6 - 9 Crimes (Parte 2)

52 8 4
                                    

Não estou dizendo nada.


Notas no final do capítulo.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Isto está certo?

Entregar minha arma enquanto ela está carregada?

Isto está certo?

Se você não atirar, como devo segurá-la?

Isto está certo?

Está tudo bem com você?

...

Este é um pequeno crime e eu não tenho desculpas.

Está tudo bem com você?

...

Não.


(...)

Era um absurdo, todos ali concordavam. E todos ali não puderam fazer nada. Assim como não puderam fazer nada quando levaram Jace, também não puderam fazer nada quando Alec mal teve tempo de descansar fisicamente ou se recuperar do choque que foi ter seu parabatai levado embora e então ter que comparecer em uma reunião com Aldertree.

Dylan esperou com Magnus. Ela não perguntou porque, nem ele deu indícios de que era estranho. Nenhum dos dois faria isso, pelo menos não um com o outro. Foi quase que um acordo silencioso também e ambos estavam confortáveis em sua companhia compartilhada enquanto esperavam pelo caçador que parecia mais exausto do que quando entrou naquela sala.

- Como foi? - Dylan perguntou. Sua voz curiosamente mais macia do que costumava ser, mas pareceu ter um efeito desejado quando isso pareceu desarmar Alec e ele praticamente desabou contra a parede do salão que não estava vazio.

Lançando um olhar para Magnus, ela sabia que eles tinham notado: Alec tirou brevemente sua armadura, mesmo com uma suposta plateia, ele suspirou o suficiente para respirar melhor.

- Ele não me decepcionou. - Não eram boas notícias.

- Com seu jeito charmoso e inimitável, ele também me informou que eu seria punido, mas minha punição ainda não foi decidida. - Espere. Dylan não sabia disso. Supôs que ela já deveria esperar por isso, talvez fosse o caos total, mas ela não fez.

Não foi a única a parecer preocupada, pois Alec estava lá e ela sabe que ele apenas não se aproximou mais do feiticeiro porque ele ainda se lembrava de que não estavam sozinhos (apesar de que, Dylan se pergunta, se seria diferente se estivessem. E se sim, em que seria diferente.), mas sua expressão era clara em preocupação e culpa.

- E tudo por tentar nos ajudar. Magnus...

- Se você tentar se desculpar ou mostrar seus arrependimentos por mim, sinto que terei que lhe barrar bem aí. - Magnus sorriu e, foda-se, ele tinha um forte efeito sobre ela por fazê-la sorrir como um reflexo, mesmo que ela ainda não se sentisse bem o suficiente para isso. (Talvez só estivesse cansada, mas parte dela pensava que deveria estar em alerta. Como um pressentimento, o que não era novidade para ela, mas ainda parecia... diferente. Como se seus punhos estivessem fechados e prontos para lutar.) Bem, pelo menos ela não era a única.

Sorrindo para Alec, ele desviou o olhar quando um leve rubor cobriu suas bochechas. Revirando os olhos quando notou o olhar engraçado que a vampira estava lhe lançando. 'Estamos no mesmo barco, Alec', ela queria dizer, mas tinha certeza que o que saiu em vez disso foi 'estamos ferrados, Alec'. Fazer o quê? Era a verdade.

O Quanto Vale Uma Submundana? - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora