POR TUDO QUE VOCÊ É

p r ó l o g o

Amber estava sentada em um banco no bosque atrás de sua casa observando as árvores, ela adora a natureza, a transmite paz e tranquilidade desde pequena.

- Oi Tom. - Amber fala quando Thomas aparece em sua frente com as mãos para trás segurando algo.

A três dias, Amber se mudou para cá e seu vizinho Thomas sempre vem conversar com ela a pedido de sua mãe.

- Oi. - ele responde com uma cara fechada - Toma, isso é pla você. - estende o braço sem olhar para a garota e revela um lindo arranjo de flores - Minha mãe mandou te entlegar - ele fala com vergonha.

Os olhos de Amber brilham ao ver as flores e perceber que são para ela. Ela pega o arranjo e fica o admirando.

- Amber, volte para casa! Já está escurecendo! - disse a senhora Ruth, mãe de Amber.

- Tudo bem, mamãe! - Amber aceita e com um pulo ela sai do banco que ainda é alto para a sua idade - Obligada pelas floles, Tom - ela fala rápido, dá um beijo em sua bochecha e corre para casa. Ele muda totalmente sua expressão e dá um sorriso apaixonado.

Foi nesse momento que Thomas se apaixonou por Amber, ele era apenas um garotinho, mas um beijo no rosto o motivou a fazer de tudo para conquistá-la, apesar da vergonha.

...

4 anos depois

- Tom? Cadê você? - Amber anda pelo bosque atrás de sua casa prestando atenção em tudo ao seu redor para encontrar Thomas - Tom!

- Bu! - ele aparece atrás dela e faz cócegas em seu quadril, ela cai deitada na grama e ele continua com as cócegas.

- Para Thomas, por favor! Eu estou de vestido! - ela suplica entre gargalhadas e ele finalmente para, fica um tempo a encarando encantado enquanto ela recupera o fôlego - Há! - ela se vira e fica por cima, agora fazendo cócegas nele.

- Não, pequena! Isso não vale! - fala enquanto dá risada e ela para, ele se levanta ficando sentado com ela em seu colo - Seu vestido. - fala e abaixa a peça de roupa que não estava no lugar certo.

Ele sempre chamava ela de pequena, por que além de ser um ano mais nova, ela era bem menor que ele.

Eles se encaram e seus rostos vão se aproximando.

- Tom, hora do jantar! - a mãe dele, dona Michele, o chama e eles voltam para a realidade.

Eles se levantam e ele vai embora sem trocar uma palavra sequer com ela.

...

6 anos depois

- Olha aqui, Tom! Ele é lindo, não adianta dizer o contrário! - Amber diz mostrando a foto de um garoto do colégio com quem ela teve um encontro para seu melhor amigo, o mesmo tenta lhe dizer algo desde que chegou, mas a animação dela é muita.

- Ele é um babaca isso sim! - Tom retruca - Amber, se você soubesse o que ele disse...

- Se eu te contar algo você promete que não conta para ninguém? - ela o corta.

- Fala, pequena. - diz e se senta na cama também, de frente para ela.

- Eu beijei ele. - fala rápido - mas não foi nada demais sabe, nos estávamos... - ele para de escutar o que ela diz e se lembra do que ouviu do garoto dizer na escola.

- Ela pedia mais e gemia meu nome, o boquete dela não é tão bom, mas dá pro gasto.

Thomas se segurou para não espancá-lo naquele momento, ele iria contar para ela e logo em seguida iria atrás do idiota.

- Amber... - Ele tenta falar, mas não consegue, a raiva o consumiu só de lembrar.

Ele sai da casa de Amber e bate a porta.

- Espera, Tom! O que foi?! - ela tenta alcançá-lo mas é inútil.

[...]

Amber olhava a janela de seu quarto a cada minuto esperando que Thomas voltasse, até que o viu entrando em casa com cortes e sangue no rosto e logo depois os gritos de seu pai, ele estava bêbado.

- É tudo culpa daquela garota, a vadiazinha tá mexendo com sua cabeça! Não quero você falando com ela.

- Matthew - a mãe dele tenta intervir.

- Cala a boca! - Ele grita e dá um tapa em seu rosto.

- Não encosta nela! - Thomas o acerta com um soco e eles começam a se bater.

Sua mãe ligou para a polícia, que prendeu Matthew por uns dias, mas ele foi solto rapidamente.