1 - Culpa nas veias

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Por onde começar?

Estou ouvindo Beth Crowley e assistindo edits de Shadowhunters para comemorar a postagem de um novo ciclo que é o segundo livro desta saga que eu inventei de tentar... de novo. Eu tenho tantos planos mas não consigo adiantar nenhum, isso é triste, mas eu não estou desistindo.

Olha, eu tenho outras fics para continuar e outras em mente para começar e muitas coisas para resolver em minha vida. Tenho a faculdade, estou me preparando para o ENEM de novo, estudando para concurso, me dedicando no curso e o trabalho, ou seja... é muita coisa. Isso sem falar que eu não estou muito bem de saúde nas últimas semanas, então tá complicado.

Por isso eu estou avisando: as atualizações irão ser lentas, talvez até mais que a do livro um, mas JAMAIS pensem que eu desisti, ok? Isto NÃO está acontecendo!!

Ok, obrigada pela atenção de vocês e espero que vocês gostem deste capítulo e do que está por vir. Boa leitura! xoxoxoxo

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Ele se afasta do abraço minimamente apenas para vê-la melhor. Ele observa seu rosto marcado por lágrimas secas e ela sabe que está tudo menos atraente agora, mas ainda há um brilho quente em seus olhos quando ele acaricia sua bochecha. Um movimento que a fez ficar tensa. Mesmo que, aparentemente, estes toques já sejam normais entre eles.

Sua boca está seca e sua garganta parece ter sido torturada por pregos. Ela tem medo que ele a beije, mas também tem medo que ele se afaste. Também tem medo de como reagiria a qualquer um de seus movimentos. Ela não quer descobrir.

Ela sabe que seu confidente não merece este título, muito menos o que ele quer, de seu amante. Às vezes ela se sente um brinquedo em suas mãos. Mesmo não tendo entregue seu corpo, ela sabe que já entregou o suficiente quando aprendeu a cofiar nele. Ele a manipula, ela sabe. Mas às vezes parece que nem ele sabe. Isso é pior. Porque ele acha que é digno de sua paixão e de sua confiança.

Ele sorri, e ela se pragueja por não conseguir desviar daquele sorriso. Ele parece gentil em suas ações. Ele é gentil em suas ações. E ela sente uma dor no peito ao pensar que este possa ser seu pior veneno. Porque ele não precisa de ameaças ou punhos, seu carinho é o que mais machuca.

Ela só queria nunca tê-lo conhecido em primeiro lugar.


(...)

Não é real.

O que sente não é real. Não está lá.

É... vazio...

Seu pai já a chamou de filha do diabo uma vez, e ela se ofendeu com isso, chorou um pouco, pois parecia um fato. Mesmo que sua mãe tenha refutado inúmeras vezes em discussões verbais e não verbais que se seguiram nos meses seguintes. E foi sua culpa que seus pais estivessem brigando em primeiro lugar, foi sua culpa que sua casa já nã era mais alegre e confortável de se estar, foi sua culpa que seus pais chorassem sozinhos quase todas as noites, escondidos, mas ela sabia mesmo assim. Então, no final, ela não sabia em quem acreditar.

Talvez ela realmente fosse amaldiçoada, a filha do diabo.

Pois ela nunca foi boa, não foi o suficiente, não lutou o suficiente. Parecia um absurdo e ao mesmo tempo uma verdade válida. Ela não conseguiu salvar sua mãe, evitar sua morte trágica que ela sabe que poderia ter evitado. Criança tola e egoísta. Apenas se comprovando novamente deste vez.

O Quanto Vale Uma Submundana? - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora