9 - No Mercy (Parte 3 - Final)

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Não demorei tanto desta vez! Foram o quê, dois meses de novo? O que importa é que estou de volta com mais um capítulo e FINALMENTE, FINALMENTE!!! Chegamos nesta parte! Sério, vcs ñ sabem o quanto eu estava esperando por isso!

Desculpe os erros e boa leitura!


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Conduza-me em correntes, tire-me da vergonha...

Eu estou implorando, por favor.

Como você diz, 'não chore, tenha misericórdia'

Ainda há muita dor por vir

'Não chore. Piedade.'

Encha-me de raiva e me deixe sangrar

Me alimente com seu ódio no silêncio ecoante

Eu tremo sempre que você fala.


(...)


Tem certos arrependimentos que a rodeiam. Não é surpresa, mas agora, após ouvir Simon se empolgar em detalhes de como havia sido o encontro com sua mãe e irmã, ela se lembra que alguém ainda tem o direito de ser feliz. Simon merece isso. Ele merece tudo de bom que lhe foi tirado. Tirado de Clary. O sorriso em seu rosto é quase cegante, é genuíno e ele está feliz. Simples assim.

Dylan sorri de volta e é sincero. Dói. Mas ainda é sincero.

- Eu a abracei, Dylan! Sabe quanto tempo faz que isso não acontece?! Eu abracei minha mãe e consegui me controlar! Naquele momento a última coisa que eu pensava era no sangue dela, eu só pensava que eu estava com minha mãe! - O rapaz pulava em cada palavra dita com energia e pura felicidade.

Eles estavam em um lugar público. Ela estava sentada em um banco de ferro meio úmido após uma breve chuva. À noite, obviamente. Poucas outras pessoas se encontravam ali e foi bom perceber que nenhum dos dois se sentia tentado a saciar sua sede. O cheiro de sangue era agradável, um pouco tentador, mas não impossível de resistir. A presença das pessoas ali não era difícil de suportar e isso foi bom, realmente muito bom.

Pelo menos um alívio, considerando o que ela estava prestes a dividir com o outro vampiro.

Ele ainda não sabia o que tinha ocorrido com Clary. Este tinha sido o motivo principal dela pedir para se encontrar com ele, aliás. Seria ela quem diria a notícia. Eles já estavam conversando a vinte minutos e Dylan ainda não sabia como abordar o assunto.

Palavras se organizavam em sua mente, mas nada saía de seus lábios. Ainda parecia um sonho. Um pesadelo. E ela ainda esperava acordar. Se ela estava se sentindo assim, como Clary estava se sentindo? Ninguém nunca está preparado para o luto, não importa o quanto tentem com antecedência. Dylan odeia se usar como exemplo, mas é o único que ela conhece. Ela sabe o quanto tentou se preparar para perder seu pai definitivamente. Após a morte de sua mãe, ela apenas tinha aquela agulha em seu coração que lhe dizia que era apenas uma questão de tempo. Ela acreditou. E se preparou. Não foi o suficiente. Então quando ele tirou a própria vida, ela ainda sentiu que estivesse deixando de existir junto com ele.

O Quanto Vale Uma Submundana? - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora