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🖇 LOUIS PARTRIDGE, point view ;

Vi da sala S/n e Franklyn rindo e bebendo. Talvez ela já devesse ter virado uns cinco copos. Minha sorte é Nathan não estar ali para além de bêbada, deixá-la chapada.

Decido ir para a cozinha e ao me aproximar, o sorriso bobo no rosto de S/a cresce.

— Partridge! — ela pulou no meu pescoço, me abraçando — Seu amigo é muito legal, sabia?

Por ela ter dito isso próximo ao meu rosto, senti o forte cheiro de diversos tipos de bebidas alcoólicas. É, ela estava bêbada. Bem rápido.

— Quanto deu pra ela beber, Will?

— O quanto ela aguentou. — ele disse — Amanhã talvez ela tenha ressaca...

— Quer ir embora, S/n? — pergunto, me virando ao seu rosto que me encarava com um sorriso bobo. Até parece eu a primeira vez que bebi.

— O quê? Não! Eu quero dançar. — ela anda em passos rápidos até a sala onde tinha a maior concentração de pessoas dançando.

Logo vejo seu corpo balançando de um lado para o outro e pular, totalmente animada e desengonçada. Realmente a S/n bêbada é muito mais animada, mas ainda sim a prefiro sóbria.

Só ai percebi que S/a por mais que soubesse pintar, desenhar e cantar, era uma péssima dançarina.

Olho no relógio e eram nove e quinze, ou seja, seu pai sairia do serviço daqui quarenta e cinco minutos e não poderia a ver nessa situação.

Me aproximo da Bridges e digo em seu ouvido que era melhor ir para casa e ela bufa, mas concorda.

Pego seu casaco que estava jogado perto da porta e seguro em sua mão, a levando em direção ao carro.

O caminho até em casa foi silencioso, apenas o baixo som da música que tocava na rádio. S/n estava com a cabeça encostada no vidro e com os olhos fechados.

Nos faróis vermelhos, eu aproveitada para admirar a garota ao meu lado. Sua expressão era serena e ela respirava profundamente pelo nariz e boca que estava entre-aberta.

Sem perceber, eu sorri, sentindo um frio na barriga. Era estranho, pois eu só senti aquilo quando conheci Luma e estava me apaixonando por ela.

— Para de me olhar, Partridge. — ela disse, abrindo um de seus olhos e eu desviei o olhar, vendo o farol ficar verde e me despertando de meus pensamentos.

🥥 S/N BRIDGES, point view ;

Desliguei o chuveiro, sentindo os últimos pingos em minha cabeça que doía muito. Essa havia sido a primeira vez que eu bebi e sinceramente, não sei porquê fiz isso.

Enrolei uma toalha em meu cabelo e com outra sequei meu corpo, vestindo um pijama confortável de carneirinhos.

Ao ver que Louis não estava na sala, fui a cozinha onde o encontrei mexendo no celular e quando me viu, abriu um sorriso.

— Hum, eu fiz algo ruim? — perguntei encostando minha cabeça na geladeira, a mesma doía o suficiente para me deixar de mau humor.

— Não, ficou o tempo todo na cozinha ou dançando. — ele riu e eu suspirei aliviada — Eu peguei um remédio e água, e fiz pão com bacon. O Google diz que ajuda na ressaca.

Ele estendeu o comprimido e um copo d'água, os quais eu tomei sem hesitar. Peguei o pão que parecia recheado com um bacon que estava na geladeira há uns dois dias e se não fosse por ele, eu nunca os comeria.

— Esse não é o tipo de coisa que eu comeria, mas essa dor de cabeça é horrível. — mordo um enorme pedaço daquele pão.

— Por quê? Todo mundo ama bacon.

— Menos os vegetarianos e os veganos. — rimos levemente — Enfim, estou tentando ter uma dieta saudável já que não faço nenhum exercício físico.

— E está conseguindo? — ele arqueou uma sobrancelha.

— Mais ou menos. — rio sozinha ao me lembrar que semana passada comi quatro pedaços de pizza com a minha prima, Emma — Obrigada, Louis e me desculpa te ter feito de babá.

— Não tem problema, S/a. — ele abriu seu lindo sorriso que aqueceu todo meu coração e me intimidou com seu olhar diretamente nos meus olhos.

A campainha de casa tocou o que nos fez cortar aquela enorme troca de olhar e sorrisos, e eu arregalar meus olhos.

Louis pareceu ficar em pânico já que me sussurrou o que fazer e eu o mandei esperar, no mesmo volume.

Olhei pelo olho mágico, vendo o paletó preto e a mesma face séria.

— Pai? — perguntei, chocada e olhei Louis desesperada.

— Esqueci minhas chaves, S/n. Abre a porta, por favor. — pelo seu tom de voz ele estava sem paciência o que não ajudava em nada.

— C-claro, deixa eu procurar a minha. — me aproximei de Louis e sussurrei: — Consegue voltar para casa?

— Consigo, mas...

— S/n, rápido! — meu pai diz alto, fazendo eu me desesperar mais.

Partridge olhou para a porta e para mim confuso. Tão lerdo...

— Louis, o que está esperando?! — acabo por sem querer gritar e o empurrar para a varanda — Obrigada por tudo, nos vemos amanhã. — dou um rápido beijo em sua bochecha, fechando e trancando a porta de vidro.

Suspirei, arrumando meu pijama e peguei minhas chaves, abrindo a porta, vendo meu pai com uma cara nada boa.

— Oi, pai! — dou um sorriso amarelo, o vendo olhar para dentro de casa. Eu bloqueava sua passagem para dar tempo de Partridge achar uma maneira de subir e sair daqui pelo terraço.

— Com quem estava falando? — ele olha por cima do meu ombro provavelmente em busca de alguém.

Droga, preciso pensar rápido.

— Com a TV, sabe aqueles personagens burros que insistem em fazer merda? — rio nervosa. E Louis ainda dizia que eu sabia mentir.

— Estranho, porque a TV está desligada. — ele adentra a casa e eu olho para trás vendo o preto da televisão. Merda, S/n. — Com quem estava falando, S/n?

— Ninguém, pai. Não era ninguém. — vejo atrás dele uma jaqueta preta que pelo que eu me lembre, era de Louis Partridge— Eu estava falando sozinha com o personagem da TV quando me lembrei onde eu parei na série, entendeu?

Meu pai após me encarar por trinta torturante segundos, pareceu se convencer, já que revirou os olhos e foi para seu quarto. Suspirei aliviada, pegando a jaqueta e guardando na minha mochila para devolver para ele, amanhã.

Foi por tão pouco.

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𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿, 𝗹𝗼𝘂𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗿𝗶𝗱𝗴𝗲 Onde histórias criam vida. Descubra agora