Capítulo 16

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Fazem dois dias que estou no trancado dentro do meu quarto, e minha vontade era de permanecer aqui o resto da vida.

Eu ainda não consegui assimilar tudo o que aconteceu no sábado a tarde, e todas aquelas coisas que meu pai me disse.

Eu não acredito que meu próprio pai faria isso. Porém, já faz muito tempo que eu não o reconheço mais, e se tratando da sua tão amada empresa, sei que ele seria capaz de tudo.

Mas será que isso se aplicaria também a mim, seu próprio filho? Ele teria mesmo coragem de fazer isso comigo? Eu sei que ele tem falado há muito tempo sobre eu assumir seu lugar na empresa, mas seria a esse custo? Passando por cima dos meus sentimentos dessa forma?

Minha cabeça se tornou um emaranhado de pensamentos nos últimos dois dias. Já pensei em todas as formas de poder reverter tudo isso, mas cada vez que penso no Jimin, volto a ficar perdido.

Ele tem me ligado constantemente, e a quantidade de mensagens que já me mandou, lotaram a caixa de entrada. Eu sei que ele deve estar preocupado, mas toda vez que via suas mensagens, meu coração apertava ainda mais.

Eu tenho me mantido apenas a base de água, até porquê, meu corpo precisa muito repor tudo que expele em forma de lágrimas. A fome nem sequer tem dado às caras, e mesmo eu me sentindo extremamente cansado, meu sono não tem chegado nem perto do que costumava ser.

Eu estou mentalmente exausto, então como poderia decidir qualquer coisa estando assim? Ou chegar a uma solução viável para nós dois, estando tão despedaçado?

Deitado na cama, encarando o teto, chego a conclusão que o branco pode ser sim o derivado de outras cores, pois já foram tantas que eu vi nesses dois dias, que perdi a conta.

- Jimin...!

- Desculpe invadir sua casa, Sra Jeon, mas eu preciso vê-lo!

Ouço vozes vindas do corredor, o que me faz levantar e sentar na cama.

- Jungkook! - eu sinto meu coração disparar ao ouvir a voz do Jimin, enquanto bate forte à porta. - Jungkook, abra a porta!

Eu sinto meus olhos arderem, e corro em direção a porta. Mas eu não a abro, apenas a encaro, enquanto sinto minhas mãos tremerem.

- Jungkook, por favor, abre a porta. - diz baixo do outro lado.

- Baby Moon...- eu sussurro de cá.

- Por favor, Kookie...! Eu preciso pelo menos ver você... Nem que seja pela última vez. - implora.

Eu levo uma mão à maçaneta, e com a outra, destranco a porta. Quando finalmente a abro, ele está lá, no corredor à minha espera.

Eu apenas dou um passo para fora do quarto, e logo ele se jogou contra mim, envolvendo seus braços em meu pescoço.

- Kookie...!

Eu retribuo seu abraço, o apertando forte em meus braços.

- Baby Moon!

Ele se afasta um pouco, e leva as mãos ao meu rosto.

- Você está bem? - encara meus olhos.

- Eu...- não consigo completar a frase, as lágrimas tomam conta de mim pela milésima vez nos últimos dois dias.

- Não chora meu coelhinho. - passa a mão em rosto secando minhas lágrimas.

Seus olhos fixam nos meus, e durante alguns segundos, parecia existir somente eu, e aqueles olhos que tanto me fascinam. Ele aproxima seu rosto do meu, e toca meus lábios com os seus. Eu fecho os olhos, e me permito embalar nesse beijo doce e carinhoso.

MOON (Jikook) {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora