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🖇 LOUIS PARTRIDGE, point view ;

— Até a quarta aula? — S/n diz, enquanto procuro pela minha mochila uma folha que prometi entregar ao conselho do baile.

Eles vão me matar se eu não fizer a única coisa que prometi; espero ter deixado com Luma.

— Droga, acho que esqueci a folha das idéias. — fecho minha mochila frustrado — Mas espera, pensei que sociologia fosse a quinta. — a olho confuso.

— Que bom que está esperto. — ela abre um sorriso e automaticamente meus lábios se curvam em um, e como todos os dias que a vejo sinto meu coração se aquecer — Até a quinta aula?

— Até. — dou um selinho em seus lábios e começo a andar em direção à entrada da escola.

Só quando estava vasculhando pelo meu armário eu percebi o que havia feito. Eu realmente dei um selinho na S/n? E por que eu estou ansioso por culpa disso? Parece até quando fiz tal coisa pela primeira vez. Vamos, Louis, você não tem mais treze anos.

— Loui! — me viro em direção ao meu lado e encontro os olhos verdes de Luma. Ela carregava um sorriso em seus lábios e que se fosse a meses atrás, eu estaria caidinho.

— Luma. — digo calmamente.

— Alguma idéia para o baile? Onde está sua folha? — ela pergunta olhando meu armário e pela sua careta, viu a bagunça que o mesmo estava.

— Minha folha? Está... — tentei pensar em alguma resposta rápida mas nada vinha na minha cabeça e a feição de raiva da Beer não ajudava em nada.

— Partridge! Partridge! — ouço os gritos de Franklyn e olho para trás vendo ele com uma folha em mãos e vermelho por provavelmente correr muito — Você esqueceu no meu carro ontem a noite.

— Valeu, você acabou de me salvar. — murmuro para o mesmo e pego as folhas de sua mão, entregando à Luma.

Ela começa a ler e pela sua feição, eu não sabia se ela havia gostado ou não.

— Festa do preto? O que é isso? Halloween?

— Tecnicamente, sim. — digo, vendo que seria na mesma época e vejo seus olhos se revirarem.

— Depois conversamos com o conselho, Loui. — ela saí, rebolando seu traseiro atraindo o olhar de diversos garotos no cio.

Suspiro aliviado. Ainda bem que não estamos mais juntos...

— Como você conseguiu namorar ela, cara? — Franklyn perguntou, revirando os olhos por ver o quão chata ela está.

— Ela beijava bem... — murmuro, dando de ombros — Você não sabe o que eu fiz.

— Já posso imaginar. — ele controla sua risada e eu o fuzilo com os olhos.

— Roubei um selinho da S/n.

— Da S/n?! S/n Bridges? — ele pergunta, surpreso.

— A própria. — e então, o loiro começa a fazer uma dancinha horrível e vergonhosa de comemoração — Eu não sei porque fiz isso, foi automático. Como se eu fizesse todo dia e...

— Vocês estivessem juntos? — ele pergunta e eu suspiro, concordando — Louis, até o Payton já percebeu o clima que rola entre vocês, não tem como negar. Vocês que são lentos para perceber... — ele dá leve batidas nas minhas costas e saí, me deixando com milhões de pensamentos.

Mas e se ela não sentisse o mesmo clima que eu? E se eu realmente a beijasse e as coisas ficassem estranhas?

...

Toquei a campainha do apartamento 157 e segundos depois, vi o sorriso de S/n após a mesma abrir a porta. Ela estava, como sempre, linda.

Em suas mãos havia uma cesta com um caderno de desenho e algumas aquarelas em cima. Provavelmente ela se inspiraria lá.

— Hey. — abro um sorriso.

— Hey, vamos? — ela pergunta, fechando a porta de sua casa e eu concordo — Como chegamos no terraço? — ela pergunta enquanto eu abro a porta em direção as escadas.

— Veja e aprenda. — começo a subir os degraus de dois em dois e quando chego no último, abro uma pesada porta vendo o céu que de pouco em pouco ganhava uma tonalidade laranja, roxa e rosa.

Olho para S/a que carregava um brilho em seus olhos castanhos e um sorriso bobo no rosto.

— Louis... — ela sussurra admirando a vista e deixa a cesta no chão, dando passos para frente.

— Ei, cuidado. — puxo sua cintura para mim ao ver que a mesma estava a poucos metros da queda. Ela parecia ficar boba com o céu.

— Nossa... — ela me olha rapidamente e volta a olhar a cidade, admirada — Você vem todos os dias aqui?

— Digamos que sim. — olho envolta, sentindo a brisa bater em nossos rostos.

Aqui não havia nenhum tipo de segurança e não sei se fico feliz ou triste com isso. Feliz por poder fazer meu parkour em um espaço aberto e triste porque posso morrer muito mais fácil.

Ainda sim, era um ótimo lugar para se admirar a vista.

— Aqui é um ótimo lugar para admirar a vista. — ela diz e eu a olho surpreso por pensar o mesmo que eu.

— Eu concordo. Sua casa é ali na frente. — ela sorri e eu acabo por apreciar seu rosto.

Os olhos castanhos encantados com a vista, os lábios curvados em um sorriso, os cabelos voando pelo vento. Era uma visão perfeita.

Acho que passei muito tempo a olhando, pois rapidamente seu rosto ganhou um tom avermelhado e ela me olhou com um ponto de interrogação.

— O que foi? Tem tinta no meu rosto? — ela começa a passar sua mão em seu rosto, tentando tirar algo.

— Não, S/a, ao contrário, você está perfeita. — coloco minha mão em sua nuca, olhando cada detalhe de seu rosto.

Seu olhar sobe para meu rosto que estava um pouco próximo do seu, ela abre a boca como se fosse falar algo, mas nada sai. Eu sabia que ela não faria nada então lentamente aproximei nossos rostos e colei nossas testas, e me surpreendi ao ver que ela colou nossos lábios.

Era como se aquele momento fosse congelado e não tivesse nada além de nós. Apenas eu e S/n Bridges.

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3/3

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bjos <3

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿, 𝗹𝗼𝘂𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗿𝗶𝗱𝗴𝗲 Onde histórias criam vida. Descubra agora