04 - Jean

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Eu não sei onde minha mãe estava com a cabeça quando soltou no meio da cozinha que eu poderia levar Bia e Vitória comigo.

Não eu não podia e não queria.

Quando eu a vi descendo as escadas eu tive certeza que não teria paz essa noite.

O caminho até o restaurante foi desconfortável. Eu não sabia o que dizer, ela também não falava nada e ficamos assim até entrarmos no estabelecimento.

Quando avistei Bruno e ele disse que Cristina estava me procurando eu já me senti irritado.
Todas as vezes que saio com as mulheres eu aviso o que quero e deixo bem claro como vai ser, mais algumas não entendem e insistem como no caso de Cristina e da irmã também que por sorte não está aqui.

Quando Cristina se aproxima da mesa eu quero ser educado e fingir uma.falsa simpatia por ela, mais não consigo, e não é porque transei com ela, já transei com mulheres por algum tempo e mantive a amizade depois, fluía sem cobranças e naturalmente, mas quando alguma delas tentava forçar algo que eu já tinha avisado que não aconteceria a minha reação é: indiferença.

Eu respondo as duas perguntas a contra gosto e percebo como foi sem educação com Vitória, que de quando ela se aproximou da mesa está de cabeça baixa.
Cristina queria saber a todo custo porque eu não liguei depois de transarmos e supôs que fosse por causa de vitória.

Eu até tentei argumentar e pedir pra que ela saísse dali e nos deixasse jantar em paz, mas como se tivesse sido possuída por alguma coisa, vitória a respondeu, com elegância, educação e um toque de sarcasmo no fim quando disse que eu estava com fome.
E dizer pra Bruno que ela não precisava que ninguém a defendesse tornou tudo mais...sexy pra mim.

Naquele momento vitória mais uma vez mexeu comigo. Ela era sexy, linda, trabalhadora, inteligente e culta, não tinham adjetivos mais pra eu colocar diante dela.

Eu precisava parar de pensar nela dessa forma, ela é minha funcionária, é uma menina pra mim, amiga da minha mãe e ponto.

Decidimos ir pro barzinho da cidade, o único que tem e tá sempre lotado por isso.
Arrumamos banquetas perto do bar pra ficarmos mais a vontade. Eu sentia que vitória estava meio perdida no lugar, talvez nunca tivesse ido a um lugar assim. Estranho porque aqui tinha mulheres de todas as idades inclusive aparentemente até mais novas que ela, será que não estavam pegando identidade aqui não?

Bruno saiu e foi dançar com uma moça e vitória ficou bebendo seu suco e balançando o corpo timidamente. Quando Bruno voltava eu dava uma volta procurando alguém pra dançar, conversar ou até transar naquela noite porque era o que eu estava precisando no momento.

Em um desses momentos em que revezamos eu vi uma mulher negra, de cabelos cacheados lindos e com curvas, muitas curvas. Eu nunca tinha ficado com uma mulher negra, mas inconscientemente eu fui atraído pra ela.

- oi

- oi gato! - ela disse toda sorridente pra mim e me olhou de cima a baixo.

- posso dançar com você?

- deve - e já colocou a mão em volta do meu pescoço.

Eu pedi a ela licença pra tocar seu corpo e coloquei a mão na sua cintura.
Minha mãe sempre me ensinou que eu deveria fazer isso e embora as vezes eu fosse um cafajeste eu nunca desrespeitei uma mulher ou forcei algo que ela não quisesse.

Depois de dançar por algum tempo e me sentir atraído por ela decidi ir pra um lugar mais discreto.

Começamos a nos pegar no corredor dos banheiros. A mulher era faminta, mídia e chupa a meus lábios como se fosse seu doce favorito. Eu me entreguei completamente ao beijo e as sensações daquele momento, meu corpo todo reagia aquele beijo, meu corpo todo se arrepiava em excitação, até que...

- isso vitória...

A mulher travou no lugar.

- meu nome é Vivian benzinho, mas eu não ligo, você é gostoso.

Eu ainda estava de olhos fechados e quando os abri meu corpo parecia que tinha emergido numa piscina de gelo.
Porque diante de uma mulher daquelas, me deixando louco eu ainda tinha pensamentos sobre vitória.
Fiquei segurando os ombros de Vivian e notando alguns detalhes que me fizeram quere-la: ela se parecia com vitória, bem pouco, mas parecia.

Eu estava fudido.

Me afastei e fui de volta pro salão. A noite pra mim já tinha dado errado.

Quando avistei vitória ela estava dançando timidamente e então toquei seu braço. Ela se assustou e revidou me respondendo com a voz altiva.

Não sei pelo que ela passou mais me senti culpado por toca-la daquele jeito e a assustar.

Depois de uma discussão desnecessária fomos pra casa e eu tentei falar com ela, mais meus esforços foram em vão.

Eu tinha que a todo custo evitar essa menina e a minha viagem iria ajudar e muito nisso.

Quinze dias fora.

Talvez fosse disso que eu estava precisando, sair de São Tomé por uns dias.

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Capítulo curtinho amores
Mais os próximos vão compensar
A próxima atualização vai ser dia 20/10 e vou trazer já logo 5 capítulos de uma vez.

A volta dessa viagem promete, não quero dar spoiler mais 15 dias não vão resolver querido Jean

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