entendo, Diana, fico imaginando como deve estar a cabeça dele. — Ambas suspiraram com tristeza, uma criança jamais deveria ter que presenciar o assassinato dos próprios pais.

— Você quer falar com ele aqui ou precisa levá-lo para a delegacia? Eu não acho que isso seja uma boa ideia, Louis não precisa passar por outro momento estressante.

— Oh, eu concordo. Na realidade, eu queria te pedir uma coisa. — Laurel terminou de tomar seu chá e depositou a xícara sobre a mesinha de centro, as duas estavam sentadas lado a lado em um espaçoso sofá. — Posso levar o menino para tomar um sorvete? Acho que Louis ficaria mais confortável assim, além de que poderia distrair sua cabeça por ao menos uma horinha.

— Laurel, esse não é o protocolo... — Coçou o queixo, pensativa. — Mas posso fazer uma exceção dessa vez, desde que você o traga de volta até a hora do jantar.

— Pode deixar, eu prometo fazer isso.

Elas sorriram uma para a outra e seguiram para fora do escritório, Diana disse que Louis provavelmente estaria na sala de estudos. Enquanto iam se aproximando do lugar, Laurel começou a ouvir o som de um piano, a pessoa que tocava parecia ser bem talentosa.

A diretora abriu a porta com cuidado para que entrassem sem fazer alarde, lá dentro encontraram um garotinho tocando piano completamente concentrado em apertar as notas corretas. Elas ficaram em silêncio observando o pequeno fazer sua arte, Diana já tinha visto Louis tocar antes, então já estava acostumada com o talento do menino, mas Laurel não conseguiu evitar de se impressionar.

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