Capítulo 04

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Espero que gostem do capítulo, desculpem qualquer erro e boa leitura ;)


Ava estava frustrada.

Tinha passado a semana toda vigiando Oliver Queen, mas isso não deu em nada. Maggie e Dinah estavam ficando impacientes com sua demora para encontrar novas pistas, Rip também não estava feliz com seu desempenho, eles achavam que a detetive estava equivocada em sua investigação. Por Deus, será que somente Ava via que Oliver tinha alguma coisa com a Canário? Porém, mesmo que seu instinto apitasse completamente para o lado do prefeito, Ava precisaria criar um plano B se não quisesse se meter em problemas.

— Você está de cara feia desde que chegou. — Nora comentou ao se sentar no sofá, Ava tinha ido almoçar em sua cobertura naquele sábado. — Desembucha.

As duas eram amigas desde os cinco anos de idade, Ava passou praticamente toda a infância e adolescência na mansão Darhk já que seus pais eram atores e viviam viajando a trabalho. Nora também era bastante solitária por ser órfã de mãe e ter o pai ausente, então as meninas acabaram se tornando bem próximas. Mesmo que tivessem personalidades diferentes — Nora era extrovertida e impulsiva, enquanto que Ava tinha os pés no chão e vivia em seu próprio mundo — as duas conseguiram encontrar um equilíbrio que manteve a amizade estável por todos esses anos.

— É esse maldito caso que estou investigando. Tenho um suspeito e meu instinto diz que esse cara tem alguma culpa no cartório, mas não consigo provas mais concretas e, por isso, estão começando a duvidar de mim.

— Amiga, eu acompanhei a sua carreira desde o início e posso dizer isso tranquilamente: você nunca se engana. As coisas podem não ser exatamente como você achava no início, mas se seu instinto diz que esse suspeito é culpado, é porque ele é.

— Exatamente, mas a capitã Drake me acha uma maluca por estar desconfiada de um homem tão... Correto? Será que é difícil perceber que todo mundo tem...

— ...um passado obscuro. — Nora completou a frase da amiga sem nem piscar, já tinha ouvido aquilo centenas de vezes. — Eu conheço a Dinah e ela é uma profissional excelente, se ela não quer acreditar em você é porque deve ter alguma ligação com seu suspeito.

— É, eles são amigos. Você sabe como as coisas ficam complicadas demais quando se mistura o profissional com o pessoal.

— Nem me fale, lembra de quando você prendeu o meu pai? Ficamos brigadas por semanas, eu não queria acreditar que ele era o chefe de um esquema de corrupção gigantesco.

— Foi muito difícil ter que fazer aquilo, eu nunca quis machucar você.

— Eu sei, amiga. — A morena segurou a mão da detetive para confortá-la e mostrar que já não ligava mais para aquilo, era algo do passado. — Eu sei.

As duas mudaram o assunto da conversa para Nora enquanto apreciavam o delicioso vinho cedido por ela. A morena tinha ficado vários anos viajando pelo mundo após a graduação da escola e tentou cursar várias coisas antes de, finalmente, se encantar pela Fotografia. O nome de Nora tinha muito prestígio no ramo, seu portfólio era impecável e eram sortudos os que conseguiam vagas para fazer um ensaio com ela.

— Esse foi meu último trabalho, vou ficar esse mês parada por conta do casamento e, depois dele, vou tirar umas duas semanas para curtir a lua de mel.

— Já decidiram para onde vão?

— Uhum, para a Grécia. Sabe como o Ray é, ele ama um bom clichê romântico.

Ava conheceu Ray Palmer algumas semanas depois que ele e Nora começaram a sair. De início ela foi bastante formal com o moreno e fez questão de investigar toda a vida dele para ter certeza de que sua pinta de bom moço não era mentira, mas o CEO da Tecnologias Palmer se mostrou ser um homem verdadeiramente íntegro e de bom coração.

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