038

2.6K 217 104
                                    

🥥 S/N BRIDGES, point view ;

O sinal da última bateu e eu suspirei. As palavras de Payton não saiam da minha cabeça desde a quarta aula e não entendo como fui tão burra em não ver que ele tinha sentimentos por mim.

— Terra chamando S/n. — Millie estrala seus dedos em meu rosto e eu balanço minha cabeça, na esperança de afastar esses sentimentos e pego meu material, me levantando — Você está estranha desde ontem. O que houve?

— Payton e eu... hum, brigamos. — começo a andar pelos corredores, parando no meu armário que era um pouco perto do das meninas.

— Por quê? — Sadie pergunta.

— Temos opiniões diferentes um do outro. — digo e guardo meu material, fechando meu armário com uma certa força — As coisas vão ficar muito estranha entre nós agora, e isso está me estressando muito.

— Tenha controle da situação então, S/n. — Millie me aconselha — Conversa com ele com calma e se acertem, se não vocês ainda terão um semestre inteiro para se verem.

Se ele pelo menos falasse comigo sem gritar ou fugir...

— Diga ao Louis que eu vou ir a pé hoje. — aviso e elas concordam.

Em passos rápidos vou até o fundo da escola, me sento numa mureta e tiro um caderno de Artes da minha bolsa, com uma certa agressividade.

— Estresse? — pulo ao ouvir uma voz masculina atrás de mim e suspiro aliviada ao ver Gaten e seu famigerado baseado entre os dedos.

— Você não sabe o quanto. — desabafo e o vejo sentar ao meu lado.

— Isso ajuda. — ele estende seu baseado e eu nego.

— Eu nunca fumei. — digo.

— Por que acha que eu sou tão tranquilo assim, Bridges? — ele pergunta — Estou te falando, isso ajuda. Uma tragada e você não se preocupa com mais nada.

— O que é isso? — pergunto pegando o baseado e o deixando entre meus dedos.

— Nada muito forte. Só pra descontrair. — ele responde e eu encaro aquilo entre meus dedos — É só fumar.

Que se foda!

Coloco entre meus lábios e dou uma longa tragada, sentindo em segundos minha garganta arder e meu pulmão doer.

Tusso algumas vezes, rindo levemente.

— Você disse que não era forte, Gaten! — soltei mais uma risada.

— Você se acostuma. — ele diz e pega de meus dedos, dando assim como eu, uma longa tragada e solta o ar lentamente, parecendo desfrutar da sensação — Essa não é uma das melhores. Amanhã eu vou trazer outra e se você quiser, eu te ligo.

— E por que acha que eu viria, Matarazzo? — pergunto, olhando seus olhos levemente vermelhos.

— Por que acha que não viria, Bridges?

...

Senti meu celular vibrar no meu bolso e o tirei novamente, vendo no ecrã o nome de Matarazzo.

Desde que eu, sem pensar, fumei metade de um baseado com ele na quarta, ele vem me ligando a cada uma hora e me chamando para fumar mais e eu sempre invento uma desculpa diferente.

Hoje era sexta e eu estava cheio de trabalhos para fazer e não queria perder tempo com um garoto que mal conheço.

Atendo a ligação e coloco no meu ouvido o celular, abrindo meu armário rapidamente.

— Alô? — digo um pouco alto.

— Bridges, vamos fumar, por favor! — ele diz manhoso e com a voz rouca. Provavelmente está chapado.

— Matarazzo, eu estou ocupada! Tenho três trabalhos para fazer esse final de semana e terminar uma música! — digo impaciente, pegando todo o material que usaria esse final de semana para fazer os trabalhos.

— Por isso mesmo, vamos relaxar. — ele tenta me convencer e eu suspiro, fechando meu armário e ando até a sala A7 — Eu estou fumando desde às sete da manhã e estou entediado. Eu quero reclamar da vida com você!

— Gaten, por que você só me liga quando está chapado? Pessoalmente e sóbrio nem sequer olha em meu rosto. Não é porque eu fiquei menos de meia hora com você na quarta que eu irei matar aula para fumar maconha todos os dias!

— Quer saber, Bridges? Vai se foder! Eu estou muito bem sem você aqui. — ele diz alterado e eu reviro os olhos, desligando aquela ligação e guardo meu celular.

Paro na porta da sala A7, vendo Payton e Caleb rindo, mas assim que ele me vê seu sorriso desaparece. Caleb percebendo que eu gostaria de falar com ele, sai da sala dizendo que estaria na garagem.

— Eu quero conversar com você, Payton. — digo e ele suspira, me mandando prosseguir — Eu sei que nós não controlamos nosso coração, mas eu não quero parar de falar com você. Você é meu melhor amigo e eu sinto saudades de você. Não quero ficar brigada contigo...

— É difícil te ver e controlar o que eu sinto, S/a... muito difícil. — ele admite — Mas eu também sinto sua falta.

— Se eu for alguém que não te faz mais bem, eu vou entender. Eu evito ir em lugares que você vai, eu...

— Eu não quero parar de te ver, S/n. — ele ri e eu o olho confusa — Vamos fazer um pacto: eu controlo meus sentimentos e você não beija o Partridge na minha frente. Uma hora ou outra eu vou parar de gostar de você. — ele levanta seu mindinho.

— Vou tentar me segurar. — aperto seu mindinho com o meu, sorrindo — Amigos?

— Infelizmente, sim. — ele diz e eu rio, empurrando seu ombro.

#

4/5

001. louis fez trabalho
pra prada eu amo viver

002. se um dia fui triste
foi drama

 se um dia fui triste foi drama

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿, 𝗹𝗼𝘂𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗿𝗶𝗱𝗴𝗲 Onde histórias criam vida. Descubra agora