Diego era o mais maduros do filho do novo visconde Bloomwood. Isso sem discussão. Porém atrás de sua seriedade estava um jovem alegre e sedutor. Londres além de ser misteriosa e fria, traria para ele e sua família uma nova vida.
Ele tinha razão em...
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Na sexta-feira durante o fim da tarde, Diego dividia uma carruagem com seus irmãos até Clyvedon.
— Diego, por que você está tão tenso? — questionou Elena.
O primogênito Martínez não esperava que sua irmãzinha caçula fosse perceber que mal respirava. Só a ideia de rever Charlotte naquela noite tremia até seus ossos. A tensão de estar perto dela com aquelas meras lembranças impregnadas em sua mente o assombraria.
Como se não bastasse desejá-la fervorosamente, ainda tinha tido a chance de tocá-la de forma extremamente indecente! Mas parara no momento em que ia... Droga! Pensou Diego carrancudo.
Não devia ficar irritado por ter parado no momento em que ia revelar os seios de Charlotte. Seria errado. Completamente errado. Faria algo que só o marido dela devia fazer e...
— Diego! — Elena o chamou — Estou falando com você! Está suando frio! A caçula o fitava preocupada.
Tentando parecer natural e até surpreso, ele fez uma careta e passou a mão na testa.
— Acho que estou com calor. Essa roupa é bem quente. — desconversou.
O problema era que Elena aprendera a ser tão desconfiada e a notar as coisas com tanta atenção quanto Camila.
— Calor? — indagou colocando a cabeça para fora da carruagem que dividiam com Guilherme e Catarina (Camila e Rafael ficaram com Eric e Esperanza na outra carruagem) — Está ventando muito! Nunca vi uma noite tão gelada quanto essa desde que chegamos! Por isso vestimos veludo e no meu caso e no de Catarina rendas também.
A esperteza dela não era necessária às vezes...
— Eu estou quente — retrucou.
O pior era que ele não notara o tipo de palavras que usara. Estava literalmente quente. E para sua sorte, aquilo bastou para calar sua irmã. Mas, sua sorte durou pouco, notou que já tinham chegado à propriedade do Duque de Hastings. Mais perto do sufoco. Mais perto de Charlotte. O momento em que chegou à grande e luxuosa construção foi submetido a tantos cumprimentos que pareceu uma eternidade. E para torturar ainda mais a sua paz de espírito, Charlotte não se encontrava presente na sala naquele momento.
Na verdade, ela nem estava ali. Encontrava-se em outro recinto. Em alguma sala de descanso, tentando criar coragem para aparecer em público. Ou melhor, para ver Diego novamente.
Era realmente irônico que ambos estivessem com o mesmo temor. O encontro entre amigos e familiares, apesar de deixar a grande propriedade em Clyvedon lotada, contava apenas com a presença dos irmãos de Daphne e suas famílias — o que somava um número gigantesco —, duas famílias que moravam na região, que eram amigos de longa data dos Basset e então a família Martínez, que apesar de recém-chegada, causara eventos significativos na família do Duque e de certa formaa aos Bridgertons também.
Tentando manter a calma, Diego capturou um copo e o preencheu com uísque e se sentou em uma poltrona mais afastada. Seu plano era ficar sozinho até o jantar, mas Rafael distraído pegou também um copo de uísque e o acompanhou, também degustando da bebida. Porém, no momento em que Charlotte entrou no salão em seu vestido de veludo azul esverdeado, Diego Martínez perdeu o ar. Seu braço parou a meio caminho de levar o copo à boca. Todos os malditos pensamentos voltaram à tona com uma força incrível e deu graças a Deus mentalmente por não estar bebendo mais um gole do uísque quando ela surgiu.