052.

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emma

s/a? podemos conversar?

me
você vai me fazer mesmo eu te bloquear, emma?

emma
qual é s/n? eu só quero conversar...

me
conversar? é sério isso?
eu não quero conversar com você
nem hoje, nem amanhã, nem nunca

emma
você fugiu quando eu estava na casa da vovó, me excluiu de todas as redes sociais, não olha na minha cara. como quer resolver isso?

me
e você acha mesmo que tem algo pra ser resolvido? você é tão estúpida assim? não ouviu que eu não te quero mais na minha vida?

quando formos embora amanhã, você vai pro quebec e eu pra los angeles. duas estranhas, cada uma em um país e assim vai ficar.

emma
até quando?
eu te amo S/a, me desculpa. o que eu fiz foi errado e eu não vou fazer de novo!

eu não sei o que me aconteceu. foi o vinho e o champanhe, eu não deveria ter bebido tanto.

ele é o seu namorado e eu vou respeitar isso

me
desculpas e mais desculpas

nem quando eu estava chapada e bêbada eu pensei em beijar outro garoto! mas mesmo assim, você fez.

é como dizem: a bebida nos faz fazer coisas que já queríamos a muito tempo

eu te conheço, emma. não é a primeira vez que você faz isso comigo.
você disse as mesmas coisas que disse para mim há três anos atrás e olha só onde estamos agora

você fez de novo

mas eu não sou mais aquela garotinha de 14 anos bobinha porque um garoto me deu atenção na escola. e você não é mais aquela adolescente de 16 anos. você já tem 19!

lide com as consequências dos seus atos agora.

feliz natal. passar bem.

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...

🥥 S/N BRIDGES, point view ;

Meus tios e meu pai cantavam animadamente uma música francesa qualquer enquanto vovó tocava atrapalhadamente o piano no canto da sala.

Talvez eles tenham bebido vinho demais e isso os deixou animados demais. De qualquer jeito era extremamente engraçado.

Sem querer levei meu olhar até Emma que estava na cozinha, sorrindo e comendo uvas, mas quando olhou em meu rosto seu sorriso sumiu e seu semblante parecia de culpa.

Sinto minha tia Sarah sentar ao meu lado, no sofá e lança seu olhar até a filha e em seguida a mim.

— S/a, querida. — ela passa sua mão pelo meu cabelo — O que aconteceu ontem a noite? Ouvimos você gritar, mas não entendemos o contexto e depois você, a Emma e o Louis sumiram.

Suspirei, olhando em seus olhos castanhos como o meu e de boa parte da família. Eu deveria mentir para ela não brigar com a Emma mais tarde ou contar a verdade para estragar o resto do seu fim de ano?

— Emma fez algo que eu não gostei e nós brigamos. Sinto muito, mas iremos ficar sem se falar por um bom tempo. Talvez até para sempre. — murmuro, olhando meus dedos.

— Oh, querida, para sempre é muito tempo. — sinto seus dedos em meu cabelo mais uma vez e sinto vontade de chorar, por isso pisco inúmeras vezes — Ela se desculpou?

— Por mensagem, mas não é a mesma coisa. Do que vale pedir desculpas se já fez mais de uma vez? Ela já me magoou do mesmo jeito há três anos atrás, a diferença é que teve coragem de pedir desculpas na minha cara. — digo firme.

— Perdão leva tempo, S/n. Você não é obrigada a perdoa-la agora, só não esqueça que ela é sua família e esteve com você quando a Natalie... se foi. — ela suspira.

— E é por isso que eu esperava que ela não insistisse em querer beijar meus namorados. — digo e me levanto, olhando Emma duramente e subo as escadas rapidamente para o quarto onde eu e Partridge estávamos dividindo com meu pai.

Abri a porta do quarto e bufo, me sentando na cama onde Partridge também estava e passo a mão pelos meus cabelos frustrada, mas acabo acordando Louis que me olha confuso. Ele estava tirando seu cochilo pós-almoço e não estava muito acostumado com o fuso horário.

— O que foi, S/a? — ele se senta na cama e passa a mão pelos meus ombros.

Suspiro pesadamente e o olho.

— Nada. — digo baixo — Só preciso sair dessa casa.

— Quer ir aonde?

— Tem uma praça algumas ruas daqui, nós poderíamos ir. — sugiro e ele abre um sorriso, concordando e isso de certa forma alivia o peso que estava em meu peito.

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𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿, 𝗹𝗼𝘂𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗿𝗶𝗱𝗴𝗲 Onde histórias criam vida. Descubra agora