so high

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- O que foi aquilo? - Perguntei para Sadie assim que ela abriu a porta do apartamento.

- Você acha que ele vai conseguir?

- Eu não sei, Sadie - Suspirei e cobri meu rosto. - Deveria ter ficado com ele em Dallas. Sua empresa não estaria em risco.

- Não me importo - Falou enquanto jogava seus saltos num canto. - Não me importo mesmo.

- Como assim?

- Esse nunca foi meu sonho - Confessou. - É... eu realmente não queria assumir a empresa.

- E qual é o seu maior sonho?

Ela encarou o corredor e balançou a cabeça.

- Não esse.

Caminhei até a varanda e fiquei observando os carros passando apressados pela avenida. A essa hora, o movimento de pessoas diminuía e, repentinamente, me peguei pensando no Finn.

- Não se preocupe - Sadie se debruçou ao meu lado. - Você não precisava fazer algo que não queria. E também, nem eu mesma quero essa empresa, iríamos nos forçar a fazer algo contra nossa vontade.

- Você ainda está sendo forçada.

Ela apertou os olhos e fitou os carros.

- Vamos beber. - Sadie foi até a adega e voltou com duas taças.

- Vou parar de beber - Deixei a taça na mesa de canto. - Esqueci como era a acordar com uma ressaca terrível, mas nos últimos dia isso voltou com tudo.

- Está falando sério? - Perguntou enquanto se servia.

- Sim - Assenti, voltando para dentro. - Hoje foi um dos piores dias, falo sério.

- Quer fazer ficar melhor? - Ela estende a taça, mas eu recuso. - Está bem, entendi.

Ficamos em silêncio por algum tempo, encarando nossos próprios pés.

Quando o vinho acabou, Sadie se levantou para buscar outro, mas fui atrás dela.

- Vai mesmo virar uma alcoólatra?

- Vai mesmo querer me controlar?

- Não seja idiota - Puxei a garrafa da sua mão e coloquei para longe. - Está bebendo com mais frequência e sabe disso.

- E que diferença faz? Todos vamos morrer um dia, Millie Brown.

- Acontece que você está se matando todos os dias - Falei, ela soltou uma risada. - Isso aí, fica rindo mesmo, um dia você vai olhar para trás e se arrepender de não ter dormido aquelas horas que passa no escritório ou de estar se afundando cada vez mais, virando uma bêbada.

- Você não sabe de porra nenhuma, para de ficar dando palpite sobre minha vida.

- Não é palpite. Só estou preocupada com você.

- Com o que? Quando vai entender que eu tenho uma empresa para administrar? Que estou com um peso preso aos meus pés, um peso que nunca conseguirei me livrar.

- Quanta burrice, você ainda tem opções.

- Que opções? Deixar Joseph finalmente conseguir o que quer a tanto tempo? Quer a verdade? Estou preocupada pra caralho.

- Isso nunca teria acontecido - Falei. - Nunca teria acontecido se eu não tivesse ido para Dallas com você. Não teria acontecido se eu não fosse te visitar toda noite no escritório.

- Do que você está falando? Não é nada disso.

- Ah... Não? Joseph apareceu com aquelas gravações hoje foi super normal, lá tem tudo.

Hey, boss • SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora