t r ê s

100 13 5
                                    

"Ela era poesia. Ele não sabia ler"

– frases pichadas

- Ah, então eu não sei que seu namorado é um babaca filha da puta que te trata feito lixo? - cruzo os braços num tom desafiador

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Ah, então eu não sei que seu namorado é um babaca filha da puta que te trata feito lixo? - cruzo os braços num tom desafiador.

- Ele não é assim. - ela afirma - Eu o amo e ele também me ama.

- Por que tá mentindo? - pergunto. - Amber, podem se passar quantos anos for - vou chegando perto - mas eu ainda te conheço melhor do que ninguém. - sussuro a última parte a poucos centímetros.

- Cala a boca. - sinto a raiva em seu tom de voz. - Por que tá fazendo isso ein? O que tá querendo provar? A algumas horas você estava chorando abraçado comigo! Você dormiu me abraçando! E agora quer jogar meus problemas na minha cara? Vai dizer mais o que? Que eu tava tentando me matar? - Me empurra.

- Acha que eu derrubei a porta daquele banheiro, levantei a porra do seu vestido, te trouxe pra cá e briguei com meu pai porque quero jogar seus problemas na sua cara? - pergunto sério e sua expressão muda - está sendo meio ingrata não acha?

- Cadê meu anel? - ela questiona ignorando tudo o que eu disse.

- Acha que eu sou idiota? - sorrio.

- Quer que eu responda? - retruca em tom de desafio.

- Eu não vou te devolver aquela merda, não adianta, pequena.

- Escuta aqui - ela se aproxima e aponta o dedo na minha cara - eu não pedi a sua ajuda tá legal? - intercalo meu olhar entre seu rosto e seu dedo - Então não age como se você fosse o meu salvador e eu devesse beijar seus pés.

Bufo e tiro seu dedo do meu rosto

- Para de ser assim, Amber. - falo calmo, o que a deixa mais brava ainda - vou buscar um colchão para você, já tá tarde.

- O que? Nem pensar que eu vou dormir aqui. Não acha que pode voltar a ser meu amigo e a falar comigo quando bem entender que eu vou te receber de braços abertos.

- Olha, Amber...

- Não vem com "Olha, Amber"! Eu não vou dormir aqui.

- Vai dormir aonde então? - cruzo os braços e ela me olha de cara feia - Vou buscar o colchão para você - saio do quarto e pego um colchão no sótão, tento tirar a poeira dele o máximo possível, o que demorou um pouco.

Quando volto ela está deitada na minha cama e virada para a parede.

- Não acredito que você já dormiu. - vou até ela tento olhar para seu rosto.

Ela coloca a mão na barriga e vejo os olhos molhado como se tivesse acabado de chorar. Fico a analisando e olho para o banheiro, de longe vejo uma lâmina na pia.

POR TUDO QUE VOCÊ É Onde histórias criam vida. Descubra agora