Capítulo 16

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Espero que gostem do capítulo, desculpem qualquer erro e boa leitura ;)


Sara estava bastante nervosa, era a primeira vez que caçaria um alvo sozinha e ela não queria falhar. Não podia falhar, seu futuro na Liga dos Assassinos dependia de seu desempenho perfeito nas missões, e também seu recente relacionamento com Nyssa.

A loira entrou silenciosamente no prédio abandonado, de acordo com as informações que tinha recebido de Ra's al Ghul, seu alvo estaria se escondendo ali. Foi subindo de andar em andar tentando perceber qualquer sinal que indicasse a presença da mulher, mas tudo parecia estar vazio há muito tempo. Isso é, até chegar na cobertura.

Pela fresta da porta conseguiu ver a desconhecida de costas para si, ela estava com uma mão apoiada na cabeceira da cama e outra na barriga, parecendo sentir muita dor. Sara abriu a porta e apontou a arma para a cabeça da mulher, mas um de seus princípios era matar seus alvos olhando para seus olhos.

— Eu sou a Canário, enviada pela Liga dos Assassinos, vire-se agora mesmo. — Destravou a pistola e a segurou firme entre as mãos, porém não conseguiu manter a postura quando a mulher se virou. — Puta merda...

A morena respirava fundo enquanto pressionava a barriga que estampava sua gravidez de nove meses, seu corpo se retorcia pelas dores do parto. Sara não sabia o que fazer, uma das leis mais importantes da Liga era que matar crianças era estritamente proibido, então como tinham lhe mandado atirar numa mulher prestes a dar à luz?

— Espere até que meu bebê nasça, e então o deixe num abrigo... — A mulher se curvou para frente e soltou um gemido de dor, Sara abaixou a pistola. — Esse é meu último pedido.

— Vamos, deite-se na cama, eu vou te ajudar.

A morena olhou desconfiada para a assassina, mas fez o que ela disse porque não estava mais se aguentando em pé. Sara pediu licença e então tirou a calça e calcinha da desconhecida, assustando-se ao constatar que o topo da cabeça do bebê já começava a ficar aparente. Abriu as pernas da outra e tirou o casaco para que pudesse segurar a criança quando nascesse, esperava que estivesse fazendo tudo certo.

— Ok, agora respire fundo e faça força quando as contrações vierem.

Não foi um trabalho nada fácil, depois de uma hora a mãe já se encontrava exausta e quase sem forças para expelir seu bebê, Sara também estava cansada e extremamente nervosa, mas continuou ali entre as pernas da desconhecida auxiliando-a da melhor forma possível. Até que, finalmente, o bebê saiu completamente e caiu aos prantos nos braços da assassina, que sorriu abertamente enquanto limpava as narinas do recém-nascido.

Era um menino.

— Aqui, pegue seu filho. — A loira entregou o bebê para a mãe, a mulher sorriu para a criança e passou delicadamente os dedos por seu rosto, acalmando-o no processo. — Ele é lindo, já sabe como irá chamá-lo?

— Sei, mas não importa. — A morena voltou a ficar séria e estendeu o bebê para Sara outra vez, o pequeno resmungou pela falta do contato com a mãe e por querer mamar. — Termine logo com isso e deixe-o em segurança antes de voltar para Ra's al Ghul.

Sara respirou fundo e negou com a cabeça, recusando-se a pegar o menino nos braços. O medo das consequências que seu ato poderia trazer era enorme, mas a loira ainda tinha coração e não conseguiria matar uma mulher que acabara de dar à luz, ainda mais tendo auxiliado no parto.

Não, dessa vez a Canário não cumpriria sua missão.

— Assim que conseguir ficar em pé, suma de Gotham e tome uma identidade falsa para que nunca mais a encontrem, eu vou achar o corpo de um animal morto e queimar no lugar do seu. Bem, parabéns pelo bebê.

Minha SalvaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora